segunda-feira, 28 de novembro de 2011

A urna funerária e os caroneiros


No interior contam-se muitos “causos”. Um deles conta que uma pessoa faleceu numa pequena cidade próxima de Bauru, às margens do Tietê. Um motorista da cidade que estava em Bauru recebeu um telefonema para adquirir uma urna funerária. Adquiriu, colocou sobre a carga e regressou para a sua cidade.

Naquele tempo as estradas eram e barro, com raras jardineiras, era costume pedir carona aos veículos que passavam. Como as condições das estradas e os caminhões da época, a velocidade variava entre 30 e 40kmh. Os caronas se acomodavam sobre a carta.

Logo na saída de Bauru deu a primeira carona. Começou a chover obrigando o carona se abrigar dentro da urna funerária. A viagem seguia e aumentando o número de caroneiros. Numa altura da viagem o carona que se abrigara na urna resolveu abrir a tampa para ver se a chuva passara. As pessoas quando viram aquilo se assustaram e salvaram fora com o caminhão em movimento.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

A nova corrupção


Os noticiários tecem considerações acerca do sexto ministro que a presidente Dilma demite. Logo deveremos ter noticias do sétimo, do oitavo, mais outros, e os titulares dos ministérios vão mudando. Também é noticiado de que os governos Lula foram os mais corruptos que temos notícias. A corrupção nos governos Lula foi, na verdade, a mais explícita. Esta visibilidade se dá em face da sua institucionalização; as pessoas que desviam dinheiro o fazem para os seus partidos políticos, para pagar campanhas eleitorais. Os corruptos de fora do governo são descobertos em decorrência da descoberta dos corruptos institucionalizados.

Então eu me pergunto: basta demitir um ministro? Ou só isto basta? Ficando no último caso. As denúncias dizem que o dinheiro desviado ao para os caixas do partido a que pertencia o Ministro. O Ministro foi demitido e foi nomeado outro do mesmo partido. O mesmo partido que patrocinava o desvio de verbas públicas para os seus cofres. Partido que dá sustentação ao governo com “n” parlamentares. O novo ministro terá força política para se opor ao seu partido. Se ele se opuser perderá o cargo e o partido ficará.

Foram demitidos seis ministros, mas os seus partidos continuam lá.

E a Presidência da República continuará refém deste jogo movido a dinheiro público.