quinta-feira, 30 de abril de 2015

A violência contra os funcionários paranaenses

O governador Beto Richa culpa os arruaceiros pela violência no Centro Cívico, em Curitiba. Este problema, vemos pelo noticiário, vem de longe e sem negociação. E a Senadora Gleice Hoffman, quando Ministra da Casa Civil reteve verbas, preparando-se para a sua campanha ao governo do Estado[1]. Richa, também candidato, tocou as suas obras como se nada tivesse acontecendo, pois era candidato à reeleição.

Habilidade política não se herda por DNA. Richa venceu as eleições no primeiro turno, com as finanças quebradas. Requião e Gleice perderam as eleições. Ao invés de negociar impôs-se.  Richa e a sua base na Assembleia Legislativa. O resultado foi a violência contra os funcionários e professores.

Segundo Richa “gente formada normalmente é muito insubordinada”. Os professores são “gente formada”. Declarou em 26/04/12 em entrevista à rádio CBN, nesta quinta-feira, que acha positivo que os policiais militares do estado não tenham diploma de curso superior, pois muitas vezes não aceita cumprir ordens de um oficial ou de um superior hierárquico, de uma patente maior.

O articulista da época ressalta a miopia com relação a realidade do mundo, pois se fosse segundo o seu pensamento não teria havido as greves comandadas por Lula no ABC. Os sindicalistas eram pessoas “sem diplomas”. A sua declaração constituiu-se, ainda, um desestímulo à educação e à cultura.

Eis aqui o áudio da fala do governador[2].

domingo, 26 de abril de 2015

A vitória de Dilma foi legítima e legal?

Assisti a um vídeo[i] de Jô Soares no qual ele afirmava que a eleição de Dilma foi legítima e que o povo sabia que a luz ia subir. Começando pela segunda afirmação: pela pregação de Dilma o eleitor de Dilma “sabia” que a luz ia subir se o candidato da posição vencesse. Após os resultados ela aumentou o valor da energia elétrica, assim como fez tudo o que acusava que o candidato da oposição faria. Portanto, o povo passou saber que o preço da energia elétrica, do combustível, etc., subiria se Aécio fosse o vencedor. Ela mentiu. Uma eleição vencida através de trapaça, de mentira, é legítima?

Costuma-se dar o mesmo sentido a legitimo e legal, por serem amparados pelo direito positivo, pela legislação. No entanto, nem tudo que é legal é legitimo. As eleições foram legais porque foram realizadas dentro de uma legislação existente. Mas não foram legítimas porque o partido vencedor se utilizou da trapaça (mentira).

sábado, 18 de abril de 2015

Militantes, tomem tento

Nota-se nas redes sociais que as mentiras publicadas pelos MAV do PT perderam a credibilidade. Graças à Dilma.

Ela mentiu tanto durante a campanha e logo após, depois de eleita passou a comprovar as suas inverdades. Quem vai acreditar no que os remanescentes do petismo publicam? A cosia ficou tão descarada com a metáfora  sapiente de Lula de que se roubou mais porque o queijo era maior, permitindo que os ratos se fartassem. Quantas cascas de queijos devem existir opor aí que ainda não sabemos?

O diz que diz que fulano e beltrano roubaram e isto autoriza que hoje se roube não cola mais. Fale-se o que quiser da justiça, mas ela somente age a partir de uma denúncia ou, em palavras comuns, quando alguém foi pego com a boca na botija. Os que dizem ter roubado no passado é porque não foram pegos com a boca na botija de faz parte do diz que diz que hoje tão usado pelo “marquetismo” petista.

Se o luminar petista diz (ou disse) que foi, realmente foi? Se Lula (o criador) e Dilma (a criatura) estão tão desacreditados (é mais fácil acreditar em Pedro Malasartes!), como acreditar no que diz o pessoal dos andares de baixo?


Militantes, tomem tento!

domingo, 5 de abril de 2015

Os destituídos de ego e superego

Outro dia eu assistia uma entrevista de Raul Jungmann e ele comentou que o PT não tem superego (parte moral da psique que representa os valores da sociedade). A minha amiga Marilene Nunes alertou que o PT também não tem o ego (levando em conta o mundo externo: é o chamado princípio da realidade. É esse princípio que introduz a razão, o planejamento e a espera no comportamento humano). Sobra-lhe o id (instintos, impulsos orgânicos e desejos inconscientes)?  Parece-lhe sobrar. Sobram-lhes impulsos que se distanciam da razão e que se chocam com os comportamentos humanos.

O PT é Lula e Lula é o PT. Tenho ouvido os discursos de Lula, em ambientes fechados com os seus seguidores mais chegados, orientados a um desejo básico, um impulso, de manter o poder, que se desmancha como castelos de areia sob a mais fraca garoa.

Ouvi de um comentarista que Lula tem como princípio não ter princípio. Move-se por um impulso orgânico, como o da fome. Fome pelo poder que lhe foge das mãos.

Tenho lido mensagens difundidas pelos  MAVs (Militantes do Ambiente Virtual) e os penas de aluguel do PT negando a corrupção, e se elas há, precisa de uma reforma política, centrada no financiamento das campanhas eleitorais. O que uma coisa tem a ver com as outra? Corrupção é crime e é desvio de finalidade da coisa pública. Para a corrupção temos o código penal. Para o desvio de finalidade temos a demissão a bem do serviço público.


Lula, destituído do ego e do superego, portador do princípio de não ter princípio, segundo o cronista político, ocupa-se a discursos ameaçadores à ordem pública. Ele e os seus asseclas. A falta de razão faz com que o desarrazoado veja os outros como a sua própria imagem. Não tem a consciência que nós não pensamos como os seus MAVs, mas nos faz pensar: o que é que tem a ver a corrupção com a reforma política. Tem, isto sim, com a reforma do código penal e demais legislação, tornando-os menos leniente com os gestores públicos corruptos

quarta-feira, 1 de abril de 2015

A primeira Eva, Lilith

Conversando com a minha amiga Carla Fleming sobre Lilith resolvi este texto informal. Está aberto a discussão.

Todos os povos têm o que chamamos de mito de origem. No mundo cristão o nosso mito de origem é Gênesis. O mito de origem conta como aquele povo surgiu, foi criado. O nascimento do povo. A descrição deste nascimento foi escrito dentro da perspectiva judia; o Velho Testamento, do qual Gênesis faz parte, da chamada “Bíblia Hebraica”.

Nesta tradição, que chamamos de “judaíca-cristã”, o casal que deu origem a este povo, foi Adão e Eva. E conta as sua peripécias ainda no paraíso e as ocorridas depois da expulsão.

Esta história é a histórica, formal, dogmática. Existem outras histórias fora do dogmatismo religioso. Uma delas é que a “nossa” Eva é a segunda, houve uma primeira Eva. Lilith.

Eva, diz-se, é o relato da  mulher que chega até hoje, de caráter peçonhento (inclinação para fazer o mal; maldade, malícia). As serpentes pagam por isto. Mas, apesar disto, ou por isto, subalterna ao homem, Adão.

A primeira Eva era diferente. Não se submetia a Adão. Já li  relatos de que os dois brigavam muito. Uma das brigas era com relação à posição do relacionamento sexual. Ela não queria ficar sempre por baixo e reclamava: ora, se ambos fomos feitos do mesmo barro, como você pretende ser superior? Somos iguais.

Chegou uma hora que Lilith resolveu abandonar Adão. E sumiu. Mas Adão a amava e ficou muito triste. Pediu ao Senhor que a encontrasse e a convencesse retornar. O Senhor, condoído com a tristeza de Adão enviou dois emissários, anjos, à procura de Lilith… Depois de muita busca, encontraram-na. Disseram-na que o Senhor queria que ela retornasse para aplacar a tristeza de Adão. Lilith não gostou da forma impositiva do Senhor e dos Anjos, como se diz atualmente, “rodou a baiana”, atropelou-os de volta.  Senhor ficou muito zangado com  atitude de Lilith e sentenciou à morte os seus primeiros cem descendentes. Os mitos não têm muita lógica; matando o primeiro ao nascer, não haverá o segundo. Mas tem um grande efeito moral.

Sem razão disto, O Senhor resolveu oferecer a Adão uma segunda Eva, agora gera-la da costela de Adão. Para servir o homem. Como a costela é curva (torta), Eva teria que estar sempre sob a proteção de Adão, e masculina, dada a sua impossibilidade de se endireitar. Mas Adão, pela segunda vez, “dormiu no ponto”. Descuidou-se e Eva aprontou com a serpente que lhe ofereceu um fruto proibido, a maçã.

O Senhor, muito zangado, resolver expulsar os dois do paraíso. Para a alegria dos ecólogos profundos, pois daí nasceu a humanofobia e o Brasil foi presenteado com Leonardo Boff[1], o grande nome da ecologia profunda. O paraíso, hoje, de um local em que o ser humano não tem acesso (salvo os ecólogos profundos), exemplo para despovoar o mundo.

Mas voltando a Lilith, com a praga divina ela passou a ser considerada uma súcubo, um diabo com a forma feminina. Esta entidade aparece  em várias sociedades antigas que tinha como prática de maldade matar crianças e também os homens.

O mito de Lilith voltou a aparecer na Idade Média, na pregação dos rabinos, recomendando-se a proteção das crianças e dos homens.

Esta historia, contada informalmente, parece estar na base da misoginia tão evidente nos mundos cristão e islâmico.


[1] O catequista de Fidel Castro com o qual rezou o “Pai Nosso”. Quando chegou no Aeroporto do Galeão algum X9 cubano roubou os seus apontamentos (http://www.cartamaior.com.br/templates/colunaImprimir.cfm?coluna_id=3275).

Primeiro de abril de 2015

Hoje o golpe de 1964 está fazendo 51 anos. Muitos dizem que é para esquecer, mas devemos lembrar, não esquecer nunca, para não cairmos noutra situação daquela. Claro que os generais que presidiram naquele período não enriqueceram, mas se verificarmos empresas que emergiram do anonimato naquele período não foi como produtoras de riquezas. Como empresas de hoje que estão escapar de falência pois não sabem viver sem a corrupção.

Não devemos esquecer, pois estamos caminhando para um regime autoritário, que se espalha pela América do Sul, imaginado a partir de uma reinvenção da história, o bolivarianismo. Temos que ter em mente um regime que "comprou" mentalidades de quem não poderia "se vender", um regime que, como cupim está corroendo as instituições poder dentro; um grupo que está corroendo até a mais alta corte de justiça do país com membros que deixam de lado a jurisprudência para se tornarem advogados de defesa de amigos do poder. Não devemos esquecer que pessoas inteligentes se tornaram espécies de zumbis num regime que nada mais faz que suga o trabalho dos trabalhos. Um regime que se apropriou  das pessoas que deram sustentação ao regime militar que hoje dão sustentação a este regime que aí está. Devemos pensar em nossos filhos, nos nossos netos, nas gerações futuras que periga viver sobre este regime apodrecido, corrupto, mentiroso, delinquente e extremamente perigoso.

Primeiro de abril é o dia da mentira. Não acordou os brasileiros 51 anos passados (não havia a tecnologia de comunicações, redes sociais como hoje, mas apesar disto havia o controle de mídia como o poder corrupto quer hoje), mas vejo, neste momento, os brasileiros mais atentos.


Espero que 12 de abril seja o toque do clarim para uma nova aurora.