tag:blogger.com,1999:blog-74995160938508022532024-03-21T09:20:39.030-03:00Proseando...Prosear é papear, por vezes falar sem compromisso e outras vezes compromissado com verdades que defende enquanto verdades, contar "causos". Mas sem poder escapar da visão acadêmica, que ocupou grande parte da vida, mas livre das suas amarras. Tudo isto é prosear e por isto proseando... Espero que este blog seja assim.Proseando...http://www.blogger.com/profile/06286723084558285365noreply@blogger.comBlogger112125tag:blogger.com,1999:blog-7499516093850802253.post-3708817557797793392018-10-12T23:13:00.000-03:002018-10-12T23:17:26.355-03:00Lenitivos<br />
<div class="MsoNormal">
Lenitivos<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"> </span><span style="font-size: large;">Carmela,</span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;">As vezes me ponho a pensar<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;">Nos arrebóis do nosso amor...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;">- Eu colibri a esvoaçar, <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>E tu, virgem
roseira, em flor...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;">De palpitações me nutria,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;">E que saudoso palpitar!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;">- Minha alma, abelha que sorria,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Entre volúpias, ao néctar...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;">Colibris vêm ao jardim<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;">Vêm uma flor! Voam em vão,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;">Deixou-o a canícula, assim.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;">Entanto, daquela, o esplendor<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;">Mesmo da vida no verão,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;">Satura-me ainda de amor!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;">Morretes, Pitinga, 1927<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;">Francisco Serôa da Motta Sobrº</span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O meu avô materno chegou em Curitiba por volta de 1905,
quando conheceu a minha avó, Maria Carmela Sentone. Meu avô vinha de uma
maratona de vida. Nasceu na cona rural de Propriá, Mata da Vara e perdeu a sua
mãe no parto. Foi criado por duas de suas tias maternas e na adolescência foi
para Recife viver com um seu tio, também materno e homônimo, militar e
comandante de uma unidade do Exército. Quando chegou na idade do serviço
militar sentou praça e logo a seguir, na graduação de sargento apresentou-se
voluntário para seguir ao Acre, época da crise com a Bolívia. A viagem era
feira por vias marítima e fluvial (claro há pouco mais de um século!). Quando
se aproximava do rio Purus a tropa foi acometida de beribéri (deficiência de
vitamina B1 – tiamina). O barco retornou e seguiu direto para o Rio de Janeiro
para internação no Hospital Central do Exército. Restabelecido, foi enviado
para Lorena onde havia uma unidade de repouso. Finda esta segunda fase de recuperação
foi transferido para a Colônia Militar de Xanxerê, oeste do atual Estado de
Santa Catarina. Em Curitiba teve a sua transferência reformulada para Foz do Iguaçu.
Esta viagem, contava o meu avô, era feita cm carroções até Guarapuava e daí
para frente a cavalo. Pelos relatos, estas tropas seguiam pelo Peabiru, o
caminho trilhado pelos índios guaranis entre as terras que hoje são o Paraguai
e a costa Atlântica.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
No período em que ficou em Curitiba conheceu a minha avó,
Maria Carmela, estudante do Instituto de Educação do Paraná. Houve uma farta
correspondência entre os dois, quase toda em cartões postais. Cartas de amor.
Quando minha avó faleceu o meu tio que vivia com ela queimou toda a
correspondência. Mas sobram alguns cadernos manuscritos. Alguns ficaram comigo e
outros com minhas irmãs.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O meu avô, ao regressar de Foz do Iguaçu, pretendeu ingressar
na Escola Militar o Exército, para o curso de oficiais. Isto aconteceu quando o
Marechal Hermes da Fonseca assumiu o Ministério da Guerra e o reestruturou.
Dentre as mudanças houve o impedimento que os graduados alçassem o oficialato. Isto
o magoou muito e o levou a deixar o Exército. Nesta época a minha avó era professora
na zona rural de Araucária, Guajuvira. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Casaram e foram morar onde a minha avó lecionava e o meu
montou uma fábrica de refrigerantes, gasosa, como é conhecida no Paraná. A
maior parte da produção era vendida em Curitiba, transportava de carroção. O
meu bisavô era o napolitano, casado com uma moça de Iguape.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Por volta de 1915 resolveu comprar terras em Morretes. Soube
que o Estado estava oferendo títulos de propriedades de terras devolutas a interessados.
Meu avô conseguiu as terras e a minha avó a sua transferência para a escola
rural do Rio Sagrado. O casal era o mais – senão o único da região. Enquanto a
minha avó lecionava o meu avô se tornou o inspetor de quarteirão e uma espécie vice-prefeito.
O padre nomeou-o responsável (capelão) da capelinha de Santo Antônio, construída
no alto de um morro onde os meus pais casaram.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O beribéri deixou a sua marca no meu avô. Provavelmente pelos
esforços na lavra das suas terras, os efeitos da doença retornaram por volta de
1925, 1926. Comentava que por duas vezes viu-se às portas da morte. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
No período de recuperação da segunda fase da sua doença
começou a escrever e a “poetar”. E a expressar o seu amor à sua Maria Carmela.
Muitos dos poemas do meu avô falam de morte no sentido espiritual do que no
sentido físico. Eu ainda me lembro dos comentários do eu avô quando o seu pai e
as duas tias que o criou faleceram. Ele comentou que recebera um aviso e algumas
semanas depois recebia uma correspondência, geralmente do seu primo Lourival,
falando do falecimento. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O meu avô era como um imigrante. Um brasileiro em terras
nacionais, mas em comunidades imigrantes. O Paraná por muito tempo foi uma Província
desabitada, região de criadores de muares das tropas que viajavam entre o sul e
São Paulo, a Quinta Comarca de São Paulo, “abandonada” na metade do Século por
ser republicano e a sede (São Paulo) monarquista.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />Proseando...http://www.blogger.com/profile/06286723084558285365noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7499516093850802253.post-36300280516508747582018-10-12T07:52:00.000-03:002018-10-12T07:52:02.795-03:00A falência do PT<br />
<div class="MsoNormal">
Há algum tempo, deve ter sido no tempo na época do
“mensalão” (não guardei o texto, como faço agora), uma continha para prever o tempo
que o PT ficaria no poder. A minha reocupação aumentou porque era voz corrente
entre os petistas de o partido ficar no por 50 anos. Quem tiraria o partido em
2052?</div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
João Paulo Cunha um deputado influente do partido eleito deputado
federal quando Lula foi eleito em 2002 declarou que as eleições não tinham sido
uma campanha política, mas uma luta pelo poder. Sob as bênçãos de Lula este
deputado foi alçado à presidência da Câmara. Mais tarde condenado e preso pelo processo
o Mensalão.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O autoritarismo está no DNA do PT e tem na sua
ancestralidade política o getulismo. Isto me motivou a fazer a continha. Se eu
não estiver enganado, isto foi ainda o tempo do Orkut.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Getúlio ficou no poder durante 15 anos e o regime militar 21
anos. Imaginei 16 anos, tempo para o PT sair através das eleições. Infelizmente
a conta deu certo, pois o petismo está entregando um país destroçado. Incluí
neste tempo o mandato de Temer, vice do poste de Lula. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Não devemos esquecer que o mal que o PT fez ao país cabe
também ao regime militar que não se preocupou em desenvolver uma mentalidade
política dentro dos seus propósitos (teóricos). Ao invés disto governaram o
país como estivessem comandando uma unidade militar e a Constituição como se
fosse o RDE (Regulamento Disciplinar do Exército). Isto se deve, em parte
vivíamos sob a guerra fria e União Soviética e China lutando pela divisão do
“segundo mundo”, como relata Flávio Tavares no seu recém lançado livro “As três
mortes de Che Guevara”. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
A luta pela divisão do “segundo mundo” provocou o racha do Partidão
com a criação do PCdoB.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Existe uma literatura recente que nos permite entender a onda
anti-petista que emergiu nestas eleições e a renovação que está ocorrendo no
Congresso (Mauro Cherobim).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
(não editei o texto)<o:p></o:p></div>
<br />Proseando...http://www.blogger.com/profile/06286723084558285365noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7499516093850802253.post-70518001401679308492018-09-12T22:10:00.001-03:002018-09-12T22:10:55.346-03:00 Amizade e descaminhos políticos<br />
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 0cm;">
<span style="text-indent: 0cm;">Eu tenho um amigo que neste ano a amizade fez 60 anos. Nós
nos conhecemos na Base Aérea de Santos num curso de cabo radiotelegrafista
auxiliar. Eu havia feito um curso anterior, mas fui reprovado no exame de
radiotelegrafia. Eu e mais dois. Três “oriondi”: um de italiano, um de japonês
e um terceiro de alemão. Pela ordem, um paranaense, um paulista e um
catarinense. Os três fomos nos matriculamos neste novo curso de cabo. O
italiano e o japonês, por já serem operadores ficavam mais na Estação Rádio da
Base e por serem operadores, foram aprovados num concurso de sargentos. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 0cm;">
<span style="text-indent: 0cm;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 0cm;">
<span style="mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-no-proof: yes;"><!--[if gte vml 1]><v:shapetype id="_x0000_t75"
coordsize="21600,21600" o:spt="75" o:preferrelative="t" path="m@4@5l@4@11@9@11@9@5xe"
filled="f" stroked="f">
<v:stroke joinstyle="miter"/>
<v:formulas>
<v:f eqn="if lineDrawn pixelLineWidth 0"/>
<v:f eqn="sum @0 1 0"/>
<v:f eqn="sum 0 0 @1"/>
<v:f eqn="prod @2 1 2"/>
<v:f eqn="prod @3 21600 pixelWidth"/>
<v:f eqn="prod @3 21600 pixelHeight"/>
<v:f eqn="sum @0 0 1"/>
<v:f eqn="prod @6 1 2"/>
<v:f eqn="prod @7 21600 pixelWidth"/>
<v:f eqn="sum @8 21600 0"/>
<v:f eqn="prod @7 21600 pixelHeight"/>
<v:f eqn="sum @10 21600 0"/>
</v:formulas>
<v:path o:extrusionok="f" gradientshapeok="t" o:connecttype="rect"/>
<o:lock v:ext="edit" aspectratio="t"/>
</v:shapetype><v:shape id="Imagem_x0020_1" o:spid="_x0000_i1026" type="#_x0000_t75"
alt="Uma imagem contendo edifício, foto Descrição gerada com muito alta confiança"
style='width:426pt;height:359.25pt;visibility:visible;mso-wrap-style:square'>
<v:imagedata src="file:///C:/Users/cherobim/AppData/Local/Temp/msohtmlclip1/01/clip_image001.jpg"
o:title="Uma imagem contendo edifício, foto Descrição gerada com muito alta confiança"/>
</v:shape><![endif]--><!--[if !vml]--><!--[endif]--></span><span style="mso-bidi-font-family: "Times New Roman";"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 0cm;">
<span style="mso-bidi-font-family: "Times New Roman";">Os dois aprovados já estavam no Rio de Janeiro fazendo o
curso de sargento voluntário especial enquanto os seus amigos terminavam o
curso de cabo. No final do curso do Rio o italiano foi trabalhar em Goiânia e o
japonês em Bauru. Seis meses mais tarde o de Goiânia foi para Xavantina. Chegou
lá na tarde do dia em que os revoltosos de Aragarças e Xavantina. As aeronaves
carregadas de soldados retornaram para as suas unidades e os voos foram proibidos
por quase três meses. Era época das águas; o trecho Barra do Garça e Xavantina
ficava intransitável.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 0cm;">
<span style="mso-bidi-font-family: "Times New Roman";">Quando os voos normalizaram o sargento que era o meu chefe, foi
substituído por um colega novinho, recém promovido e eu fiquei responsável pela
Estação. Também retornou para São Paulo o cabo que encontrei foi substituído
por um outro. Eu e os cabos (o que saiu e o que chegou) fomos colegas da mesma
turma de cabos de Santos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 0cm;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3Crh2yd0meE72aATEdPpB7KsA6O10uetpnxDzOTTntds2mdktAIv6XmvfSUu7T9duAFmGHZmFQgP6k0CnmwX9-AHltRshkSlPnqTt7my8PM4XDp0togCY4bAzvrOSgxDsS3dANeauUVI/s1600/CFC-Santos+1958.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="868" data-original-width="1030" height="537" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3Crh2yd0meE72aATEdPpB7KsA6O10uetpnxDzOTTntds2mdktAIv6XmvfSUu7T9duAFmGHZmFQgP6k0CnmwX9-AHltRshkSlPnqTt7my8PM4XDp0togCY4bAzvrOSgxDsS3dANeauUVI/s640/CFC-Santos+1958.jpg" width="640" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 0cm;">
<span style="mso-bidi-font-family: "Times New Roman";">Xavantina era, oficialmente, o Centro de Atração Ministro
João Alberto (CAMJA), um órgão da Fundação Brasil Central. O cabo que chegou com
o saco de lona que os soldados recebem quando são incorporados e embaixo do
braço um livro grosso. Não, não era a Bíblia. Era o “Pequeno Dicionário da Língua
Portuguesa” de Gustavo Barroso. A toda hora ele vinha a mim e falava:
“Cherobim, aprendi mais uma palavra!” Para este meu amigo cada verbete era como
se fosse um versículo bíblico. .<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 0cm;">
<span style="mso-bidi-font-family: "Times New Roman";">De Xavantina fui transferido para a Estação de Rádio do
Aeroporto Afonso Pena de Curitiba, retornei para São Paulo, saí da FAB. Ambos
nos aposentamos, eu da Universidade e ele da FAB. Um dia recebi um e-mail
perguntando se eu era o Cherobim da FAB. Nos reencontramos e passamos a nos
encontrar. A primeira vez foi em Rio Claro, onde ele morava. Ele morava lá e eu
vinha de Araraquara onde fora participar de uma banca. Combinamos via telefone
e eu passei ela casa dele tomar um café. Era para tomar um cafezinho e
conversamos umas cinco horas. Ou mais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 0cm;">
<span style="mso-bidi-font-family: "Times New Roman";">As escolas militares são tidas pelos seus alunos como berço.
O nosso berço foi o nosso curso de cabo em Santos. Muitos amigos sumiram do
nosso horizonte, mais do meu pelo fato de eu ter e afastado da FAB. Uma parte
deles já eram falecidos. Outros havia saído.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 0cm;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhE1nH3N3MCZ-G_aP1YHSSA7hkY9urPEC_yd0p2pWjM6HK2RA7WE9C4uThcGx8daSE7EC_HTcD5KuLwszck-IsIghOevnIbx2gngpV-lF-v-E9FrxS_kalGHJiHV4w2wwK9u8w_OcI2Fl4/s1600/Hg+-+Os+remanescentes.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="960" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhE1nH3N3MCZ-G_aP1YHSSA7hkY9urPEC_yd0p2pWjM6HK2RA7WE9C4uThcGx8daSE7EC_HTcD5KuLwszck-IsIghOevnIbx2gngpV-lF-v-E9FrxS_kalGHJiHV4w2wwK9u8w_OcI2Fl4/s640/Hg+-+Os+remanescentes.jpg" width="640" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 0cm;">
<span style="mso-bidi-font-family: "Times New Roman";">Quando já havíamos (na verdade este amigo) descoberto uma
dezena de colegas combinamos fazer um encontro no nosso “berço”, a Base Aérea
de Santos. O comandante ficou emocionado a receber um grupo de velhinhos
visitando onde há meio século eles receberam instrução profissional. Ofereceu
àqueles velhinhos uma apresentação militar emocionante. Os que já haviam
falecido foram representados pelas suas esposas e pelos filhos. (texto não editado).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 0cm;">
<span style="mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-no-proof: yes;"><!--[if gte vml 1]><v:shape id="Imagem_x0020_2"
o:spid="_x0000_i1025" type="#_x0000_t75" alt="Uma imagem contendo pessoa, edifício, posando, em pé Descrição gerada com muito alta confiança"
style='width:425.25pt;height:318.75pt;visibility:visible;mso-wrap-style:square'>
<v:imagedata src="file:///C:/Users/cherobim/AppData/Local/Temp/msohtmlclip1/01/clip_image003.jpg"
o:title="Uma imagem contendo pessoa, edifício, posando, em pé Descrição gerada com muito alta confiança"/>
</v:shape><![endif]--><!--[if !vml]--><!--[endif]--></span><span style="mso-bidi-font-family: "Times New Roman";"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 0cm;">
<span style="mso-bidi-font-family: "Times New Roman";">É interessante acompanhar a vida de amigos através das décadas.
Este meu amigo tornou-se lulólotra (adorador de Lula). Não é por isto que devemos
deixar que esta adoração interfira na nossa amizade. Se isto acontecer estaremos
sobrepondo à nossa amizade à uma vontade política, plena de aspectos antissociais
que tanto mal fizeram ao nosso país. Se não fizermos isto mergulharemos no
terror que temos testemunhado. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 0cm;">
<br /></div>
<br />Proseando...http://www.blogger.com/profile/06286723084558285365noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7499516093850802253.post-69677907669931215472017-12-31T14:21:00.004-02:002017-12-31T14:21:56.014-02:00Gente, tome tento!<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 14.4pt;">
Gente!... tome tento!...<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 14.4pt;">
Outro dia li uma declaração do
Papa Francisco que o homem é o único animal que tropeça mais de uma vez na
mesma pedra. O eleitor brasileiro também.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 14.4pt;">
Diz o dito popular que o diabo
não sabe das coisas porque é sábio, mas porque é velho. Quando Collor era
candidato eu me sentia assistindo a campanha de Jânio Quadros. Jânio foi eleito
e deu no que deu. Meu tio avô José queria saber por que eu não iria votar em
Jânio. Disse a ele que se renunciou uma vez (renunciou de ser candidato e “desrenunciou”)
voltaria a renunciar outra vez. Foi eleito e renunciou. A sua renúncia provocou uma bagunça danada.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 14.4pt;">
Collor fez campanha com o mesmo
script de Jânio. Renunciou. Jânio “renunciou” para dar um golpe, mas o
presidente do Congresso considerou verdadeiro o bilhete de renuncia e declarou
vacante do cargo. O pedido era aguardar a chegada dele em São Paulo. O velho
Havro da Presidência decolou de Brasília e pousou em Cumbica com um
ex-presidente.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 14.4pt;">
Jânio queria usar a vassourinha
para limpar a sujeira e Collor queria limpar o Brasil de Sarney. Não que não
merecesse, mas... <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 14.4pt;">
Collor foi eleito e deu no que
deu.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 14.4pt;">
Não vou falar de Lula porque
todos nós sabemos no que deu e continua dando.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 14.4pt;">
Agora vejo a campanha de
Bolsonaro. Lembra a campanha de Collor com tiradas janistas. Sabemos o que deu
com Jânio e com Collor.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 14.4pt;">
Gente!... tome tento!...<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 14.4pt;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 14.4pt;">
<br /></div>
Proseando...http://www.blogger.com/profile/06286723084558285365noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7499516093850802253.post-90803081904490856262017-12-22T15:55:00.000-02:002017-12-22T15:55:29.449-02:00O transporte de mercadorias e de gente em futuro próximo<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 14.4pt;">
O CEO mundial da Scania esteve
aqui em São Paulo e deu uma entrevista para a ISTOÉ DINHEIRO. Descreveu os
projetos que o setor de caminhões tem desenvolvido e de como serão os caminhões
daqui a trinta anos. O que chamou a atenção é a perspectiva de nestas três
décadas não se usar mais combustíveis fósseis, mas a eletricidade e
combustíveis alternativos, como etanol, biodiesel, entre outros. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 14.4pt;">
O que nos leva a pensar será as
novas formas de financiamento. Desde que adquiri a primeira impressora jato de
tinta notei que as fabricantes de impressora eram fabricantes de tinta e laser
fabricavam impressoras para vender tinta e toner. O projeto da Scania – e certamente
das demais montadoras de veículos – não é mais vender veículos, mas vender quilômetros
rodados. A empresa (Scania, é lógico) oferecerá um financiamento de quatro anos
e com toda a manutenção. O cliente ficará com as despesas de motoristas e combustíveis.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 14.4pt;">
Podemos inferir que as
montadoras terão o controle do transporte
de mercadorias e de gente (o projeto inclui ônibus) e a logística. E interferirá,
de forma direta, nos países produtores de combustíveis, hoje na sua maioria com
governantes autoritários. Ditatoriais, melhor falando. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 14.4pt;">
Para melhor informações, ler a
entrevista no link abaixo.<o:p></o:p></div>
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><a href="https://www.istoedinheiro.com.br/nao-queremos-mais-usar-combustiveis-fosseis/">https://www.istoedinheiro.com.br/nao-queremos-mais-usar-combustiveis-fosseis/</a></span>Proseando...http://www.blogger.com/profile/06286723084558285365noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7499516093850802253.post-16168655183196096272017-12-17T22:07:00.001-02:002017-12-17T22:07:44.595-02:00Lula defende os governadores presos porque só roubaram dinheiro público<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 14.4pt;">
Eu votei pela primeira vez nas
eleições de 1955, quando JK foi eleito. Vínhamos de uma crise militar, uma
tentativa de golpe e um contragolpe do General Lott. Antes da posse de JK houve
a rebelião de Jacareacanga executada por oficiais da Aeronáutica. A rebelião
foi sufocada. Os oficiais foram presos e anistiados logo que JK assumiu. Houve
uma morte, Cazuza, o guarda campo e servente de serviços gerais que foi
enfrentar as tropas que chegaram com uma espingarda, levou um tiro de morreu. No
final do governo de JK, um ano antes do término do mandato, houve a rebelião de
Aragarças e Xavantina. Depois disto tivemos as eleições de Jânio, a sua
renúncia, a posse de Jango, os movimentos de Brizola no Rio Grande do Sul, as “negociações
de paz” e o governo transformado de parlamentarista e voltou a ser
presidencialista. E veio 1964. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 14.4pt;">
Durante 21 anos tivemos o
regime militar e sabíamos de antemão quem seria o presidente; bastava olhar o
almanaque de promoção dos generais. O Presidente seria o general quatro
estrelas mais antigo. Vencido o mandato do General Figueiredo, Tancredo Neves
foi leito indiretamente, morreu e assumiu o Vice, José Sarney. Vieram as
eleições de Collor, o seu impeachment, Itamar Franco, FHC, Lula e Dilma. E
Temer. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 14.4pt;">
Nestes 62 anos vi muitas
coisas, mas nada como o que aconteceu nas últimas eleições de corrupção
escrachada iniciada no governo Lula. Veio a Internet, as redes sociais, a informatização
dos serviços públicos e os métodos de transparência. A corrupção foi desnudada. Também veio a legislação da colaboração
premiada e os convênios internacionais contra os dinheiros oriundos de corrupção
que viajava pelo mundo. Os governos lulopetistas abusaram no uso do dinheiro
público para financiar o seu projeto de poder, associado com gestores incompetentes.
A corrupção e os corruptos foram desnudados e as investigações no âmbito da
justiça federal mostraram que o ex-presidente Lula liderava o desvio do dinheiro
público.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 14.4pt;">
O ex-presidente Lula por ter
sido Presidente da República julga-se acima do bem, do mal e das leis. Isto
ficou bem claro na sentença do juiz Moro quando escreveu que ninguém está acima
da lei. E foi condenado. Uma pena leve que o fez sentir o peso da lei. Como diziam
os radiotelegrafistas, isto o “tirou de sintonia”. Perdeu a noção as coisas. Isto
ficou muito claro no texto, a seguir, publicado na Revista Veja esta semana;“...,
Lula vem intensificando o embate contra a Lava-Jato. Na terça-feira (12/12), em
discurso no Rio, criticou até a condenação do ex-governador Sérgio Cabral. ‘O
Rio não merece a crise que está passando. Não merece ter governadores presos
porque roubaram dinheiro público’. Parece piada, mas foi isto mesmo”. (Revista
Veja, 20/12/2017. p.61).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 14.4pt;">
Como pode um individuo que foi Presidente
da República justificar o roubo de dinheiro público. Cinco ou seis meses dos
nossos salários vão para o aparelho estatal para sustentar a sua máquina. A crise
que o Rio de Janeiro passa decorre “só porque” estes governadores estão presos.
Quantos fluminenses já morreram nas portas dos hospitais e ou de balas perdidas
“só porque” estes governadores roubaram dinheiro público. E isto acontece pelo
Brasil todo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 14.4pt;">
Não consigo entender como ainda
tem gente que defende e vota num indivíduo para o maior cargo da República que
acha que roubar dinheiro publica é coisa de menor importância. Dá asco desta
gente. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 14.4pt;">
Estamos no final do ano. Daqui a
menos de 15 dias começaremos a pagar os impostos para o ano que vem: IPVA,
IPTU, IR... Há quanto tempo a tabela do IR não é reajustada? Sem reajuste o IR
aumenta. E tem que aumentar porque além da corrupção há os gastos que não têm
freios. E quem paga tudo isto? Somos nós, através dos tributos. Somos nós que
financiamos a corrupção.<o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 14.4pt;">
Quem vota nesta gente mantém
esta canalhocracia. Vota contra si próprio.<o:p></o:p></div>
Proseando...http://www.blogger.com/profile/06286723084558285365noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7499516093850802253.post-15010379344862351132017-11-10T18:52:00.003-02:002017-11-10T18:52:57.787-02:00A maquete da capelinha do Cemitério de Morretes<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 14.4pt;">
Zelinda, como nós somos da
mesma idade (você chegou por aqui quatro meses antes de mim. Desculpe-me pela
xeretice! Rs) de por isto deveremos ter
lembranças próximas, mas quem viveu em Morretes deverá ter algumas lembranças particulares,
talvez a mais de quem viveu em Curitiba. E vice versa. Como vou falar de
Morretes...<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 14.4pt;">
Seu Nhô Beco (Adalberto Vila
Nova) era casado com dona Maricota Malucelli e tinha uma padaria na “pracinha
do paredão”. Ninguém sabia que se chamava Lamenha Lins. Alguns imaginavam
chamar Silveira Neto em razão do monumento em homenagem a este escritor e poeta
conterrâneo. A padaria de Nhô Beco era ao lado da sua residência, defronte ao
monumento. O “caixeiro” era o Rufino. Para passar o tempo começou a pintar
quadro. Morretes tem tradição pelos muitos pintores, escultores, poetas. Eric
os tem enumerado. Rufino pintava a maioria dos seus quadros de dentro do balcão
e ele mostrava isto nos quadro, pois em grande parte deles apareciam as portas
pelo lado de dentro. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 14.4pt;">
A partir de um momento ele
começou a esculpir, ou melhor, entalhar madeiras e fazer maquetes. Ele não
tinha ferramentas adequadas; utilizava uma faquinha que os sapateiros usavam
para dar formas ao couro em seus trabalhos de conserto. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 14.4pt;">
O seu trabalho de maior visibilidade
foi a maquete da Igreja Matriz que foi o modelo para a capelinha para o Padre
Saviniano no Cemitério.<o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 14.4pt;">
<br /></div>
Proseando...http://www.blogger.com/profile/06286723084558285365noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7499516093850802253.post-11444499256733673952017-11-08T19:48:00.000-02:002017-11-08T19:48:50.811-02:00Cinco hipócritas de 2009<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="MsoNormalTable" style="mso-cellspacing: 0cm; mso-padding-alt: 0cm 0cm 0cm 0cm; mso-yfti-tbllook: 1184; width: 100%px;">
<tbody>
<tr>
<td style="padding: 2.25pt 2.25pt 2.25pt 2.25pt;">
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 14.4pt;">
Eu publiquei este texto em 02/06/2010. Já havia publicado antes. Não me lembro onde</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 14.4pt;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<a href="http://mcherobim.multiply.com/journal/item/40/40"><span style="color: windowtext; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Os cinco hipócritas de 2009</span></a><u><o:p></o:p></u></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
Comentei num texto anterior os
conceitos petistas de estadista e de soberania. Comentava que apesar de os
blogs petistas alardearem as características de Lula como estadista, eu nunca
achei que ele fosse. Mas como corria dinheiro e os blogueiros eram bem pagos, “vendia-se”
esta imagem de Lula. Mas a imprensa internacional já comentava a sua hipocrisia política, confirmada pela operação Lava Jato e outros processos de Lula é alvo<o:p></o:p></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
No dia 20/12/2009 o jornal <i>El
País</i>, da Espanha, publicou uma matéria enumerando os cinco hipócritas de 2009.
O Presidente Lula da Silva foi um deles. E o autor da matéria enumera as
contradições que lhe deram este “título”.<o:p></o:p></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
Transcrevo, abaixo, parte
desta matéria. Quem desejar ler a matéria original encontrará o em <a href="https://elpais.com/diario/2009/12/20/internacional/1261263607_850215.html">https://elpais.com/diario/2009/12/20/internacional/1261263607_850215.html</a>
<o:p></o:p></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
Moisés Naím<o:p></o:p></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span style="letter-spacing: -.5pt; mso-bidi-font-size: 14.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Cinco hipócritas de 2009</span></b><b><o:p></o:p></b></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt;">
Moisés Naím 20/12/2009<o:p></o:p></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
Rever algumas das mais flagrantes
hipocrisias dos poderosos do mundo é instrutivo. Revela as tendências globais,
as contradições e as vulnerabilidades das elites da moda. É por isso que eu
decidi oferecer a minha lista muito pessoal e subjetiva de algumas dos grandes
hipócritas de 2009.<o:p></o:p></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
1.
Banqueiros.<o:p></o:p></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
2. Tony
Blair.<o:p></o:p></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
3. Os
homens líder do Partido Republicano.<o:p></o:p></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
4. Os
juízes britânicos que emitiu o mandado de Tzipi Livni.<o:p></o:p></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
5. Lula
da Silva. <o:p></o:p></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
O Presidente do Brasil declarou
que Hugo Chávez é o melhor presidente da Venezuela dos últimos 100 anos. Nunca
ouvimos Lula falar das condutas autoritárias do seu amigo venezuelano, mas
temos visto atacar furiosamente as recentes eleições em Honduras. E na mesma
semana recebeu Mahmoud Ahmadinejad com todas as honras, cuja vitória eleitoral
também é questionada. O que tiveram as eleições no Irã que as de Honduras?
Tiveram uma enorme fraude, morte, tortura e brutal repressão ordenada pelo
governo de Ahmadinejad. O afável líder brasileiro parece não haver tomado
conhecimento.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 14.4pt;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
</td><td style="padding: 2.25pt 2.25pt 2.25pt 2.25pt;"></td></tr>
</tbody></table>
Proseando...http://www.blogger.com/profile/06286723084558285365noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7499516093850802253.post-12789988069645981562017-10-23T01:44:00.000-02:002017-10-23T01:46:18.154-02:00Discussões ideológicas e mundo real<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 14.4pt; text-indent: 0cm;">
Tenho ouvido e assistido muitas
discussões de caráter ideológico, distanciadas do mundo real. Têm-se discutidas
expressões como <i>ideologia de gênero</i>, <i>homonormalidade</i> e outras como
realidades, mas que se elas se tornarem realidades poderão causar muitos
desastres. Lembro-me do Khmer vermelho cambojano. Algo semelhante poderá
acontecer na Venezuela.</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 14.4pt;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 14.4pt;">
Estas discussões ideológicas,
desprezando aspectos biológicos necessariamente levarão a um processo de desorganização.
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 14.4pt;">
A minha formação profissional
vem da Etnologia cujas pesquisas de campo foram diretas a pequenos grupos
sociais. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 14.4pt;">
Há uns 10 anos eu fui surpreendido
ao ouvir expressões hoje chamadas homofóbicas numa visita a um grupo guarani.
Pouco antes conversando com uma colega me contou uma experiência semelhante.
Numa pesquisa posterior notei uma queda
populacional e um crescimento no número de nascimento. Também houve uma
diminuição da mortalidade infantil em face do trabalho de assistência à saúde.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 14.4pt;">
Malinowski, em um dos seus
trabalhos enumera as necessidades básicas e uma delas é a procriação. É a
procriação que garante a sobrevivência dos grupos humanos. Para procriar é
necessário que haja uma mulher e um homem. Pelo que acontece em todos os grupos
humanos, pelos que eu conheço e pelo que a literatura nos ensina, há um arranjo
de espaços sociais que cada um dos membros – pessoas, grupos, etc. - da
sociedade ocupa, a estrutura social. As relações entre estes diferentes espaços,
mostra-nos com o grupo social se
organiza. A organização social. Homens e mulheres, crianças, adultos, idosos
ocupam espaços delimitados e os espaços principais são a divisão por sexo. Nas
sociedades mais simples há uma divisão sexual do trabalho. Nas sociedades mais
complexas inicia-se uma divisão social do trabalho. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 14.4pt;">
Nos grupos guarani que estudei,
por exemplo, havia uma divisão sexual do trabalho na fabricação de seus
instrumentos que se tornaram de interesse artesanal para a população nacional.
Para a fabricação de arcos, por exemplo, os homens tiravam a madeira e preparavam
para torna-los em arcos e as mulheres trançavam dos fios para fazer a corda do
arco. Com o aumento da produção os homens começaram a trançar a corda para
ajudar as mulheres. O mesmo aconteceu com a fabricação de cestos. Fui
testemunha do início da divisão social do trabalho.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 14.4pt;">
Em nossa sociedade, com a
participação mais efetiva das mulheres, a divisão social do trabalho embaralhou
a identidade de atividades exercidas por homens e por mulheres. Quando eu
cursava a faculdade pegava sempre ônibus da mesma linha e com o tempo tornei-me
conhecido dos motoristas. Nesta época (década de 60) a CMTC<a href="file:///I:/Blogs/Discuss%C3%B5es%20ideol%C3%B3gicas%20e%20mundo%20real/Discuss%C3%B5es%20ideol%C3%B3gicas%20e%20mundo%20real.docx#_ftn1" name="_ftnref1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "cambria" , "serif"; font-size: 14.0pt;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a>
contratou as primeiras mulheres motoristas. Uma conversa recorrente com os motoristas
era de que às mulheres coube dirigir os ônibus “roda mole” (direção hidráulica)
e aos homens os de “roda dura” (direção mecânica, mais pesada). A linha que eu
usava só havia ônibus “roda dura”. Nesta
mesma época a CMTC começou a trocar a sua frota por ônibus mais modernos e
certamente homens e mulheres começaram a concorrer a mesmas escalas de
motoristas. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 14.4pt;">
Logo após houve a incorporação
da Guarda Civil à então Força Pública – atual Polícia Militar - e as mulheres de
graduação mais baixa da Guarda foram incorporadas como terceiros sargento da FP.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 14.4pt;">
Se de um lado socialmente
homens e mulheres podem fazer praticamente tudo, não devemos esquecer as diferenças
biológicas. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 14.4pt;">
Mesmo homens e mulheres poderem
fazer praticamente tudo, mas fazem mantendo as suas identidades de sexo. A
identidade de gênero é resultante do sexo biológico. Portanto o conceito de homonormalidade é enviesado,
pois a normalidade é a heterossexualidade. O normal é o padrão. O que estiver
fora da normalidade é anormal. Qualquer estudante de estatística aprende isto. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 14.4pt;">
A distribuição probalística da
normalidade é cerca de 70% da totalidade. Para uma projeção demográfica é esta
faixa que deve ser considerada. Nas discussões recentes da reforma
previdenciária poucos e falou destas projeções. Verificando as projeções para
2050 no Estado de São Paulo a previdência será insustentável. A variável
biológica não poderá ser descartada, como vemos nas discussões atuais…<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 14.4pt;">
Estatisticamente a
homossexualidade será tolerada até uma faixa de 15% num lado da curva de Gauss
(curva do sino) e os machistas ferrenhos nos outros 15% do outro extremo. Mas falar em homonormalidade... <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 14.4pt;">
Estava escrevendo estes
apontamentos e estava lembrando de Thomas Sowell, no seu <i>Os Intelectuais e a Sociedade</i>, comenta dos intelectuais que
desprezam o <i>conhecimento mudando</i> (o
mundo empírico) provocaram muitos desastres sociais econômicos e outros. Um
exemplo é a crise que ora experimentamos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 14.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 14.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 14.4pt;">
<br /></div>
<br />
<div>
<!--[if !supportFootnotes]--><br clear="all" />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<br />
<div id="ftn1">
<div class="MsoFootnoteText" style="margin-bottom: 14.4pt; text-indent: 0cm;">
<a href="file:///I:/Blogs/Discuss%C3%B5es%20ideol%C3%B3gicas%20e%20mundo%20real/Discuss%C3%B5es%20ideol%C3%B3gicas%20e%20mundo%20real.docx#_ftnref1" name="_ftn1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "cambria" , "serif"; font-size: 10.0pt;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a>
- CMTC – Companhia Municipal de Transportes Coletivos da Prefeitura paulistana. <o:p></o:p></div>
</div>
</div>
Proseando...http://www.blogger.com/profile/06286723084558285365noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7499516093850802253.post-56692705413468022612017-10-14T23:25:00.000-03:002017-10-14T23:25:51.573-03:00Ser professor<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 14.4pt;">
Apesar de ser filho de
professora e irmão de três professoras, nunca pensei em se professor. Eu era
radiotelegrafista numa estação no interior onde fazia escala o avião do CAN (Correio
Aéreo Nacional). Eu tinha 22 anos. Entre os passageiros de um voo do CAN havia um que diferenciava-se dos demais
passageiros, quase todos com características de caboclos do Brasil Central: alto, loiro, cabelo curtinho e falava inglês. Perguntei
a um dos sargentos da tripulação “quem é este cara aí?”. É um antropólogo,
respondeu. E o que ele faz? quis saber. Ele vai numa tribo do Xingu, faz
perguntas para os índios, anota, volta para o país dele e escreve um livro,
respondeu o sargento. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 14.4pt;">
Encasquetei: vou estudar
antropologia. Lá do interior de Mato Grosso transferiram-me para Curitiba e fui
fazer o 3º ano do colegial e procurei saber onde eu poderia estudar antropologia.
Fiz vestibular, fui aprovado no curso de História Natural. Tinha aulas de
botânica, petrografia, biologia e nada de me ensinarem conversar com índios,
anotar e escrever livros. Fui descobrir que o que ensinavam era antropologia
física no segundo ano. Mas poderia escarafunchar os sambaquis do litoral do
Paraná. Fiquei em Curitiba nos anos de 1961 até 1966. Período difícil. Parei
com o curso de História Natural até que soube de um curso de Sociologia, Política e Administração
Públicas ligado a agora Universidade Católica do Paraná. Como a situação
política em Curitiba não estava muito favorável para mim resolvi retornar a São
Paulo e terminei o meu curso da Sociologia e Politica de São Paulo e em segui
fui fazer o meu pós da USP. Foi quando começavam a surgir as primeiras
faculdades particulares. Tive um colega de curso, tornamo-nos amigos e ele me
convidou para lecionar em Mogi da Cruzes. Foi uma beleza! Primeiro
financeiramente. Segundo por começar a aprender a ser professor. E a fazer
pesquisa entre os índios guarani do litoral. Aproxima-se a meio a século o dia
que entrei pela primeira vez numa sala de aula, como professor e de
antropologia. Em março passado fez 47
anos. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 14.4pt;">
Quantos alunos passaram por
mim? Não tenho a mínima ideia. Tive turmas
com 150, 200 alunos. Parecia mais um conferencista do que um professor. Passei
por situação difíceis, como por duas vezes sentei no braço de carteiras e elas vieram. Levei tombo com plateia.
Certa vez fui fazer uma palestra no fórum de uma cidade do interior e a plateia
olhava de maneira esquisita para mim. Olhei para a minha roupa e estava tudo
certo, não aparecia nada que não deveria aparecer. Perguntei o que estava acontecendo
e me falaram que o gradil que separava a
plateia do fórum ao local onde ficava o juiz poderia cair. Eu estava encostado
nela. O melhor momento que passei neste aprendizado de ser professor foi no
Amazonas, com relação à distância social. Em outras palavras, não existe
distância social do professor em relação aos diferentes estratos sociais. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 14.4pt;">
No decorrer da nossa vida profissional
passamos por dissabores, com a diversidade de alunos de péssima formação, mas
presos por modelos políticos, religiosos, etc. Hoje, fora da atividade docente
e com as redes sociais, é comum alunos comentarem a respeito de alguma
orientação, alguma resposta, despercebida para nós, mas crucial para os alunos.
E ficamos felizes quando encontramos de graduação que hoje são doutores, pós-doutores.
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 14.4pt;">
A responsabilidade do professor
é medida em longo prazo. É uma profissão de vida com resultados conhecidos quando
não haverá mais meios de corrigir erros. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 14.4pt;">
Eu me tornei professor por
acaso, mas me orgulho por esta profissão que exerci por quase meio século.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 14.4pt;">
Um abraço aos meus colegas de
profissão.<o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 14.4pt;">
Mauro Cherobim (15/10/2017)<o:p></o:p></div>
Proseando...http://www.blogger.com/profile/06286723084558285365noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7499516093850802253.post-33361051056087933502017-10-11T10:11:00.000-03:002017-10-11T10:11:27.134-03:00Os dois lados da censura.<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 14.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;">Tenho lido postagens a respeito de um
programa da TV Globo com a participação de artista que criticavam a censura à
arte.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;">O foco foi a censura a duas
exposições, o Qeermuseu em Porto Alegre e a demonstração no MAM.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 14.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;"> </span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;">A minha opinião sobre arte não tem qualquer
relevância e por isto nem deve ser considerada, mas como cidadão eu me sinto
confuso com tantas declarações contraditórias e desbaratadas. Costumamos
associar censuras atos impeditivos, formais, oriundos do poder politico instituído.
Existem censuras informais que este mesmo poder político exerce a partir de
pressões políticas, econômicas e outras. Também se censura através de processos
jurídicos. Há, ainda, outras formas, como a mais recente, que se chamou de “assassinatos
de reputações”.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 14.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;"> </span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;">Apesar de não ter assistido este
programa da TV Globo, chamou-se a atenção que o líder deste movimento contra a
censura às artes e o cantor e compositor Caetano Veloso e a sua (ex-)
esposa</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;">Paula Lavigne. O que me
surpreende é perceber que este casal não é contra a censura, mas sim contra a
censura que atrapalha os seus interesses e a favor da censura a favor dos seus
interesses.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 14.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;"> </span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;">Biografia não autorizada. </span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;">Biografia autorizada não é biografia. É
marketing.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 14.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;"> </span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;">A censura é boa quando atende aos nossos
interesses e ruim quando </span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;">os contraria.</span></div>
Proseando...http://www.blogger.com/profile/06286723084558285365noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7499516093850802253.post-19708118641912179312017-09-30T18:30:00.000-03:002017-09-30T18:30:13.087-03:00E nós cada vez mais caretas<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 14.4pt; text-indent: 0cm;">
O caráter político das exposições.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 14.4pt; text-indent: 0cm;">
Hoje eu postei
no meu perfil um comentário a respeito da exposição do MAM onde pergunto se “arte
pedófila” é arte. Pela legislação, antes de ser arte é crime. Muita gente está
condenada e presa por muito menos do que as exposições do Qeermuseo Santander e
do MAM apresentaram. Estas exposições, além do mais, promovem a erotização e
que tendem a levar à criminalização do nu. Vê-se isto em muitos comentários.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 14.4pt; text-indent: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 14.4pt; text-indent: 0cm;">
Olhemos isto de
fora. A exposição qeermuseu Santander abriu as portas em agosto. Lula foi
condenado em 12/07/2017 e já tinha depoimento marcado para 13/09/2017. O MBL
jura de pés juntos que a denúncia inicial não foi dele, mas para não ficar de
fora entrou no jogo condenando a financiamento através da Lei Rouanet, A “descoberta”
da exposição coincidiu com o depoimento. Logo a seguir, apara atiçar a fogueira
o secretário da cultura de Minas Gerais declarou que levaria a exposição para
lá. O governo mineiro está mergulhado em denúncias e além de petista é ligado à
ex-presidente Dilma. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 14.4pt; text-indent: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 14.4pt; text-indent: 0cm;">
O Tribunal da
4ª Região em Porto Alegre estuda o processo de condenação de Lula e estima-se
que até o mês que vem (outubro) ele poderá nova condenação em Curitiba. Eis que
aparece a exposição do MAM aqui em São Paulo. As exposições estão fazendo um
barulhão que abafa a Lava Jato. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 14.4pt; text-indent: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 14.4pt; text-indent: 0cm;">
E nós ficamos
mais caretas com estas discussões moralistas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 14.4pt; text-indent: 0cm;">
<br /></div>
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">São dois jabutis em cima de um poste.</span>Proseando...http://www.blogger.com/profile/06286723084558285365noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7499516093850802253.post-19815789487083678612017-06-12T17:09:00.000-03:002017-06-12T17:09:12.138-03:00Desejo de renovação<div class="MsoNormal">
As revistas semanais deste final de semana e do final da
semana passada bateram numa tecla só: do novo. Uma nova política, novos
partidos, nova forma de gestão pública, e por aí vai: tudo novo. Mas como se as
cabeças são velhas? Esta foi a proposta do governo que assumiu em 1964. Naquela
época ainda estávamos sob os ventos da guerra fria. Primeiro mundo, os
democratas; segundo mundo, os comunistas; terceiro mundo uma procura por “donos”.
Lutava-se contra uma ditadura para substituí-la por outra.</div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Quem eram os generais que assumiram o poder em 1964? Eram os
tenentes da década de 20. Quem eram estes tenentes? Eram os alunos e alunos dos
alunos dos positivistas que derrubaram o império e desejavam instituir uma
ditadura militar imbuídos de um positivismo trazido pelo Imperador Pedro II. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Quem os generais de 1964 derrubaram? Os “parafascistas”
criados e alimentados por Getúlio que se diziam comunistas e/ou sindicalistas.
Esta gente aparelhou as universidades para formar gente alienada que está
alienando as crianças a partir das primeiras letras.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Como partir para uma nova formulação política, cultural, se
as cabeças são velhas, carcomidas por teias de velharias longe das realidades atuais. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
Como renovar no meio de tanta decrepitude? <o:p></o:p></div>
Proseando...http://www.blogger.com/profile/06286723084558285365noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7499516093850802253.post-70494298735703062442017-06-07T09:39:00.000-03:002017-06-07T09:39:12.990-03:00Política e pitacos<div class="MsoNormal" style="text-indent: 0cm;">
<span style="background: white; color: #222222;">Com as redes sociais todos nós nos tornamos enunciadores de pitacos.
Pitaco é um termo que ainda não foi dicionarizado e lá no “Santo Google”
encontrei uma explicação: é “</span><span style="background: white; color: #222222;">sugestão
sem muito fundamento ou de gente intrometida que nada entende sobre o assunto
em questão”. Esta explicação é a mesma
de palpite, nosso velho conhecido. O pessoal que gosta fazer a sua fezinha no
jogo do bicho passa o dia atrás de pitacos. Isto é, palpites.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; color: #222222; mso-bidi-font-weight: bold;">Como estava falando, nós nos tornamos pitaqueiros sobre política,
divididos em dois grupos principais: “Lula na cadeia” e “Lula é perseguido
político”. Mas Lula nunca é preso e ninguém acredita que Lula seja perseguido
político. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; color: #222222; mso-bidi-font-weight: bold;">Comecei a escrever este pitaco inspirado num afirmação de um comentarista
de que os políticos do Executivo e do Legislativo não pensam em outra coisa
além do medo de acordar com a polícia federal nas suas portas. A porta que
abrir encontrará um PF do outro lado. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; color: #222222; mso-bidi-font-weight: bold;">Como todo brasileiro mal informado aventurei-me a dar pitacos sobre
política, Mal informado porque os jornalistas atuais estão, necessariamente,
engajados numa corrente política atual. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; color: #222222; mso-bidi-font-weight: bold;">Tempos atrás, quando Cristina ainda governava a Argentina ouvi de um
comentarista que aquele país não era para amadores, mas para profissionais.
Assim mesmo... Mas o Brasil, do jeito que as coisas estão, nem para
profissionais. A nossa história (tradicional) era uma epopeia de feitos
memoráveis dos nossos heróis históricos; Anhanguera, Raposo Tavares, dentro
tantos. Fala-se da esperteza da derrota que D. João VI aplicou nos franceses,
deixando-os em depressão profunda, por não encontrarem um patacão em terras
lusas. Trouxe até dona Maria Louca. Na volta à metrópole deixou o filho
governante em uma mão na frente ou atrás, pois a riqueza retornou junto. A
riqueza é do dono do poder. O poder era o monarca. E assim passamos pelo
império e chegamos na república. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; color: #222222; mso-bidi-font-weight: bold;">Fez-se festa no dia 01/06 por ser o primeiro dia que o nosso salario era
somente para a nossa sobrevivência. Surpresa! Lá estavam as mesmas mercadorias,
algumas com o mesmo preço e outras com preços mais elevados. Todas com os
impostos embutidos. E Dória fazendo sorteio de um milhão para quem exige notas.
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; color: #222222; mso-bidi-font-weight: bold;">Conversando com um amigo na Amazônia, há quase cinco décadas, ele tinha
uma empresa sem registrar para não pagar impostos e reclamava que não
consertavam as estradas. Se você não paga impostos como o governo vai consertar
as estradas? Ora, o governo faz o dinheiro e dinheiro público não tem dono. É
publico; é de quem chegar primeiro. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; color: #222222; mso-bidi-font-weight: bold;">Nesta mesma conversa perguntei a respeito de um comerciante se havia
mudando de ramo para o de construção dada a quantidade de telhas no seu
depósito. A explicação é que ele havia feito um negócio com “sobra” de telhas.
Mas “sobrou” mais material. Outro meu amigo me mostrou várias casas com um
mesmo tipo de telhado, feito pelo carpinteiro da prefeitura (sabia fazer
somente um tipo de telhado e lá deixava a sua “marca registrada”). Todas construídas
com “sobra” de material.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; color: #222222; mso-bidi-font-weight: bold;">Lembrei-me deste caso na delação da esposa do marqueteiro do PT quando
ela falou que a ex-presidente mandou que ela transferisse o dinheiro da Suíça para
Singapura. Ela chegou antes e se apoderou do dinheiro público, ainda “sem dono”.
Mas chegou à Suíça com dono. Isto é, dona. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; color: #222222; mso-bidi-font-weight: bold;">De uns tempos para cá surgiu uma parte da justiça de caráter avarento:
está perseguindo estes “sortudos” que chegaram na frente para se apropriar
deste dinheiro público, Isto é, sem dono. Funcionários insensíveis e avarentos
estão querendo se apoderar destes dinheiros sem donos espalhados pelo mundo
afora. Estes funcionários avarentos estão se associando a funcionários também
avarentos para que a este dinheiro seja reconhecida a sua propriedade, o
público. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; color: #222222; mso-bidi-font-weight: bold;">Os ex-sortudos estão sofrendo uma transferência compulsória para Curitiba.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; color: #222222; mso-bidi-font-weight: bold;">Há uns três das atrás fui num cartório para encontrar um amigo para
preparar uma documentação. Como ele lê os meus pitacos, perguntou: Professor, o
senhor que sabe das coisas (saber das coisas numa regime autoritário é
perigoso!), a chapa de Dilma e Temer será cassada? Disse-lhe que a única coisa
que me dava uma relativa e cuidadosa certeza é que daqui a pouco vão chamar
para entregar o documento autenticado, mas do que acontece em Brasília... Mas
certamente Temer não irá cair. Parece-me que é a isto que o processo está
indicando. Pelo menos neste processo. Mas...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
Proseando...http://www.blogger.com/profile/06286723084558285365noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7499516093850802253.post-48096276135577333692017-03-27T17:31:00.000-03:002017-03-27T17:31:42.785-03:00Quem tem, tem medo...<div class="MsoNormal" style="text-indent: 0cm;">
<span style="text-indent: 0cm;">Medo da Lava Jato? Claro, quem deve
teme. Até Lula que está a tremer até nos fios do bigode. Até talvez esteja o motivo
de a (grande) imprensa deixar as manifestações passarem às brancas nuvens. Até
os MAV (militantes do ambiente virtual) passaram mais calados do que canário na
muda.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 0cm;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 0cm;">
Ontem não vi nada na TV a respeito
das manifestações a respeito da Lava-Jato. Os jornais de hoje também se
calaram. Hoje estive procurando os sites do Estadão, da Folha, da Veja e não vi
quase nada a respeito das manifestações, a não ser algum artigo sem qualquer
destaque. Procurei algo nas revistas semanais (Veja, Época e Isto É) e não
encontrei comentários a respeito das manifestações em defesa da Lava Jato. Mas
na três revistas lá estavam propagandas de página inteira da FriBoi, da JBF, da
Seara, da indústria automobilística, dos grande bancos, e até do BNDES nas
páginas da Época e da Isto É.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 0cm;">
Bem, por que este silêncio? Medo?
Tudo indica que sim. A começar pelos políticos. Todos eles que têm os seus
nomes ligados às investigações sabem que avançaram o sinal. Os MAVs (Militantes
do Ambiente Virtual) que se arriscam a aparecer desculpam os envolvidos que
antes do PT também havia corrupção. Havia. Claro que havia. Mas com uma
diferença: a corrupção de agora foi institucionalizada e desta forma do PT e os
seus partidos aliados agiram de forma de contrariar os seus motes de campanha,
de suas juras de defesa à empresas das empresas estatais. Ao invés de defenderem
quebraram estas empresas. Petrobras, Eletrobras, e outras. Forçou o BNDES a
ceder financiamento para empresas para capitalizá-las com o objetivo de dominar
o mercado, como fez com a JBS. Quebraram o Estado para financiar empresas
particulares, apesar de jurarem, de pé juntos, que são de esquerda. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 0cm;">
Claro que dá para se entender de
esta gente ser contra a Lava Jato e outros juízes, procuradores e policiais
federais que investigam esta bandalheira que hoje conhecemos. Mas o que
conhecemos, nós, brasileiros, não deve chegar a 1% do que já foi levantado. Os
dados devem estar seguros em diferentes locais. A informática permite isto. Os
investigadores sabem disto, melhor do que nós, pois quando a Lava Jato estava iniciando
houve inicio de incêndio na sala contígua à sala de onde estavam as informações
das investigações. A informação foi que o incêndio foi acidental. E se não tivesse
sido?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 0cm;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 0cm;">
Existe um ditado popular que diz que
quem tem, tem medo. Como todos têm, imagine-se o medo dos que têm dívidas a
pagar (27/03/2017).<o:p></o:p></div>
Proseando...http://www.blogger.com/profile/06286723084558285365noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7499516093850802253.post-34654863894597644612017-01-24T11:15:00.000-02:002017-01-24T11:23:42.581-02:00O Brasil precisa retornar ao século XXI<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMREbvq78vhe0BAYSBADQzHDXZepkidshdQT3LNCWetTmS4SDdPwefu8ru_iS9sYZQ8ZJ-kJYO9K2izqWA8t05KytfXhKIih7Ob68SgJ731-iLEYVNOQsn_do7XL8FZ0vXcT1-VZn8NHM/s1600/WhatsApp-Image-2017-01-23-at-15.06.35.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMREbvq78vhe0BAYSBADQzHDXZepkidshdQT3LNCWetTmS4SDdPwefu8ru_iS9sYZQ8ZJ-kJYO9K2izqWA8t05KytfXhKIih7Ob68SgJ731-iLEYVNOQsn_do7XL8FZ0vXcT1-VZn8NHM/s1600/WhatsApp-Image-2017-01-23-at-15.06.35.jpeg" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
A imprensa brasileira
(não que me estender à imprensa de outros países. Cada um tem a sua) reflete
pertencer a um país de raiz autoritária. O CENIPA apresentou um projeto de lei
para que as investigações sobre acidentes aeronáuticos fossem sigilosas. O
projeto se tornou lei e ninguém saberá por que uma aeronave se acidentou. Para
ficar num acidentes recente, da aeronave da Air France que se acidentou no meio
do Atlântico a imprensa agiu livremente, ao contrário da aeronave que os rebeldes
pró Rússia derrubaram na Ucrânia. E parece que trabalhou livre no desaparecimento
daquele voo entre a Malásia e a China. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Há uma expressão na
aviação de que um avião não cai. É derrubado. Até um King Air dito como um dos
mais seguros na aviação de pequeno porte. Qualquer aeronave seja um teco-teco,
um ultraleve, até um Airbus 380 ou mesmo <span style="background: white; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 14.0pt;">Antonov Mriya An-225,<span class="apple-converted-space"> </span></span><em><span style="font-family: "cambria" , "serif"; font-style: normal;">maior avião do mundo, decolam,
pousam, e estão sujeitos a cair no meio do caminho. <o:p></o:p></span></em></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<em><span style="background: white; font-family: "cambria" , "serif"; font-style: normal;">Num acidente com automóvel podem morrer até cinco pessoas e
com um ônibus chama mais a atenção porque morre mais gente e numa aeronave de
grande porte podem morrer 300 ou mais pessoas. Estes incidentes (o termo é meio
leve, eu sei!) fazem-nos esquecer de quantas pessoas morreram entre um acidente
aeronáutico e outro. Só para comparação e para lembrar, até hoje se fala das centenas
de mortos do Titanic, mas pouco se fala dos três mortos do Costa Concórdia. Não
deveria morreu ninguém. As investigações são feitas para evitar que alguém
venha a morrer num acidente.<o:p></o:p></span></em></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<em><span style="background: white; font-family: "cambria" , "serif"; font-style: normal;">No caso dos acidentes aeronáuticos. Tirando Ícaro, o homem começou
a alcançar a voar no século XIX. De balão. Segundo Rocha Pombo (um morretense como
eu. Que bairrismo!), a primeira observação aérea numa guerra foi ideia de
Caxias (</span></em><span style="background: white; mso-bidi-font-family: Arial;">Luís
Alves de Lima e Silva</span>), a partir de um balão alçado além do alcance de
tiro das garruchas paraguaias. Santos Dumont
com os seus estudos de aerodinâmica e a partir daí chegamos no que é a aviação de
hoje.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; mso-bidi-font-family: Arial;">Mas
os aviões ainda são derrubados. O que os derrubou? Todos nós somos passageiros
em potencial de um avião e temos o direito de saber o motivo de uma queda. Algumas
vezes a causa da queda está em terra e sem a mínima noção de ter sido a causa.
Já que falamos do Air France. Descobriram que a causa foi o congelamento de uma
peça que mede a velocidade do avião. Quem iria imaginar? A investigação
descobriu e o tipo entrou na lista de checagens e assim não derrubará mais
nenhuma aeronave. Uma pecinha vagabundinha, como se dizia Joaquinzinho Leite,
no meu tempo de guri, na oficina mecânica lá em Morretes. Num dos retornos do
meu filho para a Inglaterra na hora de checagem antes do voo descobriram um
probleminha no pitô. O voo atrasou 24
horas e a empresa ainda pagou uma indenização de 500 libras para compensar o
seu prejuízo. Esvaziar o bolso dos faltosos é a pena eficiente. Muito
eficiente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; mso-bidi-font-family: Arial;">Logo
após o acidente de Parati comentei que todos nós somos mortais e quando
assumimos determinadas responsabilidades teremos que nos preocupar com a nossa
segurança, pois a nossa incapacidade costuma atingir outras pessoas. É o caso
do Ministro Teori. Quantas pessoas estão desempregadas, quanta gente morreu em
portas de hospitais, quanta gente sofre por causa da insegurança pública, etc.,
em decorrência da corrupção que aflige o país? Ele sozinho tocava uma
investigação com centenas de processos contra corruptos de alto coturno,
liderados por um ex-presidente e uma ex-presidente. Sozinho! E o que fazia este
senhor numa aeronave de pequeno porte que tentava pousar num aeródromo
complicado pelas condições topográficas e atmosféricas? Procura-se fazer uma
investigação. Mas o acidente aconteceu num país em que as investigações são
secretas por decisão da uma presidente que foi “impeachmentada” (tentei
aportuguesar. Não sei se deu certo!), dona de um perfil autoritário.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; mso-bidi-font-family: Arial;">Fato
primeiro: um avião caiu e entre os seus passageiros havia um Ministro do STF,
relator do maior processo de corrupção cujos réus eram pessoas dos mais altos
coturnos, um empresário proprietário da aeronave e dono de uma rede de hotéis
de luxo. E duas mulheres convidadas pelo proprietário da aeronave. Além, é claro,
do piloto. Fato primeiro A: explodiram as teorias da conspiração e os autores da
queda eram os corruptos investigados. Fato primeiro B: misoginia (as mulheres
também são misóginas). As mulheres passageiras foram transformadas em garotas
de programa. É complicado ser mulher numa sociedade misógina. O martelo das
(para castiga-las) feiticeiras ainda está presente neste século XXI.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; mso-bidi-font-family: Arial;">Quais
foram as causas da queda da aeronave? Por obra e graça de dona Dilma não vamos
saber. E como ficará a Beechcraft, a fabricante da aeronave? E os milhares de
proprietário de aeronaves do mesmo tipo da que se acidentou? E os pilotos que
frequentam o aeródromo de Paraty?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; mso-bidi-font-family: Arial;">O
Brasil precisa retornar ao século XXI. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; mso-bidi-font-family: Arial;">Dos
primeiros 17 anos do século XXI, treze e meio anos estivemos com a macha ré
ligada, pé no acelerador num retorno à baixa idade média.</span><o:p></o:p><br />
<span style="background: white; mso-bidi-font-family: Arial;"><br /></span>
<br />
<div class="MsoNormal">
<b><span style="background: white; mso-bidi-font-family: Arial;">Crédito da foto</span></b><span style="background: white; mso-bidi-font-family: Arial;">: <a href="http://www.sensacionalista.com.br/2017/01/23/pericia-conclui-que-voce-nao-tem-nada-a-ver-com-a-vida-da-moca-no-aviao-de-teori/">http://www.sensacionalista.com.br/2017/01/23/pericia-conclui-que-voce-nao-tem-nada-a-ver-com-a-vida-da-moca-no-aviao-de-teori/</a><o:p></o:p></span></div>
<span style="background: white; mso-bidi-font-family: Arial;">
</span><br />
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; mso-bidi-font-family: Arial;">O
site é humorístico, mas a foto é verdadeira.</span><o:p></o:p></div>
</div>
Proseando...http://www.blogger.com/profile/06286723084558285365noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7499516093850802253.post-70372147927419565832017-01-23T09:22:00.000-02:002017-01-23T09:22:18.205-02:00As responsabilidades funcionais e a nobreza dos juristas.<div class="MsoNormal">
Logo após o acidente que vitimou o Ministro Teori postei uma
crítica às teorias da conspiração que corriam soltas nas redes sociais. Usando
uma expressão muito divulgada na época do impeachment de Dilma Rousseff, o “conjunto
da obra”, isto é, o conjunto de circunstâncias mostrava levava-nos a conclusão
de um acidente aeronáutico. Mas isto é trabalho dos peritos em acidentes
aeronáuticos do Comando da Aeronáutica.</div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O que eu gostaria de comentar e com todo o respeito de
devemos ao Ministro Teori, esta sua viagem para Parati, local com condições
atmosféricas complicadas e perigosas para aeronaves de pequeno porte, faltou-lhe
um pouco de senso de responsabilidade. Não só dele, mas também e principalmente
para o seu amigo, proprietário da aeronave. O Ministro era responsável por um
processo que envolve a vida de milhares de pessoas que dependem das empresas
envolvidas nos processo de corrupção em análise e também das questões que
levaram o Brasil às crises econômica e política pelas quais passamos. Da mesma
forma, o empresário proprietário da aeronave e amigo do Ministro, pelas
notícias que tomamos conhecimento, tocava os seus negócios com mão forte e a
sua empresa por uns tempos ficará acéfala. A sua morte afetará a empresa e aos
seus funcionários.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Atendo-me à administração pública, os funcionários com alta
carga de responsabilidades deveria sofrer restrições de locomoção e as responsabilidades deveriam
ser compartilhadas. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Pelo que lemos na imprensa, a Ministra Carmem Lúcia deverá
assumir as responsabilidades deixadas pelo Ministro Teori, mas não a memória do
processo, pois esta morreu com ele. A memória, a que me refiro, são os nexos entre
um fato e outro.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Sem querer comprar briga com os meus amigos da área jurídica.
Um mundo essencialmente ritualizado. O tratamento de doutor provoca um
distanciamento social entre a população desta área e as pessoas comuns. O
título de tratamento transforma-se num prenome como se fosse um título nobiliárquico.
Este sentimento de nobreza dificulta mudanças porque o rito se torna razão de
ser. E por fim, não devemos nos esquecer que os nobres também são mortais.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
Enquanto se discute teorias de conspiração, o busílis do
problema fica de fora. <o:p></o:p></div>
Proseando...http://www.blogger.com/profile/06286723084558285365noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7499516093850802253.post-31746857354872845242017-01-20T11:45:00.003-02:002017-01-20T11:48:55.990-02:00Nós somos mortais<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Na minha percepção
(até posso estar errado) esta questão de conspiração é besteira, mas como somos
mortais temos que levar isto em consideração.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Eu sou do tempo da aviação
arco e flecha. Naquele tempo havia uma expressão que dizia que avião não cai; é
derrubado. E havia três causas principais que derrubavam um avião: problemas
mecânicos, problemas atmosféricos e problemas humanos. Estas três causas sempre
estão associadas. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Do meu tempo para
hoje, relativamente tem caído menos aviões, pois o número deles é cada vez
maior. Como também é bem maior o número de altas autoridades voando pelos céus
do mundo. Outro dia o Presidente Temer foi a Portugal ao velório de Mário Soares
e voltou em seguida. Lula vivia voando pelos céus africanos e da América
Central fazendo palestras. E que palestras!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Existem abusos e
alguns descuidos. Outro dia estava vendo (num vídeo) a investigação acerca de
um acidente de uma aeronave com pane seca (falta de combustível). Uma empresa
americana adquiriu um Airbus no Canadá. Os padrões de volume nos EUA e na
Europa são diferentes. Pelos instrumentos do caminhão tanque o avião estava abastecido,
mas o a quantidade de combustível não era suficiente para o voo. No caso do
avião da Varig que caiu na Amazônia, uma vírgula colocada na direção do voo,
talvez por descuido do comandante e/ou do copiloto, o avião ao invés de ir para
nordeste foi para oeste.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O litoral sul do
Estado do Rio e o norte de SP são sujeitos a muitas variações atmosféricas e isto tem causados alguns
acidentes com aeronaves de pequeno porte, e o mais conhecido foi o que matou
Ulisses Guimarães.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Além disto, estes
centros de análise de causa de acidentes, como é o CENIPA, no Brasil, são de
interesses não só para perícia judicial, mas de descoberta de características
técnicas que se evidenciam num momento especial e que foram despercebidos nos
testes de fabricantes, simuladores de voo, etc.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Há outro fator que
se deve levar em considerações. No caso do Ministro Teori, por exemplo. Ele era
responsável pelo processo da Lava Jato no STF e isto o tornava portador de uma
memória não compartilhada, e com isto todos os nexos entre um caso e outro. Nós
não somos eternos, somos mortais. Quem assumir no seu lugar talvez venha a
reinterpretar tudo o que o antecessor sabia. Não falo em desonestidade.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Da mesma forma, não
vi e nem li nada que falasse em comandante e/ou copiloto. Parece que havia
somente um piloto. E se der um “piripaque” neste piloto? Será que não foi isto
o que aconteceu com as queda desta aeronave em Parati? A necropsia do piloto
deverá ser feita com muita atenção. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
O CENIPA não é órgão
político; é um órgão técnico. E a <span class="apple-converted-space"><span style="background: white; color: #252525;"> </span></span><span style="background: white; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 14.0pt;">Beechcraft Corporation já
deve estar com representantes para acompanhar as investigações. E assim é no
mundo todo. Existem tratados internacionais. O que deve ser pensado é de um
cargo como o do Teori deveria ter um copiloto. Pensar como se nem o avião tinha
copiloto?</span><o:p></o:p></div>
Proseando...http://www.blogger.com/profile/06286723084558285365noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7499516093850802253.post-1031260279907786692016-11-26T17:49:00.000-02:002016-11-26T17:49:10.706-02:00Cuba depois de Fidel<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">Fidel
Castro foi a imagem viva do castrismo cubano. Cuba é um país que sempre viveu
sobre regimes ditatoriais. Estão na memoria histórica os regimes de Fulgencio
Batista e de Fidel Castro, incluído aqui o de Raul de Castro. Fulgencio assumiu
o poder em 1933 numa “Revolta de Sargento” em que </span><span style="background: white; color: #252525; font-family: "times new roman" , serif;">nomeou a si mesmo chefe das forças armadas, com a patente de
coronel. Manteve o controle de presidentes fantoches até que em 1952 concorreu
às eleições, foi derrotado e deu um golpe de Estado. Em 1959 o regime de
Fulgencio foi destituído, mas ele já havia deixado Cuba no ano seguinte.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; color: #252525; font-family: "times new roman" , "serif";">Não deve existir um cubano que tenha vivido
fora de um regime autoritário. São 83 anos desde a Revolta dos Sargentos de
Fulgencio Batista até hoje, a morte de Fidel Castro. O que seria democracia
para os cubanos atuais? Seria a Cuba de Fulgencio, que Fidel declarava que se
tornara um cassino de proprietários norte americano. E a oposição aos EEUU
cresceu no caso da instalação dos misseis da União Soviética. Fidel foi hábil ao administrar esta contradição.</span><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-bidi-font-size: 14.0pt;">
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-bidi-font-size: 14.0pt;">O
que representará a morte de Fidel para o mundo? Tenho ouvido e lido na
imprensa. Nada mais do que uma página da história. Talvez alguma coisa a mais
na esquerda latina americana que já se sente órfã de Fidel. O que devemos
pensar como será Cuba com a morte de Fidel e a aposentadoria de Raul.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-bidi-font-size: 14.0pt;">A
ditadura de Fidel foi uma ditadura militar e todas as participações de
Fulgencio foram quarteladas, iniciando com a revolta dos sargentos. E a
historia nos tem mostrado que as ditaduras militares não dão certo de a
“nomeklatura” cubana é militar. Raul Castro “fardou-se” para comunicar o
falecimento do irmão Fidel. Um presidente “nomeado” que já fala em
aposentadoria. O que e como representará, daqui para frente esta falada abertura
a turismo norte americano, quando os interesses “privados” cubanos estão nas
mãos de militares? E como estão sendo as articulações para a sucessão de Raul
Castro? Como será Raul um presidente aposentado sem o carisma de Fidel?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-bidi-font-size: 14.0pt;">Nós
brasileiros poderemos nos perguntar: a fortuna que os governos Lula e Dilma
enterraram em Cuba terá retorno? Foi um investimento ou foi um presente? Nós
ficamos com a crise econômica. Um presente como a doação do estoque regulador
de feijão “ao povo cubano”, enquanto que o povo brasileiro está comprando
feijão em pacotinhos de meio quilo?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-bidi-font-size: 14.0pt;">Uma
curiosidade: uma minha amiga comentou que a sua cunhada quando vai a Cuba fica hospedada
na casa de uma família cubana. E comenta como os cubanos vivem bem. Lembrei-me
deste comentário quando a correspondente da TV Globo deu a notícia do
falecimento de Fidel. Segundo ela, estava hospedada com uma família cubana,
mostrou imagens da casa e dos familiares
consternados com a morte do comandante. Um eficiente meio de controle. Como
serão os herdeiros dos Castros atuais (os Castros futuros)? <o:p></o:p></span></div>
Proseando...http://www.blogger.com/profile/06286723084558285365noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7499516093850802253.post-16466936847931489762016-11-17T14:47:00.001-02:002016-11-17T14:47:48.786-02:00Cinco hipócritas de 2009No mês que vem este texto completará sete anos. <span style="background-color: white; color: #333333; font-family: Georgia, serif; font-size: 14px;">Moisés Naim costumava publicar anualmente os cinco maiores hipócritas do ano</span> no jornal El País da Espanha. Em 2009 Lula foi um dos cinco hipócritas mundias. Hoje ele pratica o seu <i>jus esperneandi</i> para escapar da prisão. O analista estrangeiro enxerga com maior clareza o que, para nós, que por anos permanecemos sob uma carga de blogs e militantes comprometidos (ideologicamente?) com os crimes praticados por ele e por sua sucessora, descobertos pela justiça federal. <br />
<br />
<br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; font-family: Verdana, Arial; font-size: 12px; margin: 0cm 1cm 0.0001pt;">
<strong><span style="color: #464646; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11pt;">Moisés Naím</span></strong></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; font-family: Verdana, Arial; font-size: 12px; line-height: 25pt; margin-left: 1cm; margin-right: 1cm;">
<strong><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 23pt; letter-spacing: -0.5pt;">Cinco hipócritas de 2009</span></strong></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; font-family: Verdana, Arial; font-size: 12px; line-height: normal; margin-left: 1cm; margin-right: 1cm;">
<strong><span style="color: #414141; font-family: Georgia, serif; font-size: 8pt;">Moisés Naím</span></strong><span style="color: #414141; font-family: Georgia, serif; font-size: 8pt;"> 20/12/2009</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; font-family: Verdana, Arial; font-size: 12px; line-height: 13pt; margin-bottom: 6.5pt; margin-left: 1cm; margin-right: 1cm;">
<span style="color: #333333; font-family: Georgia, serif; font-size: 10.5pt;">Rever algumas das mais flagrantes hipocrisias dos poderosos do mundo é instrutiva. Revela as tendências globais, as contradições e as vulnerabilidades elites da moda. É por isso que eu decidi oferecer a minha lista muito pessoal e subjetiva de algumas dos grandes hipócritas de 2009.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; font-family: Verdana, Arial; font-size: 12px; line-height: 13pt; margin-bottom: 6.5pt; margin-left: 1cm; margin-right: 1cm;">
<strong><span style="color: #333333; font-family: Georgia, serif; font-size: 10.5pt;">1. Banqueiros.</span></strong><span style="color: #333333; font-family: Georgia, serif; font-size: 10.5pt;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; font-family: Verdana, Arial; font-size: 12px; line-height: 13pt; margin-bottom: 6.5pt; margin-left: 1cm; margin-right: 1cm;">
<strong><span style="color: #333333; font-family: Georgia, serif; font-size: 10.5pt;">2. Tony Blair.</span></strong><span style="color: #333333; font-family: Georgia, serif; font-size: 10.5pt;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; font-family: Verdana, Arial; font-size: 12px; line-height: 13pt; margin-bottom: 6.5pt; margin-left: 1cm; margin-right: 1cm;">
<strong><span style="color: #333333; font-family: Georgia, serif; font-size: 10.5pt;">3. Os homens líder do Partido Republicano.</span></strong><span style="color: #333333; font-family: Georgia, serif; font-size: 10.5pt;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; font-family: Verdana, Arial; font-size: 12px; line-height: 13pt; margin-bottom: 6.5pt; margin-left: 1cm; margin-right: 1cm;">
<strong><span style="color: #333333; font-family: Georgia, serif; font-size: 10.5pt;">4. Os juízes britânicos que emitiu o mandado de Tzipi Livni.</span></strong><span style="color: #333333; font-family: Georgia, serif; font-size: 10.5pt;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; font-family: Verdana, Arial; font-size: 12px; line-height: 13pt; margin-bottom: 6.5pt; margin-left: 1cm; margin-right: 1cm;">
<strong><span style="color: #333333; font-family: Georgia, serif; font-size: 10.5pt;">5. Lula da Silva.</span></strong><span style="color: #333333; font-family: Georgia, serif; font-size: 10.5pt;"> O Presidente do Brasil declarou que Hugo Chávez é o melhor presidente da Venezuela dos últimos 100 anos. Nunca ouvimos Lula falar das condutas autoritárias do seu amigo venezuelano, mas temos visto atacar furiosamente as recentes eleições em Honduras. E na mesma semana recebeu Mahmoud Ahmadinejad com todas as honras, cuja vitória eleitoral também é questionada. O que tiveram as eleições no Irã que tiveram as de Honduras? Tiveram uma enorme fraude, morte, tortura e brutal repressão ordenada pelo governo de Ahmadinejad. O afável líder brasileiro parece não haver tomado conhecimento.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; font-family: Verdana, Arial; font-size: 12px; line-height: normal;">
Leiam aqui o texto completo:http://elpais.com/diario/2009/12/20/internacional/1261263607_850215.html </div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; font-family: Verdana, Arial; font-size: 12px; line-height: normal;">
</div>
Proseando...http://www.blogger.com/profile/06286723084558285365noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7499516093850802253.post-22637620942932563782016-11-13T16:16:00.003-02:002016-11-13T16:20:51.077-02:00Aluízio Estanislau Cherobim - 1929-2011<div class="MsoNormal">
Certa vez li um artigo afirmando que o português falado em
Portugal é um português moderno e o português falado no Brasil é um português
medieval. Por este motivo, autor do artigo afirmava que os Lusíadas eram mais
inteligíveis aos brasileiros do que aos portugueses. Quando esta (ex-) colônia começou
a ser habitada desenvolveu o seu modo de falar dentro condições coloniais e em Portugal
manteve o seu português dentro do mundo europeu. Da mesma forma, os imigrantes transferiram
para cá as relações sociais das suas pequenas comunidades de suas terras de
origem. Estas relações sociais, como das famílias extensas, adquiriram características
especiais de acordo com as condições sociais, ecológicas, etc., que aqui
encontraram. Origem do que poderíamos chamar de famílias italianas do Brasil.
Correntes migratórias de outras origens fizeram o mesmo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Os primeiros imigrantes formaram colônias com famílias
extensas e casamentos endogâmicos. Os filhos destes imigrantes, tantos os nascidos
nas terras de origem e os primeiros nascidos na terra de destino formaram o que
poderemos chamar de primeira geração nacional. No nosso caso, primeira geração
brasileira. Os primeiros casamentos foram endogâmicos. Membros mais velhos
desta primeira geração continuaram com os casamentos endogâmicos, mas os mais
novos começaram a realizar os primeiros casamentos exogâmicos, isto é, fora da
colônia. Na minha família, por exemplo, a primeira geração era composta de
cinco irmãos, todos eram homens, os três primeiros casaram dentro da colônia e
os dois últimos fora. Todas as noras se adequaram ao conceito de família dado o
papel predominante da <i>mamma</i>, neste
caso a esposa do casal italiano. A <i>mamma</i>
possivelmente tenha tido um papel de maior poder porque fazia parte de um casal
que iniciava uma “nova” família.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Os primos tinham uma proximidade que muitas vezes se
confundiam com irmãos. Eu tive dois primos nesta condição. Aluízio e Carlito. Eram
como irmãos mais velhos que eu não tive. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Aluízio nasceu e morava em Curitiba. Meu pai morou com o meu tio.
Também morava um irmão da minha tia. Os dois eram como segundos pais de Aluízio.
Bem mais tarde fui morar com o meu tio e o que o meu pai fazia com Aluízio eu
fiz com os dois filhos mais velho dele: pajear. Aluízio era para mim, como
disse, um irmão mais velho. Outro primo, João Carlos (Carlito), filho de outro
irmão do meu pai, era muito próximo do meu pai. Era o sobrinho mais velho do
meu pai e o meu pai o seu tio mais jovem. Aluízio nasceu em 13 de novembro de
1929 e Carlito em 24 de janeiro de 1930. Uma diferença de dois meses e onze
dias. Carlito faleceu há 18 anos e Aluízio há cinco anos e pouco menos de
quatro meses.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
Hoje, 13 de novembro de 2016, Aluízio faria 87 anos. Minhas
saudades a este primo que eu considerava um irmão.<o:p></o:p></div>
Proseando...http://www.blogger.com/profile/06286723084558285365noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7499516093850802253.post-90190746040836554202016-09-06T00:16:00.003-03:002016-09-06T00:16:55.797-03:00<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><b>E daqui para a frente?</b></span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Eu fui a favor do afastamento de Dilma Rousseff. Qualquer
pessoa com o juízo no lugar seria a favor. Ela foi. E não volta mais. Não
interessa ao PT, não interessa ao PMDB, não interessa a ninguém. Ficam alguns
idiotas perguntando com as perguntas tolas para saber quem é a favor do afastamento
definitivo ou não. Sem querer ser repetitivo, ela já foi afastado em
definitivo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Temer não é meu candidato favorito. Mas não posso que ele é
um político sagaz, é inteligente, sabe segurar as rédeas com PMDB com maestria
e dos políticos de modo geral. Soube dar os “pitacos” dele nos momentos certos
que descontrolaram Dilma e os seus seguidores. E colocou ministros que sabem
melhor do que ele nas diferentes áreas. Diferente de Dilma “que sabia mais” do
que os ministros. Sabia tanto que foi apeada do poder.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Se ela deveria perder ou não os direitos políticos é um
problema maior para o PT e para o STF. Para o PT porque a mulher é louca e vai
mais uma vez colocar obstáculos para Lula. Já colocou porque se recandidatou e
impediu que Lula ficasse mais oito anos. Ela com os direitos políticos intactos
será concorrente de Lula e fazer com que
os eleitores não esqueçam o que foi a gestão lulopetista.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Temer, com a voz mansa e falando português, mesmo sem
personalizar não vai deixar que os eleitores esqueçam o lulopetismo. Isto se
Lula chegar conseguir chegar fora das grades em 2018.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O fatiamento constituição deixou Ricardo Lewandowski e o STF
em maus lençóis. Lewandowski frente seus colegas. E com a nova presidente do
STF...<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
E os senadores que pretendem se beneficiar do “fatiamento”...
A Lava Jato e as outras operações da Polícia Federal estão municiando o MPF com
informações que até o dia se surpreende. Não haverá direitos políticos que
segure uma denúncia bem feita da Justiça Federal.<o:p></o:p></div>
Proseando...http://www.blogger.com/profile/06286723084558285365noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7499516093850802253.post-55854678581621718952016-09-05T16:46:00.003-03:002016-09-05T16:48:42.214-03:00<div class="MsoNormal">
<o:p> </o:p><b><span style="font-size: large;">O aprisionamento de
um intelectual numa narrativa mentirosa</span></b>.</div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Em que país eu vivo?
Vivo num país que julgo viver, que para mim é país concreto, há 79 anos e quase
três meses. Sempre trabalhei e vivi de salários. Muitas vezes tive que realizar
trabalhos extras para completar o meu
salário que era “menor do que o mês”. Bem menor. Quando eu me aposentei acrescentei
aos meus salários sete quinquênios. Se eu atrasasse a aposentadoria mais dois
anos receberia mais um quinquênios. Mesmo assim permaneci mais uns 5 anos colaborando
com um programa de pós graduação, viajando, sem qualquer ganho extra. Pagava
(do meu salário) para trabalhar. Fiz o mestrado,
o doutorado e a livre-docência. Sempre resultado de pesquisa de campo. Tive
duas malárias. Nunca trabalhei fora da atividade fim da universidade: ensino,
pesquisa e extensão à comunidade. Mesmo nos dezessete anos e um mês que permaneci
na Força Aérea como radiotelegrafista de terra, utilizei o meu tempo vago para
estudar. Como casei cedo e o primeiro filho veio logo, nunca tive tempo para
aventuras e um futuro melhor para mim seria um futuro melhor para os meus
filhos. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
E sou da segunda
geração de uma família italiana.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Pensando
retroativamente parece-me que segui um bom caminho a partir de uma orientação
do meu pai: siga o que está fazendo se você quiser me ajudar. Segui. E por
isto, em grande parte devo à minha formação técnica e profissional recebida na Força
Aérea como especialista de aeronáutica, em funções em que não tem muito espaço
para erros. Muitos especialistas de aeronáutica não estão mais na Força Aérea,
uns porque se demitiram para seguir outros caminhos, como foi o meu caso,
outros com a aposentadoria, todos em atividades produtivas na sociedade.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Antes da minha
aposentadoria, principalmente depois de ser admitido numa universidade pública
paulista procurei sempre trabalhar de forma aberta de modo a mostrar ao
contribuinte paulista a forma de como os seus impostos estão sendo usados.
Mesmo agora, como aposentado, as minhas ideias, as minhas contribuição são
abertas. E é por este motivo que não participo de correntes de pensamento
privadas. Procuro ver o mundo como ele é e não a partir de uma construção, pois
eu vivo neste mundo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Dilma e seus
seguidores afirmam que Dilma foi eleita com 54 milhões de votos. Na verdade não
foi ela que foi eleita com este total de votos, mas a chapa dela e de Temer. É
uma narrativa mentirosa de que Temer não teve votos. Ele também foi eleito com
54 milhões de votos. E foi eleito para ser substituto de Dilma em qualquer
eventualidade de ela se afastar. Ele deu um golpe? Não houve golpe, mas um contragolpe.
E que foi o autor deste contragolpe? Os eleitores e grande parte dos que
votaram na chapa Dilma e Temer. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Eu vivo neste país
em que uma Presidente ignorante e autoritária (desculpem-me pela redundância!)
provocou uma das maiores – ou a maior – crises econômica e política. Neste país
em que vivo. Repito a redundância para reafirmar o que estou falando. Uma
presidente que mentiu nas eleições e que a mentira foi uma das ferramentas
usada pelo seu marqueteiro. Como eu vivo neste país e sou um cidadão comum,
tenho a oportunidade de conversar com gente de diferentes estratos sociais.
Toda esta gente, em grande parte votantes da chapa Dilma-Temer, arrependida por
tê-la eleita. Esta insatisfação vista no varejo vimos no atacado nas grandes
manifestações e que também vemos nas redes sociais. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O que se faz em qualquer
empresa, clube, grupo, etc., quando o seu dirigente é incapaz de bem
administrar? Demite-se. E a Constituição Federal tem os instrumentos necessários
para isto. E quem fez uso destes instrumentos? Um grupo de cidadãos apoiados por milhares de
outros. Gente como eu e tantos outros eu frequentam supermercados, vendas,
lojas, etc., veem os preços a cada dia maiores; gente que se vê na eminência de
perder os seus empregos dos mil e tantos que chegam todas as tardes em suas
casas com a triste noticia que estão desempregados. Gente que vai ao supermercado
e vê o feijão e o arroz em alta porque a dirigente doou o estoque regular para
um país ditatorial e amigos. Não para ajudar o povo deste país, mas os seus
dirigentes-amigos. Isto foi um golpe? Não, um contragolpe de quem estava sendo “golpeado”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Em que país, em que
mundo, vive esta gente que alardeia o processo de impeachment como um golpe?
Estão ao nosso lado e que motivos diversos se tornaram crente a uma narrativa
que qualquer dúvida a ela passa a ser chamada de traição. Traição a uma narrativa.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Tem lido muitos
comentários, com a possibilidade de ser tornarem estudos mais aprofundados,
para entender como intelectuais com a obrigação de refletir sobre as relações
sociais, políticas, econômicas, mergulharem numa narrativa que passam a
considerar como verdadeira. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
É claro que os
regimes autoritários, seja qual for a sua orientação politica, social,
religiosa, têm os seus pensadores, os construtores de “verdades” e os
vigilantes para cercear os que duvidam destas verdades.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Estamos num momento
em que o pó ainda está revolto, mas já tem saído muitos comentários à procura
de entender este momento e visualizar um futuro próximo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Eu fiz este
comentário porque recebi uma postagem de um antropólogo italiano que admiro
muito, com muitos trabalhos memoráveis para se entender o Brasil, em especial a
um sobre a cidade de São Paulo, o Professor Massimo Canevacci. O Professor Canevacci devolve a sua comenda da
<span style="background: white; color: #1d2129;">"Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul"</span>.
A comenda foi merecida, mas a devolução está sendo imerecida. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; color: #1d2129;">Discutir e duvidar de uma narrativa
dos partidários de ex-presidente Dilma não é traição, mas uma necessidade para
repensar o Brasil de hoje. Temer na presidência não é uma preferência, mas uma
decorrência constitucional. Portanto a narrativa de golpe é uma mentira, construída
com “verdade”. E duvidar de mentira não é traição. E colocar um intelectual nas
teias de um politicamente correto também mentiroso é condenar um ilustre intelectual
como o professor Massimo Canevacci</span>.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; color: #1d2129;">Mauro Cherobim - Antropólogo<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; color: #1d2129;">Professor Doutor e Livre-docente .</span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; color: #1d2129;">Professor adjunto </span><span style="background-color: white; color: #1d2129;">aposentado</span><span style="background-color: white; color: #1d2129;"> - UNESP</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; color: #1d2129;"><br /></span></div>
Proseando...http://www.blogger.com/profile/06286723084558285365noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7499516093850802253.post-64155282860772724462016-08-19T00:24:00.001-03:002016-08-19T00:24:27.226-03:00<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;">A distância social e o jogo de prestígio<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;">Muito interessante o artigo de Antônio Fernando Pinheiro
Pedro sobre o título de doutor</span><a href="file:///I:/Blogs/A%20dist%C3%A2ncia%20social%20e%20o%20jogo%20de%20prest%C3%ADgio/A%20dist%C3%A2ncia%20social%20e%20o%20jogo%20de%20prest%C3%ADgio.dot#_ftn1" name="_ftnref1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: Cambria, serif;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a><span style="font-size: large;">. Assunto
que me leva a ler, pois além de escrever muito bem, os seus textos prendem a
atenção. Como Fernando sabe, na minha profissão os meus entrevistados são, na
maioria, gente simples, índios, pessoas do mundo rural e também doutores de
pequenas comunidades. Muitos advogados. Era comum usarem o doutor como prenome.
Costumavam tirar sarro do pesquisador. Não era para menos, depois de prosear
com uma porção de caboclos e ia conversar com um doutor. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;">Estas considerações não são contestatórias, mas algumas
informações decorrentes da minha prática de pesquisa de campo que por várias
vezes me levou a situações que me mostraram o tratamento de doutor como uma
forma de distância social. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;">Criticam muito dos doutores acadêmicos, mas eles são
professores assistentes. Existe uma “escadinha”: auxiliar de ensino, professor
assistente, professor assistente doutor, professor livre-docente, professor
adjunto e professor titular. Na Unesp, por falta de gente titulada (no meu tempo,
não sei agora), o professor livre-docente é logo “promovido” a professor
adjunto. Quando um professor faz a sua livre-docência o seu tratamento é de
professor doutor.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;">Eu aguentei os primeiros sarros dos doutores e resolvi fazer
um “experimento”. Tinha um cartão de visita com o meu nome e sob ele a palavra ANTROPÓLOGO. Mantive este cartão e fiz outro, colocando “Prof.
Dr.” antes do nome. Quando era bem tratado oferecia o cartão antigo e quando
alguém tirava sarro dava o cartão novo. Nas visitas seguintes passava a ser bem
tratado. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;">Comecei a fazer pesquisa de campo quando ainda era somente
graduado. Como precisamos dos entrevistados éramos obrigados ao ouvir verdadeiras
“aulas”. Ouvia tudo aquilo, pois se fossemos mandar a pessoas para aquele lugar
que chega até a ponta da língua, a pesquisa pode parar por falta de entrevistados.
Gente “esquentada” não pode fazer pesquisa de campo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div style="background: white; line-height: 18.05pt; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-family: Cambria, serif;"><span style="font-size: large;">Estas experiências tornam-nos sensíveis a esta
questão. Não levamo-las para o nível social, mas como um fenômeno de relações sociais.
Houve um caso de um juiz processou o porteiro do seu condomínio porque não
recebeu o tratamento de doutor. De acordo com o juiz que deu a sentença, “<span style="color: #1a1a1a;">’doutor’ não é forma de tratamento, e sim título
acadêmico utilizado apenas quando se apresenta tese a uma banca e esta a julga
merecedora de um doutoramento. O título é dado apenas às pessoas que cumpriram
tal exigência e, mesmo assim, no meio universitário”. Continuou na sua sentença
“...que o tratamento cerimonioso é reservado a círculos fechados da diplomacia,
clero, governo, Judiciário e meio acadêmico, <b>mas na relação social não há ‘ritual litúrgico’ a ser obedecido</b>
(grifo meu)”.<o:p></o:p></span></span></span></div>
<div style="background: white; line-height: 18.05pt; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<br /></div>
<div style="background: white; line-height: 18.05pt; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #1a1a1a; font-family: Cambria, serif;"><span style="font-size: large;">Quando fui para a Amazônia dirigir
um Campus Avançado do Projeto Rondon assumi um cargo de professor. Assim era
tratado. Passavam outros professores por lá por períodos de uns 15 ou 20 dias. Era
o único professor “de fora” de
permanência efetiva na comunidade. Passavam muitos “doutores” ligados aos
governos federal e estadual, pois Humaitá era uma das sete comunidades de apoio
da Transamazônica e próxima a ela havia o cruzamento da Transamazônica com a
Rodovia Porto Velho Manaus. Os “doutores locais” (o Juiz, os médicos) tiram um
relacionamento formal com a população local e quando tinham era de liderança.
Por serem “doutores”. <o:p></o:p></span></span></div>
<div style="background: white; line-height: 18.05pt; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<br /></div>
<div style="background: white; line-height: 18.05pt; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #1a1a1a; font-family: Cambria, serif;"><span style="font-size: large;">Nas reuniões da tardinha, no bar
da beira do rio havia a mesa dos doutores e sempre havia gente próxima da mesa
para ouvir as conversar e se tornar assunto de conversa na cidade. Pela manhã,
por volta das cinco horas da manhã, ainda escuro, os barqueiros, estivadores,
trabalhadores braçais da prefeitura e alguns moradores de prestígio da cidade, mais
o prefeito, o presidente da Câmara e algumas outras pessoas prestigiadas, reuniam-se
nas escadarias do porto, tomavam café
oferecidos pelo Venturinha, proprietário do café na parte alta da escadaria. Muitas
conversas ouvidas das conversas dos
doutores na tarde anterior era comentada da D.I.V.A.(<b>D</b>epartamento de <b>I</b>nvestigação
da <b>V</b>ida <b>A</b>lheia), como ironicamente os seus membros chamavam este encontro
matinal. Eu era um dos membros deste encontro.<o:p></o:p></span></span></div>
<div style="background: white; line-height: 18.05pt; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<br /></div>
<div style="background: white; line-height: 18.05pt; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #1a1a1a; font-family: Cambria, serif;"><span style="font-size: large;">O professor, seja os das primeiras
letras, seja os dos mais altos cargos acadêmicos, é professor. A legislação
educacional define o processo de formação do professor, mas na longínqua
Amazônia de então a maioria dos professores era formada por pessoas que, em boa
parte tinha somente as quatro séries iniciais do hoje chamado curso fundamental
e as suas moradias, casas de palafita, também eram a escola. Mas eram
professores. Os professores “leigos”. E eu também era professor, mas um
professor “do Sul” e de formação universitária.<o:p></o:p></span></span></div>
<div style="background: white; line-height: 18.05pt; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<br /></div>
<div style="background: white; line-height: 18.05pt; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #1a1a1a; font-family: Cambria, serif;"><span style="font-size: large;">Distância social é um conceito sociológico
que mede a aproximação ou o distanciamento de posições sociais, ou <i>status social</i> (conjunto de normas ou
regras que termina a posição que o individuo ocupa numa sociedade). Por
exemplo, o porteiro, o gari, o juiz, o advogado, o médico, o motorista de
ônibus, o professor, etc. <o:p></o:p></span></span></div>
<div style="background: white; line-height: 18.05pt; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<br /></div>
<div style="background: white; line-height: 18.05pt; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #1a1a1a; font-family: Cambria, serif;"><span style="font-size: large;">Outro dia assisti a um vídeo de
uma discussão no Senado da República que mostrou uma discussão cujo foco era a “medição”
do distanciamento social. Uma Senadora mandou que a advogada favorável a
impeachment da Presidente afastada ficasse calada porque não era senadora
portando sem alguns privilégios dos parlamentares. A advogada deu uma resposta
acrescentando outros privilégios que lhe dava o direito de falar, direitos da
sua função.<o:p></o:p></span></span></div>
<div style="background: white; line-height: 18.05pt; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<br /></div>
<div style="background: white; line-height: 18.05pt; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #1a1a1a; font-family: Cambria, serif;"><span style="font-size: large;">Manuel Diegues Jr. em um de seu
artigos ensina-nos de que os seus filhos homens dos proprietários coloniais constituíam-se
nos nexos com o Estado, claro que positivamente com o governo. O mais velho era
o seu herdeiro na administração das suas propriedades. O segundo padre, numa
Igreja parte do Estado, onde o poder rivalizava com muita força com o poder
material, e assim preservando a sua potestade. O terceiro filho advogado para
exercer cargos na administração colonial e o quarto filho militar. A igreja
perdeu muito do seu poder, mas os operadores do direito aliam esta característica
a um jogo de conceitos e valores da justiça que colocam sempre em evidência o
seu poder em vários setores da sociedade.<o:p></o:p></span></span></div>
<div style="background: white; line-height: 18.05pt; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<br /></div>
<div style="background: white; line-height: 18.05pt; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #1a1a1a; font-family: Cambria, serif;"><span style="font-size: large;">O título de “doutor” que lá no
início falei do seu uso como prenome, faz desaparecer o nome em favor da
categoria profissional. O mesmo acontece com o médico. São os “doutores”.<o:p></o:p></span></span></div>
<div style="background: white; line-height: 18.05pt; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<br /></div>
<div style="background: white; line-height: 18.05pt; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #1a1a1a; font-family: Cambria, serif;"><span style="font-size: large;">Disse o juiz que deu a sentença ao
seu colega que processou o porteiro do condomínio que “doutor não é forma de
tratamento, e sim título acadêmico”. E aqui entra o Estado: o título acadêmico
de doutor foi regulamentado e os de doutor para quem fez determinados cursos de
graduação não foram. Mas por costume se tornou uma forma cerimoniosa impositiva.
E sempre haverá espaço para discussão. E ser chamado de doutor agrada ao ego,
seja o de origem acadêmica, seja os de cursos de origem nobre. <o:p></o:p></span></span></div>
<div style="background: white; line-height: 18.05pt; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<br /></div>
<div style="background: white; line-height: 18.05pt; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #1a1a1a; font-family: Cambria, serif;"><span style="font-size: large;">O jogo de prestígio continua...</span><span style="font-size: 14pt;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div style="background: white; line-height: 18.05pt; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<br /></div>
<div style="background: white; line-height: 18.05pt; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />
<div>
<!--[if !supportFootnotes]--><br clear="all" />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<div id="ftn1">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///I:/Blogs/A%20dist%C3%A2ncia%20social%20e%20o%20jogo%20de%20prest%C3%ADgio/A%20dist%C3%A2ncia%20social%20e%20o%20jogo%20de%20prest%C3%ADgio.dot#_ftnref1" name="_ftn1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a>
<a href="http://www.ambientelegal.com.br/tratamento-de-doutor-ao-advogado-provem-de-roma-antiga/">http://www.ambientelegal.com.br/tratamento-de-doutor-ao-advogado-provem-de-roma-antiga/</a><o:p></o:p></div>
</div>
</div>
Proseando...http://www.blogger.com/profile/06286723084558285365noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7499516093850802253.post-51701309989964800982016-05-15T19:25:00.000-03:002016-05-15T19:25:14.187-03:00Esperteza e inteligência<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Vemos e ouvimos a todo o momento de que Lula é uma pessoa
extremamente inteligente, mas se acompanharmos a sua vida notamos que os seus
atos e as suas atitudes são vitoriosos em curto prazo e desastrosos a médio e
longo prazo. Um dos seus erros foi a indicação de Dilma para a sua sucessora.
Não soube analisar o seu perfil além da sua obediência, ideal para “guardar” o
seu lugar na presidência e retornar em 2014. Não refletiu – e por isto não
pensou – de que a sua protegida fosse ser picada pela mosca azul do poder.
Todos sentiam a incapacidade de gerenciamento da já então Presidente Dilma. Com
a derrota de Dilma na sua reeleição o projeto de cinquenta anos de PT no poder,
a carreira política de Lula e os milhares de petistas incrustados na máquina
administrativa do Executivo, iria “para o vinagre”, para usar uma expressão
popular. Até o governo Dilma se tornar insustentável. Dilma herdou os erros do
governo Lula e os ampliou.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
As pessoas espertas, cercadas de áulicos, são vaidosas e
autoritárias. O que tenho lido a respeito de Lula, a melhor descrição do seu
perfil psicológico – e de carreira politica – foi escrito por José Nêumanne
Pinto, “O que sei de Lula” (Rio de Janeiro: Topbooks, 2011). Aproveitando-se de
condições circunstanciais tornou-se o grande demiurgo da política brasileira.
Demiurgo pela esperteza. O entendimento comum de esperteza é a “<span lang="PT">capacidade </span><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Malandragem" title="Malandragem"><i><span lang="PT" style="color: blue; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 14.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">maliciosa</span></i></a><span lang="PT"> de adaptar-se habilmente a situações adversas, tirando proveito da
situação”. O esperto tem a habilidade, então de aproximar grupos aparentemente inconciliáveis.
Ainda segundo Nêumanne Pinto, aproximou os sindicalistas, os membros católicos
ligados à teologia da libertação e os exilados do regime militar que retornavam
ao Brasil. Isto acontecia no momento em que regime militar dava sinais de
exaustão. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT">A formação sindical de Lula impediu que visse o
Brasil na sua totalidade, mas numa dualidade em oposição: nós (os trabalhadores
sindicalizados) e eles, os outros, tantos os padrões como todos aqueles que não
eram sindicalizados. Esta dialética de oposição e conflito continua até hoje,
mas que teve sucesso com a formação de um “nós” ideológicos, como os acadêmicos
que procuraram tornar as universidades em “chão de fabrica”. </span><o:p></o:p></div>
Proseando...http://www.blogger.com/profile/06286723084558285365noreply@blogger.com0