segunda-feira, 5 de julho de 2010

Nossos parabéns a “los hermanos”.

Costumamos falar mal de “los hermanos”. Tudo de ruim vem de lá. Será que os maus não seremos nós?

Eu não vi (só) tristeza na fisionomia dos jogadores da seleção. Vi pavor, medo. Não acho que fosse medo de Dunga, mas dos 190 milhões de técnicos espalhados pelo Brasil a fora. A fisionomia dos jogadores no Galeão era de terror. Enquanto isto Maradona e os jogadores eram recebidos com alegria em Buenos Aires.

Para quê um técnico de futebol, se os torcedores e a imprensa entendem melhor que ele? Que as escalações, táticas, etc. sejam plebiscitárias. Não seria melhor?

Do alto do seu trono o vice-rei da FIFA e rei da CBF aponta o polegar para baixo: morra o técnico. E os 190 milhões de leões urram de alegria. A “justiça” foi feita.

A religião é o ópio do povo. Dizem que Marx escreveu isto. Digamos que este pensamento seja verdadeiro. Se for, eu acrescento a ele: o futebol é ópio do povo. Há muito deixou de ser uma competição esportiva para ser um meio para entorpecer mentes. Entorpeceu as mentes de brasileiros, mas não entorpeceu as mentes dos argentinos, dos paraguaios, dos chilenos.

Enquanto isto o Guia guia (a redundância é proposital) a descida de uma pára-quedista no terceiro andar de um palácio do Planalto Central.

E eita nós, os nacionalistas de chuteiras. Temos o governo que merecemos.