domingo, 25 de outubro de 2015

Desisti. Joguei a toalha.

Pelo andar do andor e os tantos cambalachos teremos aguentar Dilma por mais 38 meses. Segundo os tucanos e para deixa-la sangrar. Mas somos nós que já estamos sangrando com estes primeiros 10 meses do seu segundo mandado. Sem contar com os sangramentos do seu primeiro mandato. Nos dois primeiros mandatos de Lula sangramos anestesiados. Com a institucionalização da corrupção nem anestésicos temos mais.

Já imaginaram ficarmos 50 anos sob o projeto de poder petista? Se o Brasil não está aguentando os 12 anos e 10 meses, imaginem daqui a 37 anos e 4 meses. Não sobraria nem o chão.

Dilma e Lula falam algumas coisas que não entram na minha cabeça. Eu acho que sou muito reflexivo, diferente dos militantes petistas, intuitivos, com propensão para acreditar no que estes dois personagens dizem. Esta gente de bom coração acredita até que receberá vento empacotado na sua cesta básica. Dona Dilma está prometendo...

Dá um desânimo, que se torna maior quando tomamos conhecimento de fatos que nem o diabo acredita. Nicolás Maduro tem um representante no Palácio do Planalto, um aspone de nome pomposo: assessor de relações internacionais. Telefonou para o Presidente  do TSE, Ministro Dias Toffoli, para trocar o representante brasileiro entre os observadores das eleições na Venezuela. Maduro não aceita este representante, o ex-Ministro da Defesa Nelson Jobim, pois quando no exercício do cargo, insistiu com Maduro, então chanceler venezuelano, para que os seus aviões não entrassem no espaço aéreo  brasileiro nos seus voos de transporte de armamentos para o boliviano Evo Morales. Esta subserviência faz nos sangrar ainda mais.

Em face de tudo isto, num governo em que a corrupção e o quinta colunismo são proeminentes, as palavras sensatas são palavras ao vento. O que um cidadão poderá esperar com negociatas para manter uma presidente inepta para falar e para governar? Com ministros piores que a chefe, num país governado por um ex-presidente em exercício (um golpe de Estado diferente) que faz tudo – faz o diabo - para evitar a sua prisão por corrupção. Com parlamentares que ao invés de pensar nos seus eleitores, negociam para evitar de serem processados pelo juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba. O que se pode esperar de um parlamento que não tem oposição. O regime militar tinha uma oposição altiva, diferente da atual oposição passiva.


Estou jogando a toalha. Desisti. 

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Um envergonhado KKKKKKKKKKKKKK

Excetuando o ânimo do brasileiro, tudo está em alta. Segundo Datafolha a desaprovação de Dilma de junho a agosto deste ano “evoluiu” de 65% para 71%. É rejeitada por dois terços da população brasileira. Nestes mesmos dois meses a sua aprovação caiu de 10% para 8%. A inflação oficial chegou neste mês a 8,45%. A tendência, dizem os analistas, é de alta. A aprovação de Dilma está abaixo da inflação. Vocês se lembram do que ela falava na campanha do ano passado? Que isto iria acontecer se Marina fosse eleita. Depois seria Aécio. Se Levy Fidelix fosse o mais votado, seria ele o culpado. Ela nunca.

Tudo de mau e de mal seria culpa do candidato da oposição que vencesse. Dela, nunca. Certa vez, acho que ainda no tempo do Orkut, levantei a seguinte questão; Lula é mitômano ou mentiroso? Ambos são desvios psicológicos. Não consegui resposta, pois achei que ele seria os dois. Dilma ainda era a mãe do PAC; a eficientA e competentA gerentA. Hoje vemos que ela é, na verdade ineficientA e incompetentA. E naquele tempo não se falava  - mas já se sabia – em tanta corrupção e roubalheira institucionalizada como sabemos hoje.

Bem, tudo isto está na imprensa. A justiça federal é a fonte. Claro que a envergonhada militância do ambiente virtual quando aparece tenta justificar. Ah, mas também havia corrupção no Brasil Colônia, porque agora colocam o PT como Judas a ser malhado? Que bom se fosse, pois Judas se vendeu por somente 30 moedas. Trinta? Nem sei direito, pois no universo lulopetista somente se fala em bilhões. Se o PT existisse naquela época teria quebrado o império romano, dada a facilidade com que quebrou a Petrobras, a Eletrobrás, e outras .brás que ainda nem sabemos.

Esta introdução é para dizer que eu me sinto penalizado com os MAVs (militantes em ambiente virtual) do PT. Estão calados. Envergonhados. Mas não conseguem reagir porque fizeram do lulopetismo o seu farol do futuro. É um mundo que desmorona.

Estão sofrendo mais que nós apelidados de “coxinhas”, pois sofremos na pele, e cabeça erguida, enquanto que os MAVs sentem a sua história, plena de certezas, ruir.

Nada mais conseguem expressar do que um envergonhado “kkkkkkkkk”.


Amigos meus, pessoas sérias e bem intencionadas, foram arremessadas a este envergonhado “kkkkkkkkk”.

sábado, 17 de outubro de 2015

O golpe constitucional lulopetista



O “sistema corrupto brasileiro” está assustado. Os seus membros sempre negaram corrupção. Assim com o fez Maluf. Outro dia assisti uma entrevista dele e à uma pergunta ele respondeu: eu nunca roubei. Não preciso roubar. Eu sou rico. Parece-me que os procuradores de Nova Iorque não sabem disto ou não acreditam nesta defesa. Mas, pelas suas declarações, ele sempre nega porque certamente sabe que roubar é feio, que é crime.

Parece-me (à caminho da certeza) que no âmbito do lulopetismo o roubo não é crime, que roubar não é feio. Certa vez, há uns 40 anos, conversando com um comerciante no Amazonas, ele me contava que nunca havia pago impostos; saía mais barato “molhar as mãos” dos fiscais. A ideia dele é que o dinheiro público não é de ninguém, não tem dono. É de quem pegar. Esta parece ser o entendimento dentro do lulopetismo. O dinheiro da Petrobras, da Eletrobrás, etc., empresas públicas, não tem dono. É de pegar. E se a empresa quebrar? Ora, se quebras, quem vai reclamar? Não tem dono...

O juiz Sérgio Moro com os procuradores federais na Operação Lava Jato mostraram que o dinheiro publico tem dono, assim como as empresas públicas. Começou a colocar na cadeia todos aqueles se apoderam do “dinheiro sem dono”.

Os lulopetistas, donos da verdade (assim se acham!) não estão fazendo como Maluf, negar que não roubaram, mas querem acabar com a operação Lava Jato porque está estragando a opinião que a elite do poder possa dispor do dinheiro público a seu dispor.


O que mais me impressiona é que uma pretensa intelligentsia teima a defender estes corruptos. Dos mais altos togados da República aos frequentadores das despensas das universidades. Combater passou a ser chamado de golpe. Um “golpe constitucional”, a mais nova jabuticaba lulopetista.

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Quem planta colhe

Estava lendo um texto de Luiz Fernando Veríssimo que começa com a seguinte frase “A deterioração do debate político no Brasil é consequência direta de um antipetismo justificável e de um ódio ao PT que ultrapassa a razão”. No decorrer do texto o autor comenta que o ódio ao PT é anterior ao PT, pois está “no DNA da classe dominante brasileira, que historicamente derruba, pelas armas se for preciso, toda ameaça ao seu domínio, seja qual for sua sigla”. Aqui me pareceu ser a ideia principal do texto.
A realidade mostra ser um pouco diferente. Os desmandos do PT (Luiz Fernando Veríssimo reconhece) contaram com a participação da “classe dominante brasileira”. Basta ver os nomes e as empresas com problemas  com a Operação Lava Jato. Se tivesse acontecido como descreve Veríssimo, Lula não teria sobrevivido a dois mandatos e não teria conseguido eleger Dilma por duas vezes.
No decorrer da campanha já se notava o início das crises política, econômica e ética, as denúncias de corrupção, de uso de dinheiro desviado para a campanha, etc. A campanha lulopetista começou a opor ricos contra pobres, nordeste contra sudeste e sul, com om objetivo de opor possíveis eleitores petistas e eleitores outros candidatos.  O PT criou e financiou o MAV (Militância no Ambiente Virtual) que teve um papel preponderante no conflito de classe, de região, de eleitores.
A candidata do PT venceu com 3,46 milhões de votos a mais do seu opositor. Contando os votos nulos, em branco e as abstenções, mais os votos do candidato da oposição, num universo de 112,7 milhões de votos apurados, 78,4% dos eleitores estiveram de uma foram ou outra contra a candidata vencedora.
Logo após as eleições a candidata eleita começou a tomar medidas que durante a campanha seriam tomadas pelo candidato da oposição se vencesse as eleições. Esta soma de eleitores que votou contra ou deixou de votar foi acrescida por eleitores da candidata eleita que também se sentiu traído.
Assim sendo, esta história de a classe dominante nutrir ódio contra Dilma não é verdadeira. Basta ter um pouco de inteligência e acompanhar os acontecimentos políticos. É a população que não aceita mais este modo de governança permeado de escândalos e de “marquetagem”. 
O que impressiona é pessoas como Luiz Fernando Veríssimo – e tantos outros nomes importantes da inteligência nacional – faltar com a verdade ou fazer uma análise enviesada para descrever uma situação distante da realidade. Leva-nos a imaginar que por trás disto haja outros interesses para estar bem com o poder central. Ou será alienação?  Não sei.
Quem planta conflitos colhe conflitos.