domingo, 31 de maio de 2015

Felicidade após os 50 anos

Eu tenho reservas com estas matérias que resultam de “pesquisas”. Segundo os resultados de uma pesquisa publicada por Veja[1] desta semana Brasil é o 3º país (depois do México e da Turquia) em que os idosos e “quase idosos” são mais felizes quanto à aparência física. Mas pela quantidade de cirurgias plásticas não parecem ser tão felizes com que veem frente ao espelho. A imagem refletida não corresponde ao padrão estético centrado em jovens “sarados”, fregueses de mil receitas para poder se aproximar daquilo que seria a “imagem padrão”. Os cinquentões e daí para frente veem as suas imagens se distanciarem do padrão estético.

A medicina estética está aí. Mas não faz milagres.

A pesquisa mostra, também, que os jovens não são muito satisfeitos.

Nesta pesquisa – ou “pesquisa”? - há algumas questões que poderão ser consideradas. Os jovens, até os seus 30 anos demonstram uma insegurança natural, pois é a idade em que estão ingressando no mercado de trabalho. Ao mesmo tempo em que enfrentam esta batalha, preocupam-se com a segurança futura.

As pessoas quando ultrapassam a barreira dos 50 anos estão com a vida relativamente estabilizada e têm a experiência e o conhecimento da vida. Isto não significa que tenham uma vida tranquila, mas não têm a insegurança dos mais novos. Ou não deverão ter.

A expectativa de vida do brasileiro apontado pelo Censo de 1960 era de 48 anos. O censo de 2010 apontou uma expectativa de vida de 73,4 anos, ou seja, um aumento de 25,4 anos nestes 50 anos.  

Aconteceram outras mudanças neste meio século: a proporção de sexo passou de 99,8 homens para cada 100 mulheres para 96 homens para cada 100 mulheres. Além disto, o Censo de 1969 mostrava uma média de 6,3 filhos por mulher; em 2010 esta média baixou de 1,9 filhos por mulher[2].

Uma pessoa que passava dos 50 anos em 1960 era considerada e se considerava idosa; hoje não. A vida e o mercado oferecem opções prazerosas a estas pessoas; ajuda-as a estarem bem de vida sem as pressões da sociedade sobre os jovens. Por outro lado, a longevidade tem trazido doenças que somente agora estão sendo conhecidas pela medicina e os idosos são clientes dos medicamentos de “uso contínuo”. Esse deve ser o motivo dos cuidados que os idosos têm – e devem ter - com a saúde.

A sobrevivência tem um custo alto. E com o SUS que temos...




sábado, 23 de maio de 2015

Lula e Dilma não entendem patavina de Brasil

Em agosto de 2014 o Banco Santander enviou um informe aos seus clientes VIPs (com salários superiores a R$ 10.000,00) que dizia entre outras coisas de que “se Dilma melhorasse nas pesquisas, os juros e o dólar subiriam e a Bolsa cairia”. O governo e os petistas se irritaram com esta previsão. Uma previsão verdadeira. Dilma venceu as eleições e o que hoje vivemos? Com dólar em alta e a bolsa em queda. Com aumento de inflação e de desemprego. Com a economia em recessão.

Guardei esta notícia para conferir mais tarde. Hoje assistia um comentário de Marco Antônio Villa em que ele recordava este episodio.

Na época foram despedidos quatro funcionários do Banco, dentre eles a superintendente da área de atendimento dos correntistas VIPs.

Villa, nos seus comentários lembrava um comentário de Lula em que afirmava que “esta moça não entende porra (sic) nenhuma de Brasil”.

A realidade atual mostra que quem não “entende porra nenhuma de Brasil” são Lula e Dilma.

quinta-feira, 21 de maio de 2015

Panelas e caçarolas

Consegui comprar o livro de Romeu Tuma Jr quando da sua terceira edição, ou reimpressão, não recordo. O PT havia comprado as duas edições anteriores. Seria dinheiro do petrolão? Políbio Braga, um jornalista política de Porto Alegre comentou que com ele aconteceu a mesma coisa quando escreveu sobre um governo municipal do qual ele fora secretário. Quantos outros casos semelhantes não aconteceram e que não tomamos conhecimento?


Será que o PT irá comprar todo estoque de panelas e caçarolas (das lojas e das residências)?

sexta-feira, 15 de maio de 2015

Bodas de Estanho ou Zinco

Cada ano as bodas de casamento são comemoradas com um nome.  As “Bodas de Estanho ou Zinco” comemoram os 10 anos do enlace matrimonial. Matrimônio tem vários significados, a maioria deles refere-se ao “vínculo conjugal entre um homem e uma mulher”. Mas há outros, como “combinação harmoniosa de duas ou mais coisas; união estreita e íntima”, ou “associação, aliança”.
 Hoje, 14 de maio de 2015, comemoram-se as Bodas de Estanho ou Zinco da denúncia do mensalão. Denunciou-se há exatamente uma década a “união estreita e íntima” do PT (com o PMDB e PP como adjuvantes) com a corrupção.
 Naquela data ficamos todos felizes: o Brasil está entrando do rol de países sérios. Vamos entregar aos nossos descendentes  um Brasil melhor. Alguns políticos de altos coturnos foram presos: um ex-ministro de presidente do PT; outro tido como herói pelos petistas como combatente no Araguaia e também ex-presidente do partido e também o tesoureiro do partido. Mas algo chamou atenção. Os políticos receberam penas pífias e os seus auxiliares e não políticos receberam penas altas. Que continuam presos e os políticos cumprem as suas penas em regime aberto.
 E todos pagaram as multas impostas. Fez-se uma vaquinha peos militantes para pagar as multas. As penas foram pagas por terceiros. Fiquei pensando: por que será que não apareceram militantes para cumprir a pena de restrição de liberdade do lugar dos sentenciados. Já ouvi dizer que a penas não pode ser cumprida por outras pessoas que não sejam os sentenciados.
 PT e as suas inovações!
 Hoje se diz que, na verdade, as multas foram pagas com dinheiro da corrupção.  Ou seja, nos, os contribuintes, pagamos as multas. Diz-se, com dinheiro do Petrolão.
 E o que aconteceu nestes 10 anos? Segundo um dos Ministros do STF, o mensalão perto do petrolão deveria ser um processo de pequenas causas. E o petrolão como será na eminência do eletrolão, do BNDESão também será de pequenas causas?
 Como estaremos nas Bodas de Porcelana (20 anos)? A porcelana estará aos cacos.





terça-feira, 5 de maio de 2015

Lula e as suas contradições

Quando Lula indicou  Dilma para o substituir cansei de comentar que o objetivo era “guardar o seu lugar” para um retorno à Presidência.  O seu erro político foi repetir a sua experiência no mundo sindical sem atentar a mudança de papel. Lula foi criatura de muitos líderes que o fizeram ascender na política sindical, posterior por ele engolidos. No caso de Dilma, Lula não atentou de que se transformara num criador, sujeito a ser engolido pela sua criatura. Na reeleição de Dilma o movimento de “volta Lula” pereceu pela força política de sua criatura no papel de presidente da República. Apesar do seu governo, considerado o terceiro pior governo no período republicano, calcado num milionário projeto de marketing, ser reeleita.

Lula, frente a um PT esfarelado e desacreditado, perdido num emaranhado de processos de corrupção, começa a se apresentar como um eventual candidato às eleições em 2018.

Conseguirá? Ou melhor, seguirá nesta campanha até as próximas eleições, uma vez que o seu nome está a cada vez mais envolvido em corrupção, tráfico de influência, etc.


Os seus discursos de apresentação do seu nome a um retorno parte de uma contradição: combate as “elites” enquanto ele, um homem muito rico, proprietário de chácaras cinematográficas, apartamentos duplex e tríplex, é membro da elite que ele combate nos palanques. É isto que discute o editorial do Estadão (que poderá ser lido aqui) publicado hoje, 05/maio/2015.