quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Lula um Pedro Malasartes desacreditado


Há mais de cinco anos venho dizendo que Lula escolheu Dilma para “guardar lugar” para a sua volta à Presidência quatro anos mais tarde. Escolheu errado; ele sempre a viu com uma auxiliar diligente e obediente, esquecendo que a “mosca azul” do poder pica até as pessoas mais tacanhas. Apesar da campanha do “volta Lula” na campanha das últimas eleições era Dilma que ocupava a “primeira cadeira” e dela emana um poder difícil de ser contrariado, no caso muito mais poderoso que o “volta Lula”. Dilma ganhou a parada; o seu “fazer o diabo” para vencer as eleições foi muito mais forte que o “diabo feito” pelo PT lulista. O PT dilmista era o que estrava no poder.

Nesta véspera de ano, a menos de seis horas para a chegada do 2016, tentando imaginar como seria mais este ano sob a gestão Dilma, em que o Brasil parece já ter ultrapassado a porta da falência, lembrei do livro o livro de José Nêumanne Pinto, O que eu sei de Lula (São Paulo: Topbooks, 2011). Foi o melhor trabalho que já ali a respeito de Lula, tão bom que se falou que a primeira tiragem esgotou antes que qualquer leitor tivesse acesso a ele.  A biografia de Lula estava tão escancarada que se tornava prejudicial à campanha lulopetista a ser desencadeada nas eleições dois anos e meio mais tarde.  O livro é um relato jornalístico, mas neste caso o autor não se furta de traçar um perfil psicológico do personagem biografado. Um aspecto deste perfil me deixou encucado: de Lula ser o político mais inteligente na vida brasileira. Mas Lula era inteligente ou esperto? Pela descrição do Autor Lula era um político esperto. Espertas são pessoas que encontram soluções e saídas de situações espinhosas, ou que sacam respostas com rapidez. Contudo, sem o mundo maior, sem o conhecimento e a visão das coisas, esse espírito vivo e curioso do esperto se resume à astúcia de “salvar a pele”. Podemos definir o esperto como aquela pessoa que tem inteligência prática e cuja referência é seu ego (ou seu umbigo?). O esperto é egocêntricos e por isto costuma atropelar a ética. As pessoas inteligentes são aquelas que têm a capacidade de ler por entre as linhas e de interligar ideias não explicitamente relacionadas; colhem pensamentos, são capazes de raciocínios abstratos e sabem planejar e criar estratégias[1].

Lula lembra mais a figura folclórica de Pedro Malasartes, que herdamos do folclore ibérico, descrito como Câmara Cascudo como “figura tradicional nos contos populares da Península Ibérica, como exemplo de burlão invencível, astucioso, cínico, inesgotável de expedientes e de enganos, sem escrúpulos e sem remorsos[2].  Este “malasartismo” de Lula é descrito brilhantemente por Nêumanne, aprendido na sua vida sindical, descartando todos aqueles que poderiam fazer frente ou concorrer aos seus objetivos dentro da política sindicais[3].

A inteligência e a esperteza se assemelham num primeiro momento. O egocentrismo e a visão do fato e a falta de um raciocínio abstrato do esperto encaminha-o a erros. E o erro maior de Lula foi a escolha de Dilma como a sua sucessora por um mandato, permitindo o seu retorno quatro anos depois. Enquanto ele esteve no poder conseguiu “segurar” o escândalo do “mensalão”, mas fora ficou sujeito a incapacidade política e de gestão da sua gestora. Hoje Lula se vê na situação do esperto desmascarado. Um Pedro Malasartes desacreditado.

A sua sucessora mostrou não ter nada de inteligência e de esperteza. Auxiliada pelo seu marqueteiro, a sua esperteza transformou-se em estelionato. E assim foi 2014 e em 2015; agora entramos em 2016 com a esperança (que sentimento!) que a gestão lulopetista termine logo no primeiro trimestre. Quem assumirá? Não sabemos, mas desde que mudem os gestores federais, com a população  alerta, com eleições municipais à vista, certamente encontraremos uma saída para as crises política e econômica que nos aflige; dará esperanças a tantos milhares brasileiros que perderam o seu trabalho e a sua sobrevivência aos erros conscientes destes gestores no poder dos últimos 13 anos.

Um bom 2013 depende de nós, de nosso posicionamento político, de do uso correto nas instituições do nosso Estado Democrático de Direito.

Assim sendo... FELIZ 2016.








[3] No início da década de sessenta um meu amigo que vivia e conhecia a vida sindical comentou que havia um líder sindical em formação, conhecido como Lula, brevemente surgirá na imprensa como o mais jovem líder, com grande força política. 

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Mentiras presidenciais

Dilma mente? Cunha mente? Os dois têm mentido. As mentiras de dilma são mais cabeludas, pois mente para a nação. Mentiu na campanha e continuou a mentir. Disse que nunca praticou ato ilegal (pedaladas) e o TCU disse que praticou. Será que o TCU mentiu? Não é crível. Cunha mentiu. Não para a nação, mas para salvar a pele.

Enquanto ouvimos estas trocas de acusações presidenciais milhares de brasileiros perdem os seus empregos, a economia afunda e a crise política adquire proporções inusitadas.

Muita gente aparece nas redes sociais dando votos de confiança à Presidente. Confiar. O desempregado poderá dar um voto de confiança em quem provocou o seu desemprego. Quem ainda tem emprego poderá dar voto de confiança quando vai ao supermercado e vê o um tilintar do caixa cada vez mais alto para um carrinho cada vez mais vazio de mercadorias que encontrou e não as que desejava? Que voto de confiança à chefe de governo apoiada por um partido político cujas maiores lideranças estão presas e/ou condenadas por corrupção, peculado e outras definições jurídicas que os levou para trás das grades? Que votos de confianças poderão ser dados quando rebentos de líderes políticos deste partido recebem em suas contas bancárias milhões de reais?

Todas as pessoas têm o direito de acreditar, mas também têm a obrigação de refletir sobre o futuro da nação, da economia do seu país. Nós temos obrigações com a gerações futuras, em dar-lhes condições de vida melhores que as nossas, mas se olharmos para a frente, neste momento, quais serão as nossas perspectivas de futuro?  De um país quebrado, sem futuro. Com uma liderança partidária envolvida com as mais terríveis negociatas, envolvida por fortes de laços de amizade com lideranças que transformaram os seus países em narcoestados. Pessoas que condenam o nosso extinto regime militar e hoje procuram repetir o que condenam. O objetivo não era a liberdade, a justiça, mas uma mudança de posição, de cassar liberdades e a justiça.

Precisamos limpar o governo federal desta gente. Vamos controlar os votos (que serão abertos) daqueles que pretendem a manutenção deste regime. Daqui a exatamente 10 meses votaremos em prefeitos e vereadores. Poderemos fazer uma grande limpeza. Os que votarão no processo de impeachment são pessoas interessadas nestas eleições, pois se constituirão em plataformas para as próximas eleições gerais.

Nós somos eleitores e contribuintes. Vamos fazer valer este nosso direito e esta nossa força.

domingo, 25 de outubro de 2015

Desisti. Joguei a toalha.

Pelo andar do andor e os tantos cambalachos teremos aguentar Dilma por mais 38 meses. Segundo os tucanos e para deixa-la sangrar. Mas somos nós que já estamos sangrando com estes primeiros 10 meses do seu segundo mandado. Sem contar com os sangramentos do seu primeiro mandato. Nos dois primeiros mandatos de Lula sangramos anestesiados. Com a institucionalização da corrupção nem anestésicos temos mais.

Já imaginaram ficarmos 50 anos sob o projeto de poder petista? Se o Brasil não está aguentando os 12 anos e 10 meses, imaginem daqui a 37 anos e 4 meses. Não sobraria nem o chão.

Dilma e Lula falam algumas coisas que não entram na minha cabeça. Eu acho que sou muito reflexivo, diferente dos militantes petistas, intuitivos, com propensão para acreditar no que estes dois personagens dizem. Esta gente de bom coração acredita até que receberá vento empacotado na sua cesta básica. Dona Dilma está prometendo...

Dá um desânimo, que se torna maior quando tomamos conhecimento de fatos que nem o diabo acredita. Nicolás Maduro tem um representante no Palácio do Planalto, um aspone de nome pomposo: assessor de relações internacionais. Telefonou para o Presidente  do TSE, Ministro Dias Toffoli, para trocar o representante brasileiro entre os observadores das eleições na Venezuela. Maduro não aceita este representante, o ex-Ministro da Defesa Nelson Jobim, pois quando no exercício do cargo, insistiu com Maduro, então chanceler venezuelano, para que os seus aviões não entrassem no espaço aéreo  brasileiro nos seus voos de transporte de armamentos para o boliviano Evo Morales. Esta subserviência faz nos sangrar ainda mais.

Em face de tudo isto, num governo em que a corrupção e o quinta colunismo são proeminentes, as palavras sensatas são palavras ao vento. O que um cidadão poderá esperar com negociatas para manter uma presidente inepta para falar e para governar? Com ministros piores que a chefe, num país governado por um ex-presidente em exercício (um golpe de Estado diferente) que faz tudo – faz o diabo - para evitar a sua prisão por corrupção. Com parlamentares que ao invés de pensar nos seus eleitores, negociam para evitar de serem processados pelo juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba. O que se pode esperar de um parlamento que não tem oposição. O regime militar tinha uma oposição altiva, diferente da atual oposição passiva.


Estou jogando a toalha. Desisti. 

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Um envergonhado KKKKKKKKKKKKKK

Excetuando o ânimo do brasileiro, tudo está em alta. Segundo Datafolha a desaprovação de Dilma de junho a agosto deste ano “evoluiu” de 65% para 71%. É rejeitada por dois terços da população brasileira. Nestes mesmos dois meses a sua aprovação caiu de 10% para 8%. A inflação oficial chegou neste mês a 8,45%. A tendência, dizem os analistas, é de alta. A aprovação de Dilma está abaixo da inflação. Vocês se lembram do que ela falava na campanha do ano passado? Que isto iria acontecer se Marina fosse eleita. Depois seria Aécio. Se Levy Fidelix fosse o mais votado, seria ele o culpado. Ela nunca.

Tudo de mau e de mal seria culpa do candidato da oposição que vencesse. Dela, nunca. Certa vez, acho que ainda no tempo do Orkut, levantei a seguinte questão; Lula é mitômano ou mentiroso? Ambos são desvios psicológicos. Não consegui resposta, pois achei que ele seria os dois. Dilma ainda era a mãe do PAC; a eficientA e competentA gerentA. Hoje vemos que ela é, na verdade ineficientA e incompetentA. E naquele tempo não se falava  - mas já se sabia – em tanta corrupção e roubalheira institucionalizada como sabemos hoje.

Bem, tudo isto está na imprensa. A justiça federal é a fonte. Claro que a envergonhada militância do ambiente virtual quando aparece tenta justificar. Ah, mas também havia corrupção no Brasil Colônia, porque agora colocam o PT como Judas a ser malhado? Que bom se fosse, pois Judas se vendeu por somente 30 moedas. Trinta? Nem sei direito, pois no universo lulopetista somente se fala em bilhões. Se o PT existisse naquela época teria quebrado o império romano, dada a facilidade com que quebrou a Petrobras, a Eletrobrás, e outras .brás que ainda nem sabemos.

Esta introdução é para dizer que eu me sinto penalizado com os MAVs (militantes em ambiente virtual) do PT. Estão calados. Envergonhados. Mas não conseguem reagir porque fizeram do lulopetismo o seu farol do futuro. É um mundo que desmorona.

Estão sofrendo mais que nós apelidados de “coxinhas”, pois sofremos na pele, e cabeça erguida, enquanto que os MAVs sentem a sua história, plena de certezas, ruir.

Nada mais conseguem expressar do que um envergonhado “kkkkkkkkk”.


Amigos meus, pessoas sérias e bem intencionadas, foram arremessadas a este envergonhado “kkkkkkkkk”.

sábado, 17 de outubro de 2015

O golpe constitucional lulopetista



O “sistema corrupto brasileiro” está assustado. Os seus membros sempre negaram corrupção. Assim com o fez Maluf. Outro dia assisti uma entrevista dele e à uma pergunta ele respondeu: eu nunca roubei. Não preciso roubar. Eu sou rico. Parece-me que os procuradores de Nova Iorque não sabem disto ou não acreditam nesta defesa. Mas, pelas suas declarações, ele sempre nega porque certamente sabe que roubar é feio, que é crime.

Parece-me (à caminho da certeza) que no âmbito do lulopetismo o roubo não é crime, que roubar não é feio. Certa vez, há uns 40 anos, conversando com um comerciante no Amazonas, ele me contava que nunca havia pago impostos; saía mais barato “molhar as mãos” dos fiscais. A ideia dele é que o dinheiro público não é de ninguém, não tem dono. É de quem pegar. Esta parece ser o entendimento dentro do lulopetismo. O dinheiro da Petrobras, da Eletrobrás, etc., empresas públicas, não tem dono. É de pegar. E se a empresa quebrar? Ora, se quebras, quem vai reclamar? Não tem dono...

O juiz Sérgio Moro com os procuradores federais na Operação Lava Jato mostraram que o dinheiro publico tem dono, assim como as empresas públicas. Começou a colocar na cadeia todos aqueles se apoderam do “dinheiro sem dono”.

Os lulopetistas, donos da verdade (assim se acham!) não estão fazendo como Maluf, negar que não roubaram, mas querem acabar com a operação Lava Jato porque está estragando a opinião que a elite do poder possa dispor do dinheiro público a seu dispor.


O que mais me impressiona é que uma pretensa intelligentsia teima a defender estes corruptos. Dos mais altos togados da República aos frequentadores das despensas das universidades. Combater passou a ser chamado de golpe. Um “golpe constitucional”, a mais nova jabuticaba lulopetista.

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Quem planta colhe

Estava lendo um texto de Luiz Fernando Veríssimo que começa com a seguinte frase “A deterioração do debate político no Brasil é consequência direta de um antipetismo justificável e de um ódio ao PT que ultrapassa a razão”. No decorrer do texto o autor comenta que o ódio ao PT é anterior ao PT, pois está “no DNA da classe dominante brasileira, que historicamente derruba, pelas armas se for preciso, toda ameaça ao seu domínio, seja qual for sua sigla”. Aqui me pareceu ser a ideia principal do texto.
A realidade mostra ser um pouco diferente. Os desmandos do PT (Luiz Fernando Veríssimo reconhece) contaram com a participação da “classe dominante brasileira”. Basta ver os nomes e as empresas com problemas  com a Operação Lava Jato. Se tivesse acontecido como descreve Veríssimo, Lula não teria sobrevivido a dois mandatos e não teria conseguido eleger Dilma por duas vezes.
No decorrer da campanha já se notava o início das crises política, econômica e ética, as denúncias de corrupção, de uso de dinheiro desviado para a campanha, etc. A campanha lulopetista começou a opor ricos contra pobres, nordeste contra sudeste e sul, com om objetivo de opor possíveis eleitores petistas e eleitores outros candidatos.  O PT criou e financiou o MAV (Militância no Ambiente Virtual) que teve um papel preponderante no conflito de classe, de região, de eleitores.
A candidata do PT venceu com 3,46 milhões de votos a mais do seu opositor. Contando os votos nulos, em branco e as abstenções, mais os votos do candidato da oposição, num universo de 112,7 milhões de votos apurados, 78,4% dos eleitores estiveram de uma foram ou outra contra a candidata vencedora.
Logo após as eleições a candidata eleita começou a tomar medidas que durante a campanha seriam tomadas pelo candidato da oposição se vencesse as eleições. Esta soma de eleitores que votou contra ou deixou de votar foi acrescida por eleitores da candidata eleita que também se sentiu traído.
Assim sendo, esta história de a classe dominante nutrir ódio contra Dilma não é verdadeira. Basta ter um pouco de inteligência e acompanhar os acontecimentos políticos. É a população que não aceita mais este modo de governança permeado de escândalos e de “marquetagem”. 
O que impressiona é pessoas como Luiz Fernando Veríssimo – e tantos outros nomes importantes da inteligência nacional – faltar com a verdade ou fazer uma análise enviesada para descrever uma situação distante da realidade. Leva-nos a imaginar que por trás disto haja outros interesses para estar bem com o poder central. Ou será alienação?  Não sei.
Quem planta conflitos colhe conflitos.


terça-feira, 29 de setembro de 2015

Juiz de defesa. Mais uma jabuticaba (brasileira)

Lembro-me de uma discussão dos Ministros Joaquim Barbosa e Ricardo Lewandowski, em que o primeiro reclamou ao segundo de que ele mais parecia um advogado de defesa de um dos “mensaleiros” em julgamento do que um juiz. Quando li a matéria de Época, A Teoria Toffoli[1], a respeito do fatiamento da Operação Lava Jato, lembrei-me da discussão relatada acima. Naquela época, os votos dos Ministros Lewandowski e Toffoli eram muito parecidos.

Quais serão as consequências deste voto, tido como uma forma de tirar das mãos do Juiz Sérgio Moro muitos processos “críticos” aos interesses dos próceres do partido hegemônico. Será que a determinação do STF alcançará os objetivos desejados?

Enquanto o STF decidia a respeito do “fatiamento” da Operação Lava Jato, realizava-se em Florianópolis o IV Fórum Nacional dos Juízes Federais Criminais (Fonacrim). Dois dias depois da decisão do STF foi editada a Carta de Florianópolis  que de “acordo com o presidente da Ajufe[2], Antônio César Bochenek, a Carta de Florianópolis expressa a união dos juízes federais criminais, que ‘continuarão atuando com afinco na análise dos casos danosos à sociedade e ao erário público’”[3].

No domingo o blog Cristalvox publica a matéria “STF leva tiro pela culatra! Juízes federais e procuradores da república criam “Força Tarefa Moral” para ampliar a Lava Jato”[4].

É de se perguntar: os lobistas dos acusados avaliaram bem os juízes, procuradores e policiais federais? Qual será o volume de informações que os participantes da Operação Lava Jato possuem? A vitória da Senadora Gleisi Hoffmann não teria sido uma Vitória de Pirro?

O jornal Valor Econômico publicou uma matéria em que apontava o ex-Ministro Nelson Jobim como o grande articulador (lobista) “responsável pelo fatiamento da Lava Jato e pela interferência para soltar Renato Duque”[5]. “Nelson Jobim é o novo Márcio Thomaz Bastos. Ele foi contratado por empreiteiras como Odebrecht, OAS e Camargo Corrêa para desmontar a Lava Jato”[6].  Quem diria?

Mas aí vem a pergunta. Os membros desta “Força Tarefa Moral” tem a força da corporação de três instituições no momento muito valorizadas e detentoras de uma quantidade de informações com força de derrubar a República. Ou melhor, do grupo que se julga detentor  de poder hegemônico. Quantos Sérgios Moros esta gente que quebrou o Brasil encontrará pela frente?

A mesma edição da Revista Época traz uma matéria “Delação in english” (p. 62) a respeito da negociação de delação premiada do doleiro Alberto Youssef e promotores de Nova Iorque a respeito do processo do processo movido por acionistas americanos que tiveram prejuízo com a quebra da Petrobras. Se ele for condenado pela justiça norte americana, além não poder sair do país, pois estará listado na Interpol, terá o seu patrimônio no exterior para compensar a perda que os acionistas da Petrobras. Este é um problema que cairá no colo da presidente Dilma, pois ela é uma das pessoas envolvidas neste processo.
"’A presidente pode ter muitos defeitos, todos temos, mas ninguém nunca ouviu dizer que ela tenha furtado uma caneta BIC. É isso o que me aproxima dela, a sua honestidade’, Kátia Abreu, defendendo Dilma e sonhando com a Casa Civil”. Frase do dia.  28.09.15[7].

A caneta BIC é tão baratinha!...

Os juízes de defesa defenderão?



segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Repulsa ou ódio? Ou os dois?

Estava lendo uma postagem de um petista que reclamava a existência de ódio muito grande contra o PT. Temos que concordar com ele; realmente há uma repulsa contra do PT.  Na verdade é repulsa e não ódio. Ou os dois? Mas não é uma repulsa gratuita; ela é, em primeiro lugar,  a contrapartida de como o PT tratou todos aqueles que não pensavam com ele desejava que pensasse. De pensar como se fosse um seu militante. O PT, como todo e qualquer partido – regime – autoritário não admite o contraditório. A militância petista e em especial a sua MAV (Militância em Ambiente Virtual) tentou massacrar os seus opositores, impondo-lhes adjetivos pejorativos. 

Mesmo antes das eleições de 2002 já se falava entre os petistas num projeto de poder para 50 anos. A maneira mais efetiva achou-se então, a partir de 2003, à uma cooptação “financiada”. E aí tivemos o mensalão, o petrolão, e uma corrupção para financiar o seu projeto de poder. Como se costuma dizer, que com a descoberta desta corrupção “oficializada” o PT saiu das paginas políticas e ingressou nas páginas policiais. O eleitor se sentiu traído nas últimas eleições com as mentiras ditas e reprisadas na campanha no rádio e na TV. Tudo o que se dizia que a oposição faria se ganhasse as eleições, Dilma começou a fazer logo que venceu. O eleitor petista se sentiu traído e o eleitor de oposição hoje se sente governado por um governo estelionatário.

Hoje tomamos conhecimento que a crise econômica em que vivemos foi ocasionado pelo desvio de dinheiro do tesouro nacional para financiar obras de infraestrutura em “países  amigos” enquanto a infraestrutura no Brasil se deteriorava. E de maneira descarada há a promessa de elevação de tributação para “cobrir o rombo” de dinheiro desviado para estes financiamentos ilegais e corrupção. E ainda “machuca” mais ainda os cidadãos e cidadãs brasileiros – e os envergonha – é o fato de a nossa mais alta corte de justiça, tomar atitudes para beneficiar estes corruptos.

Realmente há um ódio contra o PT. Mas, mais do que isto, há uma repulsa contra este partido. 

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Moral sexual

A fotógrafa britânica Helen Aller, de 29 anos, publicou imagem que mostra um recém-nascido ao lado da cicatriz da cesariana que salvou a vida dele e a da mãe. A imagem causou polêmica na internet, incluindo comentários positivos, mas também foi denunciada no Facebook como conteúdo impróprio (http://mulher.terra.com.br/vida-de-mae/bebe-ao-lado-de-cicatriz-de-cesarea-tem-milhoes-de-views-na-web,4a966cf8ed988e6fb82ca76a9d8d8e7d3nwvRCRD.html ).

Lendo a matéria resolvi refletir sobre a moral sexual, ainda envolta por muitas ideias religiosas, fonte de contradições que muitas vezes se chocam com o bem-estar da parturiente e do nascituro.

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O motel é um local desterritorializado porque as pessoas podem ali fazer coisas que a moral não permite que se faça em áreas territorializadas. Nosso quarto nupcial (bacana! Notei isto depois que escrevi) é um local territorializado e por isto teremos que transar escondidinho. Sem qualquer ruído. A cama não pode ranger. No motel pode-se ouvir gente gozando, principalmente mulheres, que são as mais cerceadas. Quando uma mulher casada (permitida para transar – em silencio) engravida, “dá a luz” uma criança, diz-se “como a maternidade é divina”! A não entendo. Como uma coisa divina decorre de algo considerado feio?

A nossa moral, a moral religiosa em particular, é assexual. Conserva em formol a visão platônica que o corpo é a prisão da alma. A transa é natural, natureza, não tem a divindade da alma. Hoje se discute (ainda!) quando o feto adquire alma. Como se discute algo que nem se sabe se existe?

O Facebook é platônico. Os fundadores desta rede social devem ser fundamentalistas (inclusive o brasileiro. Mas o brasileiro é brasileiro? Pelo que sei os Estados Unidos não reconhecem a dupla cidadania). A fotografia sugere por onde “se mete” (para engravidar) e por onde se nasce. É muito telúrico para o religioso que se guia pelas ideias religiosas.


Dá para entender como “pensam” os robôs censores do Facebook? Por vezes eles erram. Erram tanto que andaram confundindo cotovelos com mamilos.

domingo, 5 de julho de 2015

Eduardo Cunha hoje e Ibsen Pinheiro ontem.

Ibsen Pinheiro foi  presidente da Câmara (1991-92) quando comandou o processo de cassação de Fernando Collor. Foi um o primeiro presidente de Câmaras que trombou firmemente com o Palácio do Planalto. Foi envolvido no processo dos “Anões do Orçamento”, teve o seu mandato cassado em 1994. Em 2000 o STF  arquivou o processo e em 2002 retomou os seus direitos políticos.

Eduardo Cunha é o segundo presidente da Câmara que tromba com o Palácio do Planalto. Será que lhe está reservado um “troco Ibsen Pinheiro”?


A diferença da época de Ibsen Pinheiro de agora com Eduardo Cunha e de a gestão Dilma está tão fraca que não consegue nem levantar da cadeira e carece de articuladores políticos. Além disto, os MAV do PT estão desacreditados; caíram do cavalo no caso da moça do tempo da Globo.

Obs: hoje, 05/07, Ibsen Pinheiro completa 80 anos.

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Crucificação na Parada Gay

Na Parada Gay deste ano apareceu uma representação da crucificação de Jesus. No dia seguinte foram anotadas várias críticas nas redes sociais e na imprensa. Falou-se da apropriação de uma imagem sagrada do cristianismo e que se exigia respeito à crença alheia.

Tenho notado que os gays aqui do Brasil demonstram um tradicionalismo exacerbado. Enquanto de um lado os casamentos heterossexuais se tornam mais simples, quando não se restringem  uma ida a um cartório de registros, os gays ressuscitam todo o ritual desprezado dos casamentos tradicionais.  E, além disto, estão a todo o momento a demonstrar  sua religiosidade, tal é o número de igrejas que fundam ora de denominação evangélica, ora católica.

Investigando quem era a pessoa que encenava a crucificação, era brasileira. Era transexual. Por ser transexual perdeu a sua condição de eventualmente ser cristã? Se for cristã, não se apropriava de nenhuma imagem. E por não ser heterossexual poderia perder a sua condição de cristão. Se estiverem lembrados, outro dia o Papa Francisco falou ao contrário.

Todos os anos faz-se a representação da Paixão em Nova Jerusalém, Pernambuco. Ali não sem considera uma apropriação porque as pessoas não são gays, ou porque a da Av. Paulista foi uma apropriação porque quem encenava não era heterossexual e foi numa parada gay?

Falta de respeito. Será que foi? Será que a representação não desejaria representar a via sacra dos preconceitos que sofrem os homossexuais? Ora, se eles são cristãos têm o direito de usar uma imagem para expressar os seus sentimentos de marginalidade numa sociedade excessivamente preconceituosa, como é a nossa.


Eu achei uma representação cafona , mas devo confessar que ela atingiu aos seus objetivos: chocou e todos discutem.  E chocou mais pelo fato que quem encenou era um “outro”. 

sábado, 6 de junho de 2015

A Prefeitura paulistana e as nossas memórias.

Participei de uma postagem do Facebook[1], com muitas participações, a respeito da degradação das ruas próximas o edifício do (antigo) Mappin. Em especial a conselheiro Crispiniano e a Sete de Abril.
 Estas ruas ficam próximas ao Viaduto do Chá e me leva  comentar a respeito dos dois centros de São Paulo, O velho e o novo. Estes dois centros são separados pelo Anhangabaú. O Centro Velho abrange a área desde o Rio Tamanduateí e o Anhangabaú e o Centro Novo do outro lado do Anhangabaú.
 Devemos lembrar, ainda, que o trecho alvo das críticas fica numa “ponta” do Viaduto do Chá e a sede da Prefeitura na outra “ponta”.
 Quando Luiza Erundina (PT) assumiu a Prefeitura em 01/01/1989 a sede da Prefeitura ficava no Ibirapuera e governou até 01/01/1993. Em 1992, antes de passar o governo  Paulo Maluf (01/01/1997), transferiu a sede da Prefeitura pra o Palácio das Indústrias, no Parque Dom Pedro.  Em 2004, Marta Suplicy (PT) (01/01/2001-01/01/2005) antes de passar o governo para Serra, transferiu a sede da Prefeitura para o Edifício Matarazzo, onde permanece até hoje. Fernando Haddad é o terceiro prefeito do PT. Será que Haddad também irá mudar a sede da Prefeitura se perder as eleições para um adversário?
 O Centro Novo, apesar de tão pertinho da sede da Prefeitura, parece ser invisível aos seus administradores.



[1] https://www.facebook.com/groups/memoriaspaulistanas/952176928136886/?comment_id=952778301410082&notif_t=like 

sexta-feira, 5 de junho de 2015

O mundo lulopetista e as caixas de lenços de papel.

Eu ando lendo e ouvindo uma porção de coisas que me faz chegar à conclusão que o Brasil não é pais para amadores. Amador não entende este país. Será que um dia entenderei?  Outro dia aportei no blog de Francisco Weffort e encontre a magistral comparação: “Tanta é a corrupção nos governos do PT que, como já se disse, os casos se encadeiam uns aos outros como lenços de papel. Quando você puxa um saem pelo menos três.  De uma caixinha de lenços para outra, a fileira parece tornar-se interminável[1]. É isto mesmo.

Criou-se a Lei de Acesso à Informação para controlar o governo, que para não ser controlado cria caixas pretas (ver o BNDES e os empréstimos os países amigos e pra as empresas do peito). Agora querem identificar os israelitas imaginando que poderiam estar desenvolvendo armamentos que poderiam usar contra os palestinos. E entregar esta relação (de bandeja) ao Comitê Santa-Mariense de Solidariedade ao Povo Palestino[2].

Outro dia andei comentando que Dilma estava certa quando falava, em sua campanha, que o seu governo era padrão FIFA. Teve gente que não gostou achando que eu estava desprestigiando a Doutora Presidenta. Não estava; eu estava achando que ela era coerente. A Polícia Federal norte-americana (FBI) mostrou-nos o que era a FIFA.

Agora preciso fazer um reparo: não é o Brasil que é padrão FIFA; é a FIFA que é padrão Brasil lulopetista. Basta comprar os valores da corrupção brasileira com os valores da corrupção da FIFA.

Seu Blastter, frente as denúncias, resolver entregar o chapéu daqui a seis meses. Do lado de cá do Atlântico dona Dilma quer segurar o chapéu por mais 43 meses e seu Luís Inácio o quer por mais 48 meses.

Não há caixas de lenços que dê conta.

quarta-feira, 3 de junho de 2015

Pedido em o primeiro “d”.

Minha filha fez um pedido de esfiha e eu fui á portaria busca-la.  Na caixa havia um quadrado e no seu interior escrito “pedido”. As minhas lembranças voaram no tempo e me levaram para a década de setenta e à uma faculdade de uma cidade do interior, onde eu lecionei da década de setenta.

A faculdade fazia parte de uma fundação educacional municipal e o seu diretor era um velho professor de história do principal colégio da cidade. E também era advogado.

A quase totalidade dos professores era de fora.  Maior parte da capital. Uma parte da capital, mas ligado à uma faculdade pública que mais tarde passou a fazer parte da Unesp. Também havia alguns professores de Botucatu e de Bauru.

Isto parecia inibir o diretor, pois era gente com uma outra mentalidade, trazendo coisas novas, com uma nova visão de mundo. E também havia professores de história.

Os seus alunos da cidade diziam que todas as suas aulas estavam num caderninho que o acompanhavam desde o início da sua carreira. Muitos pais e mães estudaram história por este caderninho e os filhos também. Se ventasse na sala de aula o caderninho poderia se desmaterializar.

Diziam que era um professor austero. Muitas vezes precisei conversar com ele e comecei a sentir que esta sua austeridade era inibição. Os outros professores diziam não gostar dele por ser soberbo, não conversava com os professores. Quando havia reunião de professores não ia o diretor, mas o presidente da Fundação. Provavelmente isto aumentasse a sua inibição. Quando passei a entender o diretor conseguia conversar com ele.  Mas os outros professores tinha prevenção contra ele. Não só os professores tinham prevenção, mas também os funcionários. Inclusive o secretário. Quando eu chegava na faculdade chamava-me para contar as fofocas.

A mesa do diretor sempre estava cheia de processos para despachar, todos datilografados. Num dos despachos, ao datilografar, o primeiro “d” de pedido não foi grafado e assim o processo foi arquivado: Defiro o peido da candidata. Em...


Na banguela, ladeira abaixo

Em menos de um mês três petistas de altos coturnos foram vaiados. Mantega, Padilha e Haddad. Mantega recebeu um repeteco de baia. Sem esquecer que Dilma foi homenageada com um panelaço em casamento de um casal de médicos da fina flor da sociedade paulistana.

Fernando Haddad reclamou da vaia num momento m que exercitava o seu direito de ter uma vida privada. Foi o que aconteceu com Mantega e com Padilha. Até que ponto o homem (ou mulher!) político consegue ter vida privada (íntima) fora das quatro paredes da sua residência? Mesmo assim.

Tenho notado que Lula tem feito discursos agressivos contra quem que nem ele sabe direito. Nota-se, ainda, que a sua aparência física demonstra batimento, depressão. Dilma parece viver num outro mundo, numa outra dimensão.

Pode-se dizer: Lula e Dilma – e também os petistas – estão colhendo o que plantaram. Parece-me que existem mais coisas que ainda não chegaram até nós. Se folhearmos as revistas semanais e os jornais diários toma-se conhecimento de em encadeamento de denúncias. Uma atrás da outra. A justiça federal prendendo empresários de convivência próxima ao centro do poder em Brasília entrando n o programa de delação premiada. Diretores da Petrobras sendo condenados; um com prisão doméstica e outro com prisão de regime fechado. O segundo tesoureiro do PT sendo preso e o primeiro por condenação no mensalão. Os procuradores federais já estão chamando o conjunto de todas as formas de corrupção descobertas de “organização criminosa” ou ORCRIM. Ou nome parecido.

Organização nenhuma sobrevive sem uma liderança. Neste caso e pra quem acompanhar estes noticiários nos doze anos de governo petista nos leva a um nome: Lula. Será preconceito? Certamente não, pois ele mesmo se coloca na liderança do que hoje chamamos de lulopetismo.

Se todos nós sabemos muita coisa pelo noticiário, o que já não existirá nos arquivos da Procuradoria Federal em Curitiba? Existe para a justiça brasileira dois tipos de cidadãos: os que têm direito a Foro Privilegiado e os “outros”, os que são julgados pela justiça comum. O Foro Privilegiado é um atalho para a impunidade. Lula não tem mais este direito, mas ele lidera um movimento politico que, apesar de desacreditado entre os cidadãos comuns, tem alguns privilégios informais. Como se viu entre alguns Ministros do STF no decorrer do julgamento do mensalão.


Enfim, Lula deverá estar esperando algo. A sua agressividade, ameaças que tem feito, pode ser querer  demonstrar um poder que não ter mais. Também sabe que uma condenação sua transformará em poeira o projeto de 50 anos no poder, a começar com o enfraquecimento “mortal” da gestão de Dilma. Deverá fazer companhia ao grupo de presidentes condenados como Fujimori no Peru e Noriega (que depois de cumprir 21 anos nos Estados Unidos e na França) em 2011 retornou para o Panamá para cumprir o restante da sua pena. Fará companhia a José Sócrates, ex-primeiro ministro português preso aguardando julgamento. Ainda fará companhia os generais presidentes argentinos presos após a queda da ditadura. Tudo isto deve deprimir violentamente o ex-presidente Lula.

domingo, 31 de maio de 2015

Felicidade após os 50 anos

Eu tenho reservas com estas matérias que resultam de “pesquisas”. Segundo os resultados de uma pesquisa publicada por Veja[1] desta semana Brasil é o 3º país (depois do México e da Turquia) em que os idosos e “quase idosos” são mais felizes quanto à aparência física. Mas pela quantidade de cirurgias plásticas não parecem ser tão felizes com que veem frente ao espelho. A imagem refletida não corresponde ao padrão estético centrado em jovens “sarados”, fregueses de mil receitas para poder se aproximar daquilo que seria a “imagem padrão”. Os cinquentões e daí para frente veem as suas imagens se distanciarem do padrão estético.

A medicina estética está aí. Mas não faz milagres.

A pesquisa mostra, também, que os jovens não são muito satisfeitos.

Nesta pesquisa – ou “pesquisa”? - há algumas questões que poderão ser consideradas. Os jovens, até os seus 30 anos demonstram uma insegurança natural, pois é a idade em que estão ingressando no mercado de trabalho. Ao mesmo tempo em que enfrentam esta batalha, preocupam-se com a segurança futura.

As pessoas quando ultrapassam a barreira dos 50 anos estão com a vida relativamente estabilizada e têm a experiência e o conhecimento da vida. Isto não significa que tenham uma vida tranquila, mas não têm a insegurança dos mais novos. Ou não deverão ter.

A expectativa de vida do brasileiro apontado pelo Censo de 1960 era de 48 anos. O censo de 2010 apontou uma expectativa de vida de 73,4 anos, ou seja, um aumento de 25,4 anos nestes 50 anos.  

Aconteceram outras mudanças neste meio século: a proporção de sexo passou de 99,8 homens para cada 100 mulheres para 96 homens para cada 100 mulheres. Além disto, o Censo de 1969 mostrava uma média de 6,3 filhos por mulher; em 2010 esta média baixou de 1,9 filhos por mulher[2].

Uma pessoa que passava dos 50 anos em 1960 era considerada e se considerava idosa; hoje não. A vida e o mercado oferecem opções prazerosas a estas pessoas; ajuda-as a estarem bem de vida sem as pressões da sociedade sobre os jovens. Por outro lado, a longevidade tem trazido doenças que somente agora estão sendo conhecidas pela medicina e os idosos são clientes dos medicamentos de “uso contínuo”. Esse deve ser o motivo dos cuidados que os idosos têm – e devem ter - com a saúde.

A sobrevivência tem um custo alto. E com o SUS que temos...




sábado, 23 de maio de 2015

Lula e Dilma não entendem patavina de Brasil

Em agosto de 2014 o Banco Santander enviou um informe aos seus clientes VIPs (com salários superiores a R$ 10.000,00) que dizia entre outras coisas de que “se Dilma melhorasse nas pesquisas, os juros e o dólar subiriam e a Bolsa cairia”. O governo e os petistas se irritaram com esta previsão. Uma previsão verdadeira. Dilma venceu as eleições e o que hoje vivemos? Com dólar em alta e a bolsa em queda. Com aumento de inflação e de desemprego. Com a economia em recessão.

Guardei esta notícia para conferir mais tarde. Hoje assistia um comentário de Marco Antônio Villa em que ele recordava este episodio.

Na época foram despedidos quatro funcionários do Banco, dentre eles a superintendente da área de atendimento dos correntistas VIPs.

Villa, nos seus comentários lembrava um comentário de Lula em que afirmava que “esta moça não entende porra (sic) nenhuma de Brasil”.

A realidade atual mostra que quem não “entende porra nenhuma de Brasil” são Lula e Dilma.

quinta-feira, 21 de maio de 2015

Panelas e caçarolas

Consegui comprar o livro de Romeu Tuma Jr quando da sua terceira edição, ou reimpressão, não recordo. O PT havia comprado as duas edições anteriores. Seria dinheiro do petrolão? Políbio Braga, um jornalista política de Porto Alegre comentou que com ele aconteceu a mesma coisa quando escreveu sobre um governo municipal do qual ele fora secretário. Quantos outros casos semelhantes não aconteceram e que não tomamos conhecimento?


Será que o PT irá comprar todo estoque de panelas e caçarolas (das lojas e das residências)?

sexta-feira, 15 de maio de 2015

Bodas de Estanho ou Zinco

Cada ano as bodas de casamento são comemoradas com um nome.  As “Bodas de Estanho ou Zinco” comemoram os 10 anos do enlace matrimonial. Matrimônio tem vários significados, a maioria deles refere-se ao “vínculo conjugal entre um homem e uma mulher”. Mas há outros, como “combinação harmoniosa de duas ou mais coisas; união estreita e íntima”, ou “associação, aliança”.
 Hoje, 14 de maio de 2015, comemoram-se as Bodas de Estanho ou Zinco da denúncia do mensalão. Denunciou-se há exatamente uma década a “união estreita e íntima” do PT (com o PMDB e PP como adjuvantes) com a corrupção.
 Naquela data ficamos todos felizes: o Brasil está entrando do rol de países sérios. Vamos entregar aos nossos descendentes  um Brasil melhor. Alguns políticos de altos coturnos foram presos: um ex-ministro de presidente do PT; outro tido como herói pelos petistas como combatente no Araguaia e também ex-presidente do partido e também o tesoureiro do partido. Mas algo chamou atenção. Os políticos receberam penas pífias e os seus auxiliares e não políticos receberam penas altas. Que continuam presos e os políticos cumprem as suas penas em regime aberto.
 E todos pagaram as multas impostas. Fez-se uma vaquinha peos militantes para pagar as multas. As penas foram pagas por terceiros. Fiquei pensando: por que será que não apareceram militantes para cumprir a pena de restrição de liberdade do lugar dos sentenciados. Já ouvi dizer que a penas não pode ser cumprida por outras pessoas que não sejam os sentenciados.
 PT e as suas inovações!
 Hoje se diz que, na verdade, as multas foram pagas com dinheiro da corrupção.  Ou seja, nos, os contribuintes, pagamos as multas. Diz-se, com dinheiro do Petrolão.
 E o que aconteceu nestes 10 anos? Segundo um dos Ministros do STF, o mensalão perto do petrolão deveria ser um processo de pequenas causas. E o petrolão como será na eminência do eletrolão, do BNDESão também será de pequenas causas?
 Como estaremos nas Bodas de Porcelana (20 anos)? A porcelana estará aos cacos.





terça-feira, 5 de maio de 2015

Lula e as suas contradições

Quando Lula indicou  Dilma para o substituir cansei de comentar que o objetivo era “guardar o seu lugar” para um retorno à Presidência.  O seu erro político foi repetir a sua experiência no mundo sindical sem atentar a mudança de papel. Lula foi criatura de muitos líderes que o fizeram ascender na política sindical, posterior por ele engolidos. No caso de Dilma, Lula não atentou de que se transformara num criador, sujeito a ser engolido pela sua criatura. Na reeleição de Dilma o movimento de “volta Lula” pereceu pela força política de sua criatura no papel de presidente da República. Apesar do seu governo, considerado o terceiro pior governo no período republicano, calcado num milionário projeto de marketing, ser reeleita.

Lula, frente a um PT esfarelado e desacreditado, perdido num emaranhado de processos de corrupção, começa a se apresentar como um eventual candidato às eleições em 2018.

Conseguirá? Ou melhor, seguirá nesta campanha até as próximas eleições, uma vez que o seu nome está a cada vez mais envolvido em corrupção, tráfico de influência, etc.


Os seus discursos de apresentação do seu nome a um retorno parte de uma contradição: combate as “elites” enquanto ele, um homem muito rico, proprietário de chácaras cinematográficas, apartamentos duplex e tríplex, é membro da elite que ele combate nos palanques. É isto que discute o editorial do Estadão (que poderá ser lido aqui) publicado hoje, 05/maio/2015.

quinta-feira, 30 de abril de 2015

A violência contra os funcionários paranaenses

O governador Beto Richa culpa os arruaceiros pela violência no Centro Cívico, em Curitiba. Este problema, vemos pelo noticiário, vem de longe e sem negociação. E a Senadora Gleice Hoffman, quando Ministra da Casa Civil reteve verbas, preparando-se para a sua campanha ao governo do Estado[1]. Richa, também candidato, tocou as suas obras como se nada tivesse acontecendo, pois era candidato à reeleição.

Habilidade política não se herda por DNA. Richa venceu as eleições no primeiro turno, com as finanças quebradas. Requião e Gleice perderam as eleições. Ao invés de negociar impôs-se.  Richa e a sua base na Assembleia Legislativa. O resultado foi a violência contra os funcionários e professores.

Segundo Richa “gente formada normalmente é muito insubordinada”. Os professores são “gente formada”. Declarou em 26/04/12 em entrevista à rádio CBN, nesta quinta-feira, que acha positivo que os policiais militares do estado não tenham diploma de curso superior, pois muitas vezes não aceita cumprir ordens de um oficial ou de um superior hierárquico, de uma patente maior.

O articulista da época ressalta a miopia com relação a realidade do mundo, pois se fosse segundo o seu pensamento não teria havido as greves comandadas por Lula no ABC. Os sindicalistas eram pessoas “sem diplomas”. A sua declaração constituiu-se, ainda, um desestímulo à educação e à cultura.

Eis aqui o áudio da fala do governador[2].

domingo, 26 de abril de 2015

A vitória de Dilma foi legítima e legal?

Assisti a um vídeo[i] de Jô Soares no qual ele afirmava que a eleição de Dilma foi legítima e que o povo sabia que a luz ia subir. Começando pela segunda afirmação: pela pregação de Dilma o eleitor de Dilma “sabia” que a luz ia subir se o candidato da posição vencesse. Após os resultados ela aumentou o valor da energia elétrica, assim como fez tudo o que acusava que o candidato da oposição faria. Portanto, o povo passou saber que o preço da energia elétrica, do combustível, etc., subiria se Aécio fosse o vencedor. Ela mentiu. Uma eleição vencida através de trapaça, de mentira, é legítima?

Costuma-se dar o mesmo sentido a legitimo e legal, por serem amparados pelo direito positivo, pela legislação. No entanto, nem tudo que é legal é legitimo. As eleições foram legais porque foram realizadas dentro de uma legislação existente. Mas não foram legítimas porque o partido vencedor se utilizou da trapaça (mentira).

sábado, 18 de abril de 2015

Militantes, tomem tento

Nota-se nas redes sociais que as mentiras publicadas pelos MAV do PT perderam a credibilidade. Graças à Dilma.

Ela mentiu tanto durante a campanha e logo após, depois de eleita passou a comprovar as suas inverdades. Quem vai acreditar no que os remanescentes do petismo publicam? A cosia ficou tão descarada com a metáfora  sapiente de Lula de que se roubou mais porque o queijo era maior, permitindo que os ratos se fartassem. Quantas cascas de queijos devem existir opor aí que ainda não sabemos?

O diz que diz que fulano e beltrano roubaram e isto autoriza que hoje se roube não cola mais. Fale-se o que quiser da justiça, mas ela somente age a partir de uma denúncia ou, em palavras comuns, quando alguém foi pego com a boca na botija. Os que dizem ter roubado no passado é porque não foram pegos com a boca na botija de faz parte do diz que diz que hoje tão usado pelo “marquetismo” petista.

Se o luminar petista diz (ou disse) que foi, realmente foi? Se Lula (o criador) e Dilma (a criatura) estão tão desacreditados (é mais fácil acreditar em Pedro Malasartes!), como acreditar no que diz o pessoal dos andares de baixo?


Militantes, tomem tento!