Ao vivermos a nossa história (tempo presente) nós não
pensamos muito na nossa história (tempo passado) e pouco pensamos no tempo que
há de vir. Poderíamos falar em história futura? Mas as novas tecnologias da
informação, os sites de busca, trazem a nós ideias emitidas há década e tantos
perdidas no nosso esquecimento. Eu ia falar em brumas do passado, mas ficaria
muito poético.
Encontrei esta matéria resultado de uma entrevista da Folha
há 13 anos que me levou a me perguntar: ainda é assim? Este texto foi publicado
no quinto mês e meio da era lulopetista; ainda não sentíamos os efeitos desta
pandemia que hoje nos abate. A escolas, em todos os seus níveis, tornaram-se madraças
de estudos marxistas cujos mestres parecem conhecer mais os boatos do que os
fatos dos marxismo. Marxismo em linguagem manchetada, como me referi certa vez,
e que me valeu severas críticas. Tínhamos, então, vários demônios para nos
possibilitar uma visão de mundo larga, mas hoje os grandes mestres desta nova
religião praticaram um genocídio “demônico” para preservar permitir a
construção da nova crença com o seu demônio maior, cujo nome dado foi o uma ave
típica brasileira, o tucano.
O vírus lulopetista acabou com a rivalidade múltipla, de
várias identidades, para uma luta binária entre o bem e o mal tucano. Acabaram-se
as rivalidades sadias em troca de uma luta revolucionária do bem lulopetista
contra o mal tucano.
Como era isto há 13 anos?
Foi como tentei interpretar a seguir.
Rivalidades
reforçam identidade das diferentes faculdades
22 de Maio de 2003
Muitas vezes, foi apenas uma questão de escolha. Um
aluno preferiu cursar uma instituição, mas também poderia ter feito a outra.
Depois que começa a estudar, entretanto, cria-se uma rixa com outras
faculdades, algo muito comum entre instituições com prestígio semelhante.
Os alunos de medicina da Unifesp, por exemplo, têm rixa com os da medicina da USP, que, por sua vez, também têm com os alunos de engenharia da mesma universidade. Isso fica claro principalmente em disputas esportivas, como o Intermed, entre faculdades de medicina, e o Interusp, entre algumas faculdades da USP. O mesmo ocorre entre os alunos de direito da USP e da PUC-SP durante os Jogos Jurídicos.
Segundo o antropólogo Mauro Cherobim, isso acontece porque, quando se forma um grupo de referência para um indivíduo, como seu time de futebol, sua profissão ou sua faculdade, a relação com outros grupos acontece por oposição, o que reforça suas identidades.
Quando os alunos de uma faculdade zombam dos de outra, isso serve, portanto, para reforçar a coesão do seu próprio grupo. "A violência entre os grupos é possível de ocorrer quando eles se encontram cara a cara e os ânimos ficam mais exaltados", disse Cherobim.
Segundo ele, entretanto, nem tudo o que é feito em oposição ao outro grupo serve para reforçar o próprio, mas existe um equilíbrio. "Quando um grupo começa a agir de forma anti-social, como usar a violência, isso incomoda os próprios membros do grupo e pode contribuir para desagregá-los", disse ele, que é professor da Unesp.
Fonte: Folha de S. Paulo
Os alunos de medicina da Unifesp, por exemplo, têm rixa com os da medicina da USP, que, por sua vez, também têm com os alunos de engenharia da mesma universidade. Isso fica claro principalmente em disputas esportivas, como o Intermed, entre faculdades de medicina, e o Interusp, entre algumas faculdades da USP. O mesmo ocorre entre os alunos de direito da USP e da PUC-SP durante os Jogos Jurídicos.
Segundo o antropólogo Mauro Cherobim, isso acontece porque, quando se forma um grupo de referência para um indivíduo, como seu time de futebol, sua profissão ou sua faculdade, a relação com outros grupos acontece por oposição, o que reforça suas identidades.
Quando os alunos de uma faculdade zombam dos de outra, isso serve, portanto, para reforçar a coesão do seu próprio grupo. "A violência entre os grupos é possível de ocorrer quando eles se encontram cara a cara e os ânimos ficam mais exaltados", disse Cherobim.
Segundo ele, entretanto, nem tudo o que é feito em oposição ao outro grupo serve para reforçar o próprio, mas existe um equilíbrio. "Quando um grupo começa a agir de forma anti-social, como usar a violência, isso incomoda os próprios membros do grupo e pode contribuir para desagregá-los", disse ele, que é professor da Unesp.
Fonte: Folha de S. Paulo