segunda-feira, 14 de maio de 2012

Os “nossos” neomitos


Há uma grande e bela literatura sobre mitos. E neste mitos sempre há a procura de um paraíso que, por uma ou outra razão, foi perdido. O nosso mito mais famoso é o mito de Adão e Eva que perderam o seu paraíso por um ato desobediência.  E é assim que começa o mito do paraíso perdido.  Entre os grupos indígenas, de modo geral, não se perde o paraíso; ele está à espera daquele que cumpriram determinada jornada. No mundo cristão à uma busca de reconstrução e/ou construção de mitos. São os neomitos, ou mitos modernos.

Todos os caudilhos constroem os seus mitos.

Getúlio Vargas localizou o seu mito de origem da Itália de Mussolini e em parte na Alemanha Nazista. Voltou à razão  quando alguns navios da Costeira foram afundados. Evo Morales foi buscar o seu paraíso na cultura aimara, lá nos primórdios pré-incaicos. Hugo Chaves construiu o seu mito numa reinvenção  histórica inspirada em Simon Bolivar.  Lula adotou o paraíso getulista. Sem por nem tirar. Fez renascer até os anjos sindicalistas. Segundo Hitler o seu paraíso situava-se numa terra ariana, local que ninguém conseguiu dizer onde ficava. Bem, era mito. Os comunistas moscovitas fixaram o seu mito de criação no mito do comunismo primitivo.

São os  neomitos, ou mitos modernos.

A Internet se tornou uma grande difusora de neomitos através das suas redes sociais. Um deles é que o mundo político brasileiro começou em 01/01/2003. Outro neomito é que o mensalão foi invenção da oposição. A oposição é outro neomito, pois ela foi esbagaçada. Não existe.  

Daria para  falar de muitos deles.

Um neomito que “está correndo” nas redes sociais é do calendário maia. Um neomito com data para acontecer, com data para desaparecer, desacreditado. Como tantos outros que passaram e sumiram.

Qual será o próximo?

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