Encontrei um texto de Leonardo Boff que havia arquivado há
muito tempo.
Ele conta que alguns meses após ter sido submetido a um "silêncio obsequioso" por ter
escrito o livro "Igreja: carisma e poder", foi convidado por Fidel
Castro para passar uns 15 dias em Cuba para acompanha-lo em suas férias.
Viajaram de carro,
avião, barco pela rica ilha, conversaram sobre mil assuntos. “As noites eram
dedicadas a um longo jantar seguido de conversas sérias que iam madrugada a
dentro, às vezes até às 6.00 da manhã. Então se levantava, se estirava um pouco
e dizia: ‘agora vou nadar uns 40 minutos e depois vou trabalhar’. Eu ia anotar
os conteúdos e depois, sonso, dormia”.
E assim se
passaram os 15 dias. “Eu havia escrito 4 grossos cadernos sobre nossos
diálogos. Assaltaram meu carro no Rio e levaram tudo. O livro imaginado jamais
poderá ser escrito. Mas guardo a memória de uma experiência inigualável de um
chefe de Estado preocupado com a dignidade e o futuro dos pobres”.
Fidel Castro para
se manter no poder por mais de 50 anos deve ser um homem previdente. Desta
época houve uma denúncia que o chefe dos sherloques cubanos no Brasil era um
coronel, então genro de Raul Castro, marido
de Mariela. Eu fiquei me perguntando: será que foram os sherloques cubanos que “afanaram”
os “4 grossos cadernos” de Frei Boff. Vá que o santo homem tenha registrado
inconfidências de Fidel!...
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