quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Leonardo Boff e as suas (in)confidências

Encontrei um texto de Leonardo Boff que havia arquivado há muito tempo.

Ele conta que alguns meses após ter sido submetido a um "silêncio obsequioso" por ter escrito o livro "Igreja: carisma e poder", foi convidado por Fidel Castro para passar uns 15 dias em Cuba para acompanha-lo em suas férias.

Viajaram de carro, avião, barco pela rica ilha, conversaram sobre mil assuntos. “As noites eram dedicadas a um longo jantar seguido de conversas sérias que iam madrugada a dentro, às vezes até às 6.00 da manhã. Então se levantava, se estirava um pouco e dizia: ‘agora vou nadar uns 40 minutos e depois vou trabalhar’. Eu ia anotar os conteúdos e depois, sonso, dormia”.

E assim se passaram os 15 dias. “Eu havia escrito 4 grossos cadernos sobre nossos diálogos. Assaltaram meu carro no Rio e levaram tudo. O livro imaginado jamais poderá ser escrito. Mas guardo a memória de uma experiência inigualável de um chefe de Estado preocupado com a dignidade e o futuro dos pobres”.

Fidel Castro para se manter no poder por mais de 50 anos deve ser um homem previdente. Desta época houve uma denúncia que o chefe dos sherloques cubanos no Brasil era um coronel, então genro de Raul  Castro, marido de Mariela. Eu fiquei me perguntando: será que foram os sherloques cubanos que “afanaram” os “4 grossos cadernos” de Frei Boff. Vá que o santo homem tenha registrado inconfidências de Fidel!...


http://www.cartamaior.com.br/colunaImprimir.cfm?cm_conteudo_idioma_id=19183

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