A fotógrafa britânica Helen Aller, de 29 anos,
publicou imagem que mostra um recém-nascido ao lado da cicatriz da
cesariana que salvou a vida dele e a da mãe. A imagem causou polêmica na
internet, incluindo comentários positivos, mas também foi
denunciada no Facebook como conteúdo impróprio (http://mulher.terra.com.br/vida-de-mae/bebe-ao-lado-de-cicatriz-de-cesarea-tem-milhoes-de-views-na-web,4a966cf8ed988e6fb82ca76a9d8d8e7d3nwvRCRD.html
).
Lendo a matéria resolvi refletir sobre a moral sexual,
ainda envolta por muitas ideias religiosas, fonte de contradições que muitas
vezes se chocam com o bem-estar da parturiente e do nascituro.
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O motel é um local
desterritorializado porque as pessoas podem ali fazer coisas que a moral não
permite que se faça em áreas territorializadas. Nosso quarto nupcial (bacana!
Notei isto depois que escrevi) é um local territorializado e por isto
teremos que transar escondidinho. Sem qualquer ruído. A cama não pode ranger.
No motel pode-se ouvir gente gozando, principalmente mulheres, que são as mais
cerceadas. Quando uma mulher casada (permitida para transar – em silencio) engravida,
“dá a luz” uma criança, diz-se “como a maternidade é divina”! A não entendo.
Como uma coisa divina decorre de algo considerado feio?
A nossa moral, a
moral religiosa em particular, é assexual. Conserva em formol a visão platônica
que o corpo é a prisão da alma. A transa é natural, natureza, não tem a divindade
da alma. Hoje se discute (ainda!) quando o feto adquire alma. Como se discute algo
que nem se sabe se existe?
O Facebook é
platônico. Os fundadores desta rede social devem ser fundamentalistas
(inclusive o brasileiro. Mas o brasileiro é brasileiro? Pelo que sei os Estados
Unidos não reconhecem a dupla cidadania). A fotografia sugere por onde “se mete”
(para engravidar) e por onde se nasce. É muito telúrico para o religioso que se
guia pelas ideias religiosas.
Dá para entender
como “pensam” os robôs censores do Facebook? Por vezes eles erram. Erram tanto
que andaram confundindo cotovelos com mamilos.
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