Quando Lula indicou
Dilma para o substituir cansei de comentar que o objetivo era “guardar o
seu lugar” para um retorno à Presidência. O seu erro político foi repetir a sua experiência
no mundo sindical sem atentar a mudança de papel. Lula foi criatura de muitos
líderes que o fizeram ascender na política sindical, posterior por ele
engolidos. No caso de Dilma, Lula não atentou de que se transformara num
criador, sujeito a ser engolido pela sua criatura. Na reeleição de Dilma o
movimento de “volta Lula” pereceu pela força política de sua criatura no papel
de presidente da República. Apesar do seu governo, considerado o terceiro pior
governo no período republicano, calcado num milionário projeto de marketing,
ser reeleita.
Lula, frente a um PT esfarelado e desacreditado, perdido num
emaranhado de processos de corrupção, começa a se apresentar como um eventual
candidato às eleições em 2018.
Conseguirá? Ou melhor, seguirá nesta campanha até as
próximas eleições, uma vez que o seu nome está a cada vez mais envolvido em
corrupção, tráfico de influência, etc.
Os seus discursos de apresentação do seu nome a um retorno parte
de uma contradição: combate as “elites” enquanto ele, um homem muito rico,
proprietário de chácaras cinematográficas, apartamentos duplex e tríplex, é
membro da elite que ele combate nos palanques. É isto que discute o editorial
do Estadão (que poderá ser lido aqui)
publicado hoje, 05/maio/2015.
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