terça-feira, 5 de maio de 2015

Lula e as suas contradições

Quando Lula indicou  Dilma para o substituir cansei de comentar que o objetivo era “guardar o seu lugar” para um retorno à Presidência.  O seu erro político foi repetir a sua experiência no mundo sindical sem atentar a mudança de papel. Lula foi criatura de muitos líderes que o fizeram ascender na política sindical, posterior por ele engolidos. No caso de Dilma, Lula não atentou de que se transformara num criador, sujeito a ser engolido pela sua criatura. Na reeleição de Dilma o movimento de “volta Lula” pereceu pela força política de sua criatura no papel de presidente da República. Apesar do seu governo, considerado o terceiro pior governo no período republicano, calcado num milionário projeto de marketing, ser reeleita.

Lula, frente a um PT esfarelado e desacreditado, perdido num emaranhado de processos de corrupção, começa a se apresentar como um eventual candidato às eleições em 2018.

Conseguirá? Ou melhor, seguirá nesta campanha até as próximas eleições, uma vez que o seu nome está a cada vez mais envolvido em corrupção, tráfico de influência, etc.


Os seus discursos de apresentação do seu nome a um retorno parte de uma contradição: combate as “elites” enquanto ele, um homem muito rico, proprietário de chácaras cinematográficas, apartamentos duplex e tríplex, é membro da elite que ele combate nos palanques. É isto que discute o editorial do Estadão (que poderá ser lido aqui) publicado hoje, 05/maio/2015.

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