sexta-feira, 10 de novembro de 2017

A maquete da capelinha do Cemitério de Morretes

Zelinda, como nós somos da mesma idade (você chegou por aqui quatro meses antes de mim. Desculpe-me pela xeretice!  Rs) de por isto deveremos ter lembranças próximas, mas quem viveu em Morretes deverá ter algumas lembranças particulares, talvez a mais de quem viveu em Curitiba. E vice versa. Como vou falar de Morretes...
Seu Nhô Beco (Adalberto Vila Nova) era casado com dona Maricota Malucelli e tinha uma padaria na “pracinha do paredão”. Ninguém sabia que se chamava Lamenha Lins. Alguns imaginavam chamar Silveira Neto em razão do monumento em homenagem a este escritor e poeta conterrâneo. A padaria de Nhô Beco era ao lado da sua residência, defronte ao monumento. O “caixeiro” era o Rufino. Para passar o tempo começou a pintar quadro. Morretes tem tradição pelos muitos pintores, escultores, poetas. Eric os tem enumerado. Rufino pintava a maioria dos seus quadros de dentro do balcão e ele mostrava isto nos quadro, pois em grande parte deles apareciam as portas pelo lado de dentro.
A partir de um momento ele começou a esculpir, ou melhor, entalhar madeiras e fazer maquetes. Ele não tinha ferramentas adequadas; utilizava uma faquinha que os sapateiros usavam para dar formas ao couro em seus trabalhos de conserto.
O seu trabalho de maior visibilidade foi a maquete da Igreja Matriz que foi o modelo para a capelinha para o Padre Saviniano no Cemitério.


Um comentário:

LIGIA DE BONA CARVALHO disse...

Olá Mauro
Gostei do seu comentário que me trouxe muitas recordações: Nhô Beco, Dona Maricota, a sobrinha Arlete Malucelli, minha companheira de banhos no rio, o "paredão" passeio obrigatório nos fins de semana etc. Como era bom aquele tempo!
Não lembro do Rufino e desconhecia a história da maquete da capela do cemitério.
Obrigada