domingo, 17 de dezembro de 2017

Lula defende os governadores presos porque só roubaram dinheiro público

Eu votei pela primeira vez nas eleições de 1955, quando JK foi eleito. Vínhamos de uma crise militar, uma tentativa de golpe e um contragolpe do General Lott. Antes da posse de JK houve a rebelião de Jacareacanga executada por oficiais da Aeronáutica. A rebelião foi sufocada. Os oficiais foram presos e anistiados logo que JK assumiu. Houve uma morte, Cazuza, o guarda campo e servente de serviços gerais que foi enfrentar as tropas que chegaram com uma espingarda, levou um tiro de morreu. No final do governo de JK, um ano antes do término do mandato, houve a rebelião de Aragarças e Xavantina. Depois disto tivemos as eleições de Jânio, a sua renúncia, a posse de Jango, os movimentos de Brizola no Rio Grande do Sul, as “negociações de paz” e o governo transformado de parlamentarista e voltou a ser presidencialista. E veio 1964.
Durante 21 anos tivemos o regime militar e sabíamos de antemão quem seria o presidente; bastava olhar o almanaque de promoção dos generais. O Presidente seria o general quatro estrelas mais antigo. Vencido o mandato do General Figueiredo, Tancredo Neves foi leito indiretamente, morreu e assumiu o Vice, José Sarney. Vieram as eleições de Collor, o seu impeachment, Itamar Franco, FHC, Lula e Dilma. E Temer.
Nestes 62 anos vi muitas coisas, mas nada como o que aconteceu nas últimas eleições de  corrupção escrachada iniciada no governo Lula. Veio a Internet, as redes sociais, a informatização dos serviços públicos e os métodos de transparência. A corrupção foi  desnudada. Também veio a legislação da colaboração premiada e os convênios internacionais contra os dinheiros oriundos de corrupção que viajava pelo mundo. Os governos lulopetistas abusaram no uso do dinheiro público para financiar o seu projeto de poder, associado com gestores incompetentes. A corrupção e os corruptos foram desnudados e as investigações no âmbito da justiça federal mostraram que o ex-presidente Lula liderava o desvio do dinheiro público.
O ex-presidente Lula por ter sido Presidente da República julga-se acima do bem, do mal e das leis. Isto ficou bem claro na sentença do juiz Moro quando escreveu que ninguém está acima da lei. E foi condenado. Uma pena leve que o fez sentir o peso da lei. Como diziam os radiotelegrafistas, isto o “tirou de sintonia”. Perdeu a noção as coisas. Isto ficou muito claro no texto, a seguir, publicado na Revista Veja esta semana;“..., Lula vem intensificando o embate contra a Lava-Jato. Na terça-feira (12/12), em discurso no Rio, criticou até a condenação do ex-governador Sérgio Cabral. ‘O Rio não merece a crise que está passando. Não merece ter governadores presos porque roubaram dinheiro público’. Parece piada, mas foi isto mesmo”. (Revista Veja, 20/12/2017. p.61).
Como pode um individuo que foi Presidente da República justificar o roubo de dinheiro público. Cinco ou seis meses dos nossos salários vão para o aparelho estatal para sustentar a sua máquina. A crise que o Rio de Janeiro passa decorre “só porque” estes governadores estão presos. Quantos fluminenses já morreram nas portas dos hospitais e ou de balas perdidas “só porque” estes governadores roubaram dinheiro público. E isto acontece pelo Brasil todo.
Não consigo entender como ainda tem gente que defende e vota num indivíduo para o maior cargo da República que acha que roubar dinheiro publica é coisa de menor importância. Dá asco desta gente.
Estamos no final do ano. Daqui a menos de 15 dias começaremos a pagar os impostos para o ano que vem: IPVA, IPTU, IR... Há quanto tempo a tabela do IR não é reajustada? Sem reajuste o IR aumenta. E tem que aumentar porque além da corrupção há os gastos que não têm freios. E quem paga tudo isto? Somos nós, através dos tributos. Somos nós que financiamos a corrupção.

Quem vota nesta gente mantém esta canalhocracia. Vota contra si próprio.

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