Eu votei pela primeira vez nas
eleições de 1955, quando JK foi eleito. Vínhamos de uma crise militar, uma
tentativa de golpe e um contragolpe do General Lott. Antes da posse de JK houve
a rebelião de Jacareacanga executada por oficiais da Aeronáutica. A rebelião
foi sufocada. Os oficiais foram presos e anistiados logo que JK assumiu. Houve
uma morte, Cazuza, o guarda campo e servente de serviços gerais que foi
enfrentar as tropas que chegaram com uma espingarda, levou um tiro de morreu. No
final do governo de JK, um ano antes do término do mandato, houve a rebelião de
Aragarças e Xavantina. Depois disto tivemos as eleições de Jânio, a sua
renúncia, a posse de Jango, os movimentos de Brizola no Rio Grande do Sul, as “negociações
de paz” e o governo transformado de parlamentarista e voltou a ser
presidencialista. E veio 1964.
Durante 21 anos tivemos o
regime militar e sabíamos de antemão quem seria o presidente; bastava olhar o
almanaque de promoção dos generais. O Presidente seria o general quatro
estrelas mais antigo. Vencido o mandato do General Figueiredo, Tancredo Neves
foi leito indiretamente, morreu e assumiu o Vice, José Sarney. Vieram as
eleições de Collor, o seu impeachment, Itamar Franco, FHC, Lula e Dilma. E
Temer.
Nestes 62 anos vi muitas
coisas, mas nada como o que aconteceu nas últimas eleições de corrupção
escrachada iniciada no governo Lula. Veio a Internet, as redes sociais, a informatização
dos serviços públicos e os métodos de transparência. A corrupção foi desnudada. Também veio a legislação da colaboração
premiada e os convênios internacionais contra os dinheiros oriundos de corrupção
que viajava pelo mundo. Os governos lulopetistas abusaram no uso do dinheiro
público para financiar o seu projeto de poder, associado com gestores incompetentes.
A corrupção e os corruptos foram desnudados e as investigações no âmbito da
justiça federal mostraram que o ex-presidente Lula liderava o desvio do dinheiro
público.
O ex-presidente Lula por ter
sido Presidente da República julga-se acima do bem, do mal e das leis. Isto
ficou bem claro na sentença do juiz Moro quando escreveu que ninguém está acima
da lei. E foi condenado. Uma pena leve que o fez sentir o peso da lei. Como diziam
os radiotelegrafistas, isto o “tirou de sintonia”. Perdeu a noção as coisas. Isto
ficou muito claro no texto, a seguir, publicado na Revista Veja esta semana;“...,
Lula vem intensificando o embate contra a Lava-Jato. Na terça-feira (12/12), em
discurso no Rio, criticou até a condenação do ex-governador Sérgio Cabral. ‘O
Rio não merece a crise que está passando. Não merece ter governadores presos
porque roubaram dinheiro público’. Parece piada, mas foi isto mesmo”. (Revista
Veja, 20/12/2017. p.61).
Como pode um individuo que foi Presidente
da República justificar o roubo de dinheiro público. Cinco ou seis meses dos
nossos salários vão para o aparelho estatal para sustentar a sua máquina. A crise
que o Rio de Janeiro passa decorre “só porque” estes governadores estão presos.
Quantos fluminenses já morreram nas portas dos hospitais e ou de balas perdidas
“só porque” estes governadores roubaram dinheiro público. E isto acontece pelo
Brasil todo.
Não consigo entender como ainda
tem gente que defende e vota num indivíduo para o maior cargo da República que
acha que roubar dinheiro publica é coisa de menor importância. Dá asco desta
gente.
Estamos no final do ano. Daqui a
menos de 15 dias começaremos a pagar os impostos para o ano que vem: IPVA,
IPTU, IR... Há quanto tempo a tabela do IR não é reajustada? Sem reajuste o IR
aumenta. E tem que aumentar porque além da corrupção há os gastos que não têm
freios. E quem paga tudo isto? Somos nós, através dos tributos. Somos nós que
financiamos a corrupção.
Quem vota nesta gente mantém
esta canalhocracia. Vota contra si próprio.
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