quarta-feira, 3 de junho de 2015

Na banguela, ladeira abaixo

Em menos de um mês três petistas de altos coturnos foram vaiados. Mantega, Padilha e Haddad. Mantega recebeu um repeteco de baia. Sem esquecer que Dilma foi homenageada com um panelaço em casamento de um casal de médicos da fina flor da sociedade paulistana.

Fernando Haddad reclamou da vaia num momento m que exercitava o seu direito de ter uma vida privada. Foi o que aconteceu com Mantega e com Padilha. Até que ponto o homem (ou mulher!) político consegue ter vida privada (íntima) fora das quatro paredes da sua residência? Mesmo assim.

Tenho notado que Lula tem feito discursos agressivos contra quem que nem ele sabe direito. Nota-se, ainda, que a sua aparência física demonstra batimento, depressão. Dilma parece viver num outro mundo, numa outra dimensão.

Pode-se dizer: Lula e Dilma – e também os petistas – estão colhendo o que plantaram. Parece-me que existem mais coisas que ainda não chegaram até nós. Se folhearmos as revistas semanais e os jornais diários toma-se conhecimento de em encadeamento de denúncias. Uma atrás da outra. A justiça federal prendendo empresários de convivência próxima ao centro do poder em Brasília entrando n o programa de delação premiada. Diretores da Petrobras sendo condenados; um com prisão doméstica e outro com prisão de regime fechado. O segundo tesoureiro do PT sendo preso e o primeiro por condenação no mensalão. Os procuradores federais já estão chamando o conjunto de todas as formas de corrupção descobertas de “organização criminosa” ou ORCRIM. Ou nome parecido.

Organização nenhuma sobrevive sem uma liderança. Neste caso e pra quem acompanhar estes noticiários nos doze anos de governo petista nos leva a um nome: Lula. Será preconceito? Certamente não, pois ele mesmo se coloca na liderança do que hoje chamamos de lulopetismo.

Se todos nós sabemos muita coisa pelo noticiário, o que já não existirá nos arquivos da Procuradoria Federal em Curitiba? Existe para a justiça brasileira dois tipos de cidadãos: os que têm direito a Foro Privilegiado e os “outros”, os que são julgados pela justiça comum. O Foro Privilegiado é um atalho para a impunidade. Lula não tem mais este direito, mas ele lidera um movimento politico que, apesar de desacreditado entre os cidadãos comuns, tem alguns privilégios informais. Como se viu entre alguns Ministros do STF no decorrer do julgamento do mensalão.


Enfim, Lula deverá estar esperando algo. A sua agressividade, ameaças que tem feito, pode ser querer  demonstrar um poder que não ter mais. Também sabe que uma condenação sua transformará em poeira o projeto de 50 anos no poder, a começar com o enfraquecimento “mortal” da gestão de Dilma. Deverá fazer companhia ao grupo de presidentes condenados como Fujimori no Peru e Noriega (que depois de cumprir 21 anos nos Estados Unidos e na França) em 2011 retornou para o Panamá para cumprir o restante da sua pena. Fará companhia a José Sócrates, ex-primeiro ministro português preso aguardando julgamento. Ainda fará companhia os generais presidentes argentinos presos após a queda da ditadura. Tudo isto deve deprimir violentamente o ex-presidente Lula.

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