Em menos de um mês três petistas de altos coturnos foram
vaiados. Mantega, Padilha e Haddad. Mantega recebeu um repeteco de baia. Sem
esquecer que Dilma foi homenageada com um panelaço em casamento de um casal de médicos
da fina flor da sociedade paulistana.
Fernando Haddad reclamou da vaia num momento m que
exercitava o seu direito de ter uma vida privada. Foi o que aconteceu com
Mantega e com Padilha. Até que ponto o homem (ou mulher!) político consegue ter
vida privada (íntima) fora das quatro paredes da sua residência? Mesmo assim.
Tenho notado que Lula tem feito discursos agressivos contra
quem que nem ele sabe direito. Nota-se, ainda, que a sua aparência física demonstra
batimento, depressão. Dilma parece viver num outro mundo, numa outra dimensão.
Pode-se dizer: Lula e Dilma – e também os petistas – estão colhendo
o que plantaram. Parece-me que existem mais coisas que ainda não chegaram até
nós. Se folhearmos as revistas semanais e os jornais diários toma-se
conhecimento de em encadeamento de denúncias. Uma atrás da outra. A justiça
federal prendendo empresários de convivência próxima ao centro do poder em
Brasília entrando n o programa de delação premiada. Diretores da Petrobras
sendo condenados; um com prisão doméstica e outro com prisão de regime fechado.
O segundo tesoureiro do PT sendo preso e o primeiro por condenação no mensalão.
Os procuradores federais já estão chamando o conjunto de todas as formas de corrupção
descobertas de “organização criminosa” ou ORCRIM. Ou nome parecido.
Organização nenhuma sobrevive sem uma liderança. Neste caso
e pra quem acompanhar estes noticiários nos doze anos de governo petista nos
leva a um nome: Lula. Será preconceito? Certamente não, pois ele mesmo se coloca
na liderança do que hoje chamamos de lulopetismo.
Se todos nós sabemos muita coisa pelo noticiário, o que já
não existirá nos arquivos da Procuradoria Federal em Curitiba? Existe para a justiça
brasileira dois tipos de cidadãos: os que têm direito a Foro Privilegiado e os “outros”,
os que são julgados pela justiça comum. O Foro Privilegiado é um atalho para a
impunidade. Lula não tem mais este direito, mas ele lidera um movimento
politico que, apesar de desacreditado entre os cidadãos comuns, tem alguns
privilégios informais. Como se viu entre alguns Ministros do STF no decorrer do
julgamento do mensalão.
Enfim, Lula
deverá estar esperando algo. A sua agressividade, ameaças que tem feito, pode ser
querer demonstrar um poder que não ter
mais. Também sabe que uma condenação sua transformará em poeira o projeto de 50
anos no poder, a começar com o enfraquecimento “mortal” da gestão de Dilma.
Deverá fazer companhia ao grupo de presidentes condenados como Fujimori no Peru
e Noriega (que depois de cumprir 21 anos nos Estados Unidos e na França) em
2011 retornou para o Panamá para cumprir o restante da sua pena. Fará companhia
a José Sócrates, ex-primeiro ministro português preso aguardando julgamento. Ainda
fará companhia os generais presidentes argentinos presos após a queda da
ditadura. Tudo isto deve deprimir violentamente o ex-presidente Lula.
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