Tenho lido postagens a respeito de um
programa da TV Globo com a participação de artista que criticavam a censura à
arte. O foco foi a censura a duas
exposições, o Qeermuseu em Porto Alegre e a demonstração no MAM.
A minha opinião sobre arte não tem qualquer
relevância e por isto nem deve ser considerada, mas como cidadão eu me sinto
confuso com tantas declarações contraditórias e desbaratadas. Costumamos
associar censuras atos impeditivos, formais, oriundos do poder politico instituído.
Existem censuras informais que este mesmo poder político exerce a partir de
pressões políticas, econômicas e outras. Também se censura através de processos
jurídicos. Há, ainda, outras formas, como a mais recente, que se chamou de “assassinatos
de reputações”.
Apesar de não ter assistido este
programa da TV Globo, chamou-se a atenção que o líder deste movimento contra a
censura às artes e o cantor e compositor Caetano Veloso e a sua (ex-)
esposa Paula Lavigne. O que me
surpreende é perceber que este casal não é contra a censura, mas sim contra a
censura que atrapalha os seus interesses e a favor da censura a favor dos seus
interesses.
Biografia não autorizada. Biografia autorizada não é biografia. É
marketing.
A censura é boa quando atende aos nossos
interesses e ruim quando os contraria.
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