quarta-feira, 11 de outubro de 2017

Os dois lados da censura.

Tenho lido postagens a respeito de um programa da TV Globo com a participação de artista que criticavam a censura à arte.  O foco foi a censura a duas exposições, o Qeermuseu em Porto Alegre e a demonstração no MAM.
 A minha opinião sobre arte não tem qualquer relevância e por isto nem deve ser considerada, mas como cidadão eu me sinto confuso com tantas declarações contraditórias e desbaratadas. Costumamos associar censuras atos impeditivos, formais, oriundos do poder politico instituído. Existem censuras informais que este mesmo poder político exerce a partir de pressões políticas, econômicas e outras. Também se censura através de processos jurídicos. Há, ainda, outras formas, como a mais recente, que se chamou de “assassinatos de reputações”.
 Apesar de não ter assistido este programa da TV Globo, chamou-se a atenção que o líder deste movimento contra a censura às artes e o cantor e compositor Caetano Veloso e a sua (ex-) esposa  Paula Lavigne. O que me surpreende é perceber que este casal não é contra a censura, mas sim contra a censura que atrapalha os seus interesses e a favor da censura a favor dos seus interesses.
 Biografia não autorizada.  Biografia autorizada não é biografia. É marketing.
 A censura é boa quando atende aos nossos interesses e ruim quando  os contraria.

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