quarta-feira, 11 de março de 2015

Os primeiros 70 dias de Dilma II

Costuma-se esperar os primeiros 100 dias de governo para a definição de uma gestão. Em especial uma gestão política.

Um governante  costuma ser bem avaliados nos seus primeiros 100 dias de governo. Isto deve, logicamente, porque venceu as eleições e ainda está sob o calor da campanha.

Hoje, 11 de março de 2015, o governo Dilma II completa 70 dias e a sua avaliação despencou para 7% de avaliação entre bom e ótimo.  Nestes 70 dias entrou em confronto com o Congresso, fez tudo o que acusou que a oposição faria. A inflação segue em alta, os preços de energia e de combustível sobem e a cada ida ao supermercado encontram-se preços mais altos. Ao lado disto a todo dia temos notícias de corrupção, “delações premiadas” referindo-se a valores bilionários desviados da Petrobras e com suspeitas de corrupção em outras empresas estatais.

De 1º de janeiro de 2003 até hoje o PT governou por 4450 dias. Neste tempo tivemos o “mensalão”, agora o “petrolão”, entremeado por várias denuncias tidas como menores; de um país bem conceituado no exterior, com uma economia possante, valorizado por ter passado de uma inflação de quatro dígitos para uma inflação de um dígito, um mercado pujante, para chegarmos hoje à uma caricatura pífia do que fomos a pouco mais de uma década.

Esta gestão terá a duração de 1460 dias. Se em 70 dias (4,8%) do seu mandato consegue uma avaliação pífia, desta, como será nos seus 95.2% que lhe faltam para completar o mandato?

Dilma Rousseff tem duas alternativas (parece-nos a todos): a renúncia ou o impeachment. A renúncia será um ato de grandeza dela e bom para ela e para o Brasil. O impeachment é desastroso para ela e para o Brasil. Mais para ela, pois ficará marcada na história, que nada perdoa.

Mas o seu partido tem um plano de poder. Cinquenta nos de poder dizia-se quando assumiu o poder há 12 anos. Numa das duas alternativas apontadas acima o seu plano será interrompido. O sonho do Ex-presidente em voltar ao poder em 2018 não passará de um breve devaneio. O partido  aceitará uma das duas alternativas? Como o PT justificará no futuro tantas perdas através de empréstimos secretos para países falidos? Dívidas perdoadas. O que se fará com as milícias disfarçadas em movimentos sociais? Dinheiro em paraísos fiscais que a justiça federal está desvendando?


É motivo para que todos os brasileiros de bem ficarem preocupados com o futuro.

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