Costuma-se esperar os primeiros 100 dias de governo para a
definição de uma gestão. Em especial uma gestão política.
Um governante costuma
ser bem avaliados nos seus primeiros 100 dias de governo. Isto deve,
logicamente, porque venceu as eleições e ainda está sob o calor da campanha.
Hoje, 11 de março de 2015, o governo Dilma II completa 70
dias e a sua avaliação despencou para 7% de avaliação entre bom e ótimo. Nestes 70 dias entrou em confronto com o
Congresso, fez tudo o que acusou que a oposição faria. A inflação segue em
alta, os preços de energia e de combustível sobem e a cada ida ao supermercado
encontram-se preços mais altos. Ao lado disto a todo dia temos notícias de
corrupção, “delações premiadas” referindo-se a valores bilionários desviados da
Petrobras e com suspeitas de corrupção em outras empresas estatais.
De 1º de janeiro de 2003 até hoje o PT governou por 4450
dias. Neste tempo tivemos o “mensalão”, agora o “petrolão”, entremeado por várias
denuncias tidas como menores; de um país bem conceituado no exterior, com uma
economia possante, valorizado por ter passado de uma inflação de quatro dígitos
para uma inflação de um dígito, um mercado pujante, para chegarmos hoje à uma caricatura
pífia do que fomos a pouco mais de uma década.
Esta gestão terá a duração de 1460 dias. Se em 70 dias
(4,8%) do seu mandato consegue uma avaliação pífia, desta, como será nos seus
95.2% que lhe faltam para completar o mandato?
Dilma Rousseff tem duas alternativas (parece-nos a todos): a
renúncia ou o impeachment. A renúncia será um ato de grandeza dela e bom para
ela e para o Brasil. O impeachment é desastroso para ela e para o Brasil. Mais
para ela, pois ficará marcada na história, que nada perdoa.
Mas o seu partido tem um plano de poder. Cinquenta nos de
poder dizia-se quando assumiu o poder há 12 anos. Numa das duas alternativas
apontadas acima o seu plano será interrompido. O sonho do Ex-presidente em
voltar ao poder em 2018 não passará de um breve devaneio. O partido aceitará uma das duas alternativas? Como o PT justificará
no futuro tantas perdas através de empréstimos secretos para países falidos? Dívidas
perdoadas. O que se fará com as milícias disfarçadas em movimentos sociais?
Dinheiro em paraísos fiscais que a justiça federal está desvendando?
É motivo para que todos os brasileiros de bem ficarem
preocupados com o futuro.
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